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Edição nº 120 - de 15 de Dezembro de 2015 a 14 de Janeiro de 2016

Olá Leitoras! Olá Leitores!

Quando se descobre que o líder faz parte de algum esquema de corrupção, como agir?

Diante de todos os noticiários atualmente, muitas vezes ficamos desapontados ao perceber que “tal personalidade pública que até admirávamos” estava em esquemas impróprios e fazia parte de atos corruptivos”, sendo levado a prisão etc. É uma surpresa, é um desencanto, é um temor, é uma apreensão, oque será que pode ocorrer com tal pessoa agora? Até pensamos como ficará a familiar dessa pessoa agora? E se for alguém de nosso relacionando mais próximo, tipo o chefe, o diretor/a de nossa empresa, com um cargo acima do nosso, o que fazer? E, quando se é concursado e se tem que conviver sem escolhas com tal tipo de pessoa e atitudes? Noticiar interinamente? Resta a dúvida: será que as pessoas que está acima sabem de tudo e ainda fazem parte também? Se for denunciar poderá ficar em situação complicada, ser perseguido/a até mesmo, demitido ou transferido para cidades longínquas etc. Poderá sofrer represália, a autoridade poderá não acreditar no que se informa e nem é a área dela e não dar atenção, e pode até informar a empresa ou a instituição que lá estamos buscando fazer uma denuncia. A situação é complicada sem dúvida. Mas, o que mais é importante é que as empresas e as instituições estatais e outras mistas que ali desenvolvem projetos conjuntos tenham departamentos (TIPO CIPA) que seja uma norma de segurança com treinamentos e que dê a oportunidade de denuncia até mesmo anônima (ou uma ouvidoria especial), para que se instalem as primeiras investigações. Ainda não há muita informação para ter como pesquisa sobre est/as e as suas certas tendências. Sugerimos sua leitura antes de todos os outros estudos e trabalhos pesquisados.

Agradecemos a sua companhia e credibilidade durante este ano e pretendemos em próximo ano estar trazendo mais colaboração.

As pesquisas foram feitas via buscado GOOGLE. Ao usar os textos desatacados informe as autorias e referências, e o link/data de acesso. Muito grata pela sua atenção, e que o Ano de 2016 seja próspero feliz. Abraço fraternal de Elisabeth Mariano.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

Psicologia da liderança: por que um líder se corrompe?

Dr. Cristiano Nabuco

08/10/2014 - 09:00

Não é de hoje que convivemos com a máxima de que o poder pode corromper seus líderes, seja nas estruturas menores ou ainda nas grandes organizações.

Da antiguidade aos dias de hoje, acadêmicos têm procurado estudar as causas da corrupção e o quanto ela permeia todas as formas de poder. Assim sendo, o tema de uma nova pesquisa, que será publicada ainda neste ano no The Leadership Quaterly (Elsevier), procurou analisar exatamente esse processo.*

Interessante notar que, ao se nomear um novo líder, muitas vezes, nossas escolhas são baseadas em fatores que são projetados na forma de características ideais que esses indivíduos deveriam possuir, como honestidade, integridade e lealdade, por exemplo. No entanto, a dúvida que a investigação procurou averiguar foi: uma vez que os dirigentes chegam ao poder, seriam eles capazes de se manterem leais aos princípios pelos quais foram escolhidos?

Para analisar isso, os autores realizaram dois experimentos (um com 478 participantes e o outro com 240 participantes), onde a questão era averiguar se o poder poderia, de fato, corromper alguém ou, ao contrário, se os corruptos seriam aqueles mais atraídos pela liderança.

E assim a pesquisa se seguiu.

Depois de preencher alguns testes psicotécnicos para avaliar as diferenças individuais (honestidade etc.), os indivíduos foram solicitados a integrar um experimento chamado “jogo do ditador'', onde os participantes receberiam, em certo momento, o controle total a respeito dos pagamentos que deveriam ser feitos para si mesmos e para seus pares.

Além disso, o jogo permitia que os “chefes” tivessem a escolha de tomar decisões que visassem mais o benefício social ou ainda que não favorecessem tanto o grupo – neste caso, diminuindo os pagamentos realizados aos outros participantes do jogo -, enquanto seu próprio salário, obviamente, poderia ser aumentado.

Os resultados mostraram coisas interessantes.

A primeira delas foi que o poder pode afetar sim o comportamento de um líder e o faz, progressivamente, agir de maneira cada vez mais antissocial (pelo menos, no experimento). O mais curioso foi notar que, quanto mais poder esses membros recebiam ao longo das provas, mais violadas foram as normas sociais dos testes.

Assim, segundo os pesquisadores, percebeu-se que o poder teve a força de reduzir a percepção psicológica negativa de atos ruins praticados pelos líderes sobre os demais membros do jogo.

Os resultados também mostraram que, mesmo aqueles que tinham uma predisposição inicial para a integridade e que declaram que um líder não deveria transgredir as regras sociais, também sucumbiram aos efeitos corruptores do poder. Ou seja, mesmo aqueles que defendiam um comportamento mais honesto, não foram, ao longo do tempo, protegidos contra os efeitos da corrupção.

Outra hipótese procurou relacionar a presença do hormônio testosterona com o comportamento antissocial. Interessante destacar que esta variável já havia sido observada em outras pesquisas a respeito do comportamento egocêntrico, ou seja, quanto maiores eram os níveis de testosterona, menor a empatia desses líderes em relação aos sentimentos e às emoções dos outros, o que poderia reforçar ou ainda ser um elemento chave em ações ligadas à corrupção de uma pessoa.

A conclusão?…

Quanto maiores forem as possibilidades de uma organização controlar os atos de seus dirigentes, menores serão as possibilidades de ocorrerem os excessos na governança. Obviamente que tal controle pode diminuir a agilidade das decisões e aumentar os custos, entretanto, esses custos seriam inexpressivos, se comparados aos comandos inadvertidos dos líderes corruptos e suas consequências.

Seria possível considerar que nosso passado histórico de assumir o comando do bando nos tenha predisposto a uma inclinação natural para ganhar a qualquer preço?…

Ou ainda: quais seriam as implicações desses achados sobre a prática da política pública?

Enfim, para se pensar…

Finalizam os autores da investigação: “As organizações devem limitar o quanto os líderes podem beber do cálice sedutor do poder”.

Veja fotos e leia o original assista ao vídeo pelo link da fonte (*) Assista o vídeo explicativo da investigação em: https://www.youtube.com/watch?v=JoLLPNZLBAo

Para tirar dúvidas ou ver a pesquisa na íntegra, acesse: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1048984314000800

(Fonte: http://cristianonabuco.blogosfera.uol.com.br/2014/10/08/psicologia-da-lideranca-por-que-um-lider-se-corrompe/, data de acesso 14/12/2015)

ESTUDO SOBRE TIPOS DE LIDERANÇAS - SÉCULO 21

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