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Edição nº 125 - de 15 de Maio de 2016 a 14 de Junho de 2016

Olá Leitoras! Olá Leitores!

Adolescentes: quase 52 milhões no Brasil e quase 2 bilhões no mundo

A juventude é a evolução de um país - como uma criação perpétua-, feita de audácia e que se alimenta da confiança de seus pais e de suas comunidades... A juventude é o crédito maior, um recurso fundamental... É a esperança da nação… (Representante do UNFPA, Ulrika Richardson, (Ban ki-Moon)

Estamos a 27 ANOS da criação da CONVENÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE/ONU, ratificado por 194 países, e inclusive pelo Brasil, cujo, “sublinhou o direito das crianças participarem – e não apenas serem ouvidas – nas discussões que afetam as suas vidas e comunidades.”

“Vamos acabar com a conversa de “permitir” que os jovens participem – pois isto é garantido na primeira instância, um direito da criança”.

Lamentavelmente ainda nos defrontamos com meninos e meninas adolescentes e jovens que “sofrem violações dos seus direitos básicos, e especificamente: violência, exploração, negligência, discriminação, negação de serviços de saúde ou uma educação decente”.

Atualmente, podemos ler notícias que vários adolescentes, quase meninos e meninas, foram aprovados em vários vestibulares, ao mesmo tempo, em inúmeras faculdades no Brasil e no exterior, e, concidentemente são todos originados de famílias empobrecidas, residentes em áreas precárias e sem frequentarem escolas de topo educacional, que fenômeno é este?

Recentemente no Brasil, em São Paulo, ou seja, no estado e capital mais influentes econômica e politicamente do país, assistimos crianças e jovens exigindo alimentação básica em sua merenda escolar, e melhorias na Educação, eles querem aprender mais com qualidade, além disto, muitos já querem ter formação técnica e se prepararem para encontrar o seu primeiro emprego. Muitos moram muito longe das escolas, e em condições precárias. Talvez sem assistência médica e odontológica básica, sem a orientação de como comportar-se diante das “agruras da vida, onde a criminalidade está sempre à espreita”, onde eles podem ser vítimas, pois ninguém os ensina a se comportarem. E muito menos se defenderem. E diante do que assistem em operações policias, devem até temê-los para buscar socorro.

As notícias e as imagens são fortes em demonstra as invasões de crianças e adolescentes nas escolas nos prédios públicos e até na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, onde uma garoto diante de um microfone “manda um recado ao governo de Estado de São Paulo, o que chamou a atenção, viralizando a sua imagem na Internet, e comentários que se surpreendem, e naquela idade, reivindicar com seus colegas, algo que já é de direito básico deles, a merenda adequada na escola. E o que lhes restou pela invasão foi uma punição que talvez ainda não tenha sido aplicada a adultos na mesma situação, e, espantosamente, com coragem essas/esses adolescentes estão promovendo na Internet “uma vaquinha para completar o valor financeiro, pois ninguém tem como pagar.

As meninas adolescentes viraram blogueiras e formam os “seus coletivos feministas nas escolas inclusive, e juntas debatem, e encontram soluções entre elas para os casos de assédio sexual, bulling eletrônico, até a moda de usarem os seus shortinhos, e outras dicas de interesse da idade delas.

Recentemente ao ir fazer um boletim de ocorrência em uma delegacia, observei um garoto em torno de 12 anos (acompanhado de seu genitor) ele é que estava fazendo a denuncia do roubo de seu Celular e de seus documentos, pouco dinheiro que possuía. Ou seja, já tem que aprender a se defender e buscar a oficialização do crime do qual foi vítima, aprendendo seu direito de Cidadão devidamente orientado sobre a razão para trazer a nota fiscal etc. Enquanto isto uma garota de uns doze anos, noutro Departamento prestava depoimento sozinha, (o pai adotivo ficou fora do local) ela tinha que depor sobre um fato de abordagem sexual que sofrera, e diante de um escrivão, (não de uma policial ou escrivã), e ali estava agindo meio intimidade, mas resoluta.

Ou seja, nossa juventude adolescente enfrenta situações que em nossa época jamais sonhávamos.

Muitas pessoas que governam, provavelmente, não se lembram que estamos globalizados, que esses/as adolescentes têm acesso a tudo pela Internet. “O mundo de hoje tem a maior geração de jovens da história 1,8 bilhão de jovens, a maioria vivendo em países em desenvolvimento – com um enorme potencial para ajudar a enfrentar os grandes desafios que a humanidade enfrenta. São “necessárias a criação em torno de 425 MILHÕES de empregos para jovens nos próximos 15 anos”, (conforme disse o assessor especial representante da ONU: Ahmad Alhendawi) sem dúvida este é o maior desafio global, criar uma “agenda global de desenvolvimento pós-2015 que deverá deve incluir a participação dos jovens para refletir as questões que lhes dizem respeito.”

Enquanto verificamos a importância e a influência da criação do “Poder Jovem é uma campanha para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, nos defrontamos com situações alarmantes de crianças, adolescente e jovens viciados em: “ jogos de games, celulares, Internet, e, além de drogas e bebidas alcoólicas, há avanço da AIDS e outras doenças sexuais transmissíveis, aumentam o numero de pais e mães adolescentes; estão expostos a violência que se encontra nas paixões por futebol, danças de rua, esportes radicais, expostos e sem proteção... Atualmente, eles buscam participar engajando-se em lutas sociais, políticas, reinvindicações, e acabam expostos a grupos radicais, sectários e agressivos, que os discriminam, assediam ou usam de violência contra eles. Também ficam expostos a ter que enfrentar autoridades sem o menor preparo e orientação em como se deve agir diante de um caso inesperado ou que possam ser envolvidos indevidamente. Discriminados, muitas vezes não podem sair em grupos, fazer reinvindicações de seus diretos como alunos, cidadãos etc. Muitos já votam, mas estão as soltas, falta diálogo e preparo das lideranças na Sociedade, enquanto se defrontam com as autoridades, que os violentam como se tratassem com bandidos, não como uma pessoa que desabrocha para a vida, sem que tenha obtido o preparo adequado, portanto, as punições mais corretas seria encaminhados para um aprendizado, sobre como comportar-se se e lhes darem a oportunidade de se exercitarem de forma adequada para pleitearem de forma mais correta, legalmente, em formato de coletivos etc. O erro está em todos nós adultos e naqueles que já envelhecidos não terem a paciência com eles, não se deixa um mundo melhor para eles, e já estamos deslocados diante de uma tecnologia e velocidade que tudo revela, e que quase meninos e meninas já possuem o domínio total. Quantos homens teriam coragem para falar em público em uma assembleia, e, como um parlamentar dar o seu recado reivindicando para si e para seus colegas, cobrando das autoridades o que elas deviam fazer adequadamente, pois apenas estariam cumprindo as leis e incentivando a juventude de seu país, a se tornarem lideranças, e “cuidadores de da sociedade, e do planeta, etc.” Poderiam estar usando a criatividade, a inteligência deles expandindo em seus conhecimentos das novas tecnologias, mas perdem o tempo deles/delas, em busca de direitos básicos obrigatórios, e ao reivindicar pela coragem que demostram, logo são visados e investigados. O que estarrece é exatamente saber que tantas pessoas adultas põem fazer até bem pior do que isto, e “são mais toleradas” mesmo que reincidentes.

Trazemos uma coletânea a de notícias e pesquisas, principalmente, algumas que envolvem informações da ONU e outras instituições do exterior, além de outras nacionais e regionais. Acreditamos que de algum modo podem servir de um alerta para que possamos olhar com uma visão mais circular sobre a vida das crianças e jovens adolescentes e o como teremos que encontrar novos parâmetros educacionais e de políticas públicas, oportunidades sociais e profissionais para eles/elas. Isso, para que não fiquemos aparecendo nas estatísticas mundiais como um país que não investe em seus cidadãos do futuro, e, sequer cumprem as normas e tratados, convenções e o próprio aparato legal interno, em relação aos direitos das crianças e dos adolescentes.

Esperamos ter contribuído com esta pesquisa, rogamos que citem autores e fontes ao usar as informações. Os buscadores foram do Google, e do Yahoo, dente outros arquivos que possuímos em nosso estudos. Parabéns aos autores e autoras que selecionamos porque expandem seus conhecimentos, e que muito podem ajudar aqui nesta reunião de saberes.

Fraternal abraço, Elisabeth Mariano.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

Adolescentes no Brasil

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