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Edição nº 86 - de 15 de Fevereiro de 2013 a 14 de Março de 2013

Olá Leitoras! Olá Leitores!

Há desrespeito as queixas de doenças femininas?

Recentemente ao entrevistarmos um cientista, surpreendentemente, ele de modo muito verdadeiro e humanista enfatizou que muitas mortes femininas (por doenças cardíacas, ou de AVC) se devem a falta de crédito aos queixumes dos primeiros sintomas, ocorrendo um atendimento tardio, que poderia salvar-lhe a vida.

Também é de conhecimento científico que as mulheres ao saberem que são portadoras de doenças de risco, ou de controles obrigatórios acabam por não fazê-lo adequadamente, por envolverem-se demais nos assuntos familiares, para os quais muitas vezes não encontram meios de divisão dessas tarefas (onde muitas priorizam, porque há doentes idosos, pessoas deficientes etc. que delas dependem objetivamente).

Há também um descaso pela falta de pesquisas adequadas na elaboração de fórmulas das indústrias farmacêuticas, pois até mesmo as medicações são indicadas em mesmas dosagens aos homens, embora todo o metabolismo e condições clínicas multifatoriais sejam totalmente diferentes nas mulheres (de adolescentes a idosas).

Isto sem falarmos que as economias das mulheres são menores devido aos baixos salários e pensões, há mediações que não estão a preços populares, dificultando a aquisição. Não há o hábito de formulação de medicamentos que poderiam reduzir os custos, embora, obviamente, muitas pessoas desconfiam dessa metodologia medicamentosa.

Quanto às doenças raras muitas delas se desenvolvem quando a mulher está em fase adiantada da idade. Muitas outras doenças não possuem a divulgação, controle e, muito menos politicas públicas, isto sem destacar a falta da abordagem nas faculdades de medicina e cursos de especialização. Tratar fraturas de ossos, ou problemas musculares em jovens não é o mesmo que em uma idosa, por exemplo. O mesmo ocorrerá em todas as funções de aparelho digestivo, respiratório, urinário, circulatório, hormonal etc.

O número de geriatras e gerontólogos ainda são insuficientes pela demanda de número de idosos a serem atendidos em suas sintomatologias de doenças, imagine-se então em prevenção, ou um atendimento com o foco na idade dos pacientes... Muitas clínicas sequer possuem um expert em geriatria para fazer alguma avaliação com diagnóstico duvidoso ou difícil em uma pessoa idosa.

Se ocorrer com uma mulher, um erro médico, então, nem o judiciário absolutamente se interessa, e há decisões favoráveis ao corporativismo dos médicos, que ficam impunes, retardando as indenizações. O mesmo sucede com as vitimas de estupros, atos de violência física, moral etc... imagine se farão um atendimento especial!

Quando há familiares com deficiências físicas ou mentais ou com doenças genéticas, ainda ocorrem os problemas depressivos por culpa e desânimo, além de toda a sobrecarga que precisará assumir, sem a mínima atenção de qualquer sistema de saúde!

Se há desrespeito às queixas de doenças femininas? Pergunte em sua família e entre amigas, logo descobrirá que a maioria dará resposta afirmativa.

Nesta edição trazemos alguns enfoques pesquisas sobre este tema de saúde feminina, e as doenças que lhes afetam mais comumente. Cremos que possam ser úteis para alertar aos pesquisadores acadêmicos, cientistas, laboratórios e para as políticas públicas.

Recebam nosso fraternal abraço Elisabeth Mariano, e equipe.

PARABÉNS pela passagem do Dia Internacional da Mulher, em 08/03/2013.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

Dia das Doenças Raras 2013: 28 de Fevereiro

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