Elisabeth Mariano Apresenta


Edição nº 150 - de 15 de Julho de 2014 a 14 de Agosto de 2014

Olá Leitoras! Olá Leitores!

Longas amizades! Pessoas que se tornam nossos heróis e heroínas, e, estimamos como aos nossos familiares

Estar junto do ESPAÇO MULHER, em sua construção cotidiana, em 28 anos de dedicação quase que exclusiva, sendo esta cultura já trazida de trabalhos anteriores, que completam 52 anos de atividade, lidando com as mesmas pautas, as mesmas crenças, e arregimentando pessoas que também são partícipes e comungam de nossos ideais, talvez tenha sido o meu principal mérito ao longo da história feminina em nosso país.

O mais gratificante foi perceber junto ao nosso envelhecimento pelo tempo que não perdoa as condições físicas, foi também verificar as mudanças das pessoas amigas, companheiras e batalhadoras a nosso lado. E encontrarmo-nos continuadamente, é como nos enxergarmos no espelho da existência, e o que sobrevive e rejuvenesce é a comunhão da missão, que nos propusemos, as vezes por caminhos diferentes, mas com o mesmo fim a serviço de causas sociais, politicas, religiosas, de direitos humanos etc.

Algumas pessoas queridas já ultrapassaram o limiar desta curta e material existência deixaram saudades, e as suas estampas na nossa coleção de fotografias, que o tempo não apagou, nem a bondade dessas almas e o quanto influíram com seus conhecimentos, apoio e leal amizade, diante de nós.

Somos a soma de muitos e de todos, de homens e de mulheres, que não nos discriminaram e não nos violentaram, e, não nos abandonaram também. Sempre teremos em nossa memória a lembrança do que nos proporcionaram somados ao reconhecimento e multiplicados pela nossa gratidão.

Ultrapassamos barreiras, visíveis e invisíveis sem saber como, apenas regidas pela fé e pelo apoio moral e espiritual dessas lindezas de almas, e com a fortaleza delas, enfrentamos as adversidades e suportamos as mais vis das traições e criminalidades.

Com esta mensagem, aos nossos apoiadores e colaboradores, nosso beijo eterno de gratidão na alma de cada um e de cada uma, porque foram companheiros de ideais e missão.

Receba nesta edição nossa seleção de notícias para você. Elisabeth Mariano

Conheça o Currículo de Elisabeth Mariano.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

Novos mandatos no CEDAW

O Comitê de Acompanhamento da Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW) ganhou dois reforços das Américas: a cubana Magalys Arocha Dominguez e a peruana Gladys Acosta Vargas, que exercerão mandato até dezembro de 2018.

Elas se juntarão a outras três especialistas eminentes das Américas: a brasileira Silvia Pimentel, a jamaicana Barbara Bailey e a paraguaia Olinda Bareiro-Bobadilla, cujos mandatos seguirão até dezembro de 2016. Todas as candidaturas para o Comitê são feitas pelos governos dos países na condição de Estados-membros das Nações Unidas.

A especialista recém-eleita Magalys Arocha Dominguez é filósofa e participou de diversos fóruns internacionais. Entre eles, conferências mundiais e processos de preparação em seguimento a 4ª Conferência Mundial sobre a Mulher Pequim+5 e Pequim+10, Protocolo Facultativo da CEDAW e Conferência Regional sobre a Mulher da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL).

Advogada, a peruana Gladys Acosta Vargas foi relatora especial da ONU sobre violência contra as mulheres, na década de 1990. Trabalhou na campanha do secretário-geral das Nações Unidas pelo fim da violência contra as mulheres e no UNICEF. Exerceu o cargo de diretora para América Latina do UNIFEM (Fundo das Nações Unidas para a Mulher) e da ONU Mulheres. Para o Comitê CEDAW, foi eleita por 134 dos 188 países que participaram da votação para o grupo de peritas.

Nessa renovação de 12 dos 23 assentos, o Comitê de Acompanhamento da CEDAW – a outra rodada ocorreu em 2012 – passará ser representado pelos seguintes países: Argélia, Áustria, Bangladesh, Brasil, Catar, China, Cuba, Egito, Finlândia, França, Gana, Geórgia, Israel, Itália, Jamaica, Japão, Líbano, Lituânia, Maurício, Nigéria, Paraguai, Peru e Suíça.

O Comitê é o órgão de especialistas independentes que monitora a implementação da CEDAW. De acordo com o Protocolo Facultativo à Convenção, o Comitê tem a responsabilidade para deliberar sobre comunicações de indivíduos ou grupos de indivíduos que apresentem pedidos de violações de direitos protegidos pela Convenção e iniciar as investigações em situações de grave ou sistemáticas violações dos direitos das mulheres.

Outra atribuição do Comitê é formular recomendações gerais e sugestões com relação ao cumprimento da CEDAW.

Saiba mais em: http://www.un.org/womenwatch/daw/cedaw

(Fonte: http://www.onu.org.br/americas-tem-duas-novas-representantes-em-comite-da-onu-sobre-direitos-das-mulheres/, data de acesso 11/07/2014)

Encuentro Internacional Evaluación y políticas públicas:un enfoque basado en la igualdad de género, la diversidad y los Derechos Humanos

Julio 7, 2014 |

El 4 de julio cerraron las Inscripciones al Encuentro Internacional “Evaluación y Políticas Públicas: un enfoque basado en la igualdad de Género, la Diversidad y los Derechos Humanos”, el cual se realizará en Cali-Colombia los días 18, 19 y 20 de Septiembre de 2014. Se evaluarán la solicitudes internacionales una a una, para lograr la representación de la mayor cantidad de países posibles.

Fluência oral poderá ser exigida no ensino de língua estrangeira em escolas públicas

09 de julho de 2014

Segundo senador Cícero Lucena (PSDB-PB), proposta consiste num esforço para mudar a inércia que domina o ensino de língua estrangeira nas escolas brasileiras

Fonte: Agência Senado

Está pronto para votação na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) projeto que estabelece a fluência oral dos Alunos como objetivo do Ensino de língua estrangeira na Educação básica (PLS 71/2012).

A proposta do senador Cícero Lucena (PSDB-PB) altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que determina a inclusão obrigatória no currículo Escolar de pelo menos uma língua estrangeira moderna, a partir da quinta série, cuja escolha ficará a cargo da comunidade Escolar. O texto mantém a mesma determinação, exigindo, contudo, a fluência na oralidade.

Na justificação do projeto, Cícero Lucena afirma a necessidade do domínio de uma língua estrangeira para o exercício da cidadania no Brasil do século XXI e para o trabalho no mundo globalizado.

A iniciativa tem parecer favorável do senador José Agripino (DEM-RN). Para o relator, as distâncias no mundo estão cada vez menores e os contatos entre pessoas e instituições se intensificam, assumindo especial importância o estudo de língua estrangeira.

“Por isso, nos mais diversos países, as Escolas têm conferido destaque ao Ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, na maior parte das vezes a inglesa, dada a sua importância nas transações comerciais e no mundo da tecnologia e do entretenimento”, diz o relator.

José Agripino também argumenta que o estudo de um idioma estrangeiro não deve se concentrar apenas na parte escrita ou na parte oral. Mas considera grave que, no Brasil, a gramática ganhe mais relevo que a oralidade nesse Ensino.

“As turmas de Educação básica tendem a ser compostas por muitos Alunos e isso cria dificuldades para o desenvolvimento da parte oral. Assim, frequentemente, dá-se excessiva ênfase à gramática. Ao final dos estudos, os estudantes acabam por apresentar grande dificuldade em se comunicar oralmente na língua ensinada na Escola”, afirma.

O relator entende que a fluência oral é um objetivo necessário no Ensino de língua. No entanto, a difusão de Escolas de idiomas, a partir da iniciativa privada, que oferecem cursos pagos, é voltada para as camadas médias e ricas da sociedade. A população mais pobre não tem acesso a eles.

“Vê-se, assim, que a deficiência da Escola de Educação básica no Ensino de línguas estrangeiras reforça a clivagem social entre os mais pobres e os mais ricos”, avalia Agripino.

O senador reconhece que sua simples declaração em lei não assegura que esse objetivo será atingido, mas que consiste num esforço do legislador para mudar a inércia que domina o Ensino de língua estrangeira nas Escolas brasileiras.

(Fonte: http://www.todospelaeducacao.org.br/educacao-na-midia/indice/30769/fluencia-oral-podera-ser-exigida-no-ensino-de-lingua-estrangeira-em-escolas-publicas/)

Neurociência

Chip no cérebro permite a tetraplégico voltar a mover a mão

O implante envia instruções para um conjunto de eletrodos localizados no braço do paciente, que estimulam músculos sem usar robôs ou computadores

Ian Burkhart sofreu uma lesão de medula quatro anos atrás e foi o primeiro paciente a utilizar o Neurobridge (“Ponte Neural’, em tradução livre) (The Ohio State University Wexner Medical Center/Battelle)

Um tetraplégico americano de 23 anos conseguiu movimentar suas mãos e dedos por meio do pensamento, com a ajuda de um sistema criado por pesquisadores dos Estados Unidos. Ian Burkhart sofreu uma lesão de medula quatro anos atrás e foi o primeiro paciente a utilizar oNeurobridge ("Ponte Neural", em tradução livre), um sistema que permite que as informações sejam transmitidas diretamente do cérebro para os músculos.

“Nós pegamos os sinais do cérebro, passamos pela lesão e os levamos diretamente para os músculos”, explica Chad Bouton, cientista do centro de pesquisa sem fins lucrativos Battelle e um dos autores do estudo. Outras pesquisas nessa área já haviam utilizado microchips implantados para controlar membros robóticos, ou utilizado computadores para controlar membros paralisados, mas os pesquisadores consideram este feito como algo inédito no ramo.

O paciente teve um microchip menor do que uma ervilha implantado na região do cérebro responsável pelos movimentos do braço, para receber os sinais emitidos pelo órgão. Os sinais são interpretados com ajuda de algoritmos, que enviam instruções para um conjunto de eletrodos colocados no braço do paciente, que estimulam o músculo, provocando o movimento em apenas um décimo de segundo.

Antes de conseguir realizar movimentos nos dedos e girar a mão, Burkhart precisou utilizar os eletrodos no braço por alguns meses para estimular os músculos a voltarem a responder com mais facilidade, depois de um longo período de inatividade.

A colaboração entre a equipe de Bouton e pesquisadores da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, teve início há dois anos, quando começaram a planejar testes clínicos que comprovariam a viabilidade da tecnologia Neurobridge. Em abril deste ano, Burkhart recebeu o implante, em uma operação que durou três horas. De acordo com Ali Rezai, que realizou a cirurgia, esta técnica pode ser utilizada no futuro para casos de derrame e trauma cerebral, além de lesões medulares.

A ideia de um implante cerebral que registrasse os sinais elétricos e os enviasse a um computador também fazia parte dos planos iniciais de Miguel Nicolelis durante o desenvolvimento de seu exoesqueleto, que fez uma breve aparição na abertura da Copa do Mundo, mas o pesquisador acabou optando por eletrodos externos, posicionados na cabeça do paciente. A diferença, porém, é que enquanto os estímulos cerebrais são direcionados para mover o exoesqueleto, no caso do neurocientista brasileiro, no trabalho atual os pesquisadores americanos encaminharam as "ordens" do cérebro diretamente para os músculos do paciente

(Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/chip-no-cerebro-permite-a-tetraplegico-voltar-a-mover-a-mao)

ONU Mulheres destaca legado da feminista Rose Marie Muraro

24 de junho de 2014

Uma mulher fundamental para o movimento feminista no Brasil e no mundo. Essa pode ser a síntese da trajetória política e intelectual de Rose Marie Muraro, falecida em 21 de junho, na cidade do Rio de Janeiro, aos 83 anos.

“Rose Marie Muraro foi uma mulher aguerrida e inspiradora pelas barreiras que quebrou. Permitiu-se viver com os propósitos feministas, assumindo as rédeas da própria vida e enfrentando o patriarcado em todas as suas formas: na vida pessoal, na política com novas propostas de relações sociais e na intelectualidade, desenvolvendo e expandindo o pensamento livre”, afirmou a representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman.

Ela dedicou-se à reflexão teórica sobre os direitos das mulheres, abrindo frentes de discussão sobre as relações de mulheres, homens e sociedade no Brasil. Escreveu mais de 40 livros, entre eles a arrojada obra “Sexualidade da mulher brasileira: corpo e classe social no Brasil”.

“Foram qualidades brilhantes para a formação de gerações de feministas e para o empoderamento das mulheres brasileiras”, completa Gasman.

Rose Marie editou uma série de publicações, pelas editoras Vozes e Rosa dos Tempos, voltadas para a difusão do pensamento feminista. Contrapôs-se aos valores conservadores de submissão das mulheres brasileiras e disseminou os ideais feministas de diferentes partes do mundo. Tinha formação em Física e em Economia. Teve cinco filhos, 12 netos e quatro bisnetos.

Por ser figura central na luta pela emancipação das mulheres, Rose Marie Muraro foi reconhecida em 2005 pelo Congresso Nacional e pelo governo brasileiro como Patrona do Feminismo Nacional. Recebeu diversos títulos e distinções, entre elas os Prêmios Bertha Lutz, em 2008, e Teotônio Vilela (2009), ambos do Senado Federal, e as honrarias Cidadã Honorária de Brasília, em 2001, e de São Paulo, em 2004.

Em 2009, inaugurou o Instituto Cultural Rose Marie Muraro, onde trabalhava, desafiando o câncer na medula óssea que a acometia há dez anos. O corpo da feminista foi cremado no domingo (22), no Rio de Janeiro, em cerimônia para familiares.

(Fonte: http://www.onu.org.br/onu-mulheres-destaca-legado-da-feminista-rose-marie-muraro/)

Rose Marie Muraro

Rose Marie Muraro (Rio de Janeiro, 11 de novembro de 1930 — Rio de Janeiro, 21 de junho de 2014) foi uma escritora, intelectual e feminista brasileira.2 Nasceu praticamente cega e sua personalidade singular deu-lhe força e determinação suficientes para tornar-se uma das mais brilhantes intelectuais de nosso tempo. É autora de mais de 40 livros e também atuou como editora em 1600 títulos, quando foi diretora da Editora Vozes.

Estudou Física e economia, foi escritora e editora. Publicou livros polêmicos, contestadores e inovadores dos valores sociais modernos. Nos anos 70, foi uma das pioneiras do movimento feminista no Brasil. Nos anos 80, quando a Igreja adotou uma postura mais conservadora, passou a ser perseguida pelos ideais. A atuação intensa no mercado editorial foi fruto de sua mente libertária, cuja visão atenta da sociedade pode ser comparada a de muito poucos intelectuais da atualidade.

Primeiros anos e feminismo

Oriunda duma das mais ricas famílias do Brasil nos anos de 1930 e 40, aos 15 anos, com a morte repentina do pai e consequentes lutas pela herança, rejeitou sua origem e dedicou o resto da vida à construção de um novo mundo, que ela descreveu como mais justo, mais livre. Nesse mesmo ano, conheceu o então padre Helder Câmara e se tornou membro de sua equipe. Os movimentos sociais criados por ele nos anos 40tomaram o Brasil inteiro na década seguinte. Nos anos 60, o golpe militar teve como alvo não só os comunistas, mas também os cristãos de esquerda.

A Editora Vozes foi um capítulo à parte na vida de Rose. Lá, trabalhou com Leonardo Boff durante dezessete anos e das mãos de ambos nasceram os dois movimentos sociais mais importantes do Brasil, no século 20: o movimento de emancipação das mulheres e a teologia da libertação — até hoje, base da luta dos oprimidos.

Nos anos 80, presenciou a virada conservadora da Igreja. E em 1986, Rose e Boff foram expulsos da Editora Vozes por ordem do Vaticano. O motivo: a defesa da teologia da libertação, no caso de Boff e a publicação, por Rose, do livro «Por uma erótica cristã».

Premiações

Rose Marie Muraro foi eleita, por nove vezes, «A Mulher do Ano». Em 1990 e 1999 recebeu da revista Desfile o título de «Mulher do Século», e da União Brasileira de Escritores o de «Intelectual do Ano», em 1994. O trabalho de Rose, como editora, foi um marco na história da resistência ao regime militar, e devido a este trabalho, recebeu do Senado Federal o Prêmio Teotônio Vilela, em comemoração aos vinte anos da anistia no Brasil.

A militante foi palestrante nas universidades de Harvard e Cornell, entre tantas outras instituições de ensino norte-americanas, num total de quarenta. Editou até o ano 2000 o selo Rosa dos Tempos, da Editora Record. Foi cidadã honorária de Brasília (2001) e de São Paulo (2004) e ganhou o Prêmio Bertha Lutz (2008). Pela Lei 11.261 de 30 de dezembro de 2005, passada pelo Congresso Nacional, foi nomeada «Matrona do Feminismo Brasileiro».

Bibliografia resumida

Vida pessoal

Deficiência visual e saúde frágil

Em meados da década de 1990, Muraro desafiou os próprios limites quando, aos 66 anos, recuperou a visão com uma cirurgia e viu seu rosto pela primeira vez, afirmando: «Sei hoje que sou uma mulher muito bonita.» Ao morrer, a feminista deixou cinco filhos, doze netos e quatro bisnetos, frutos de um casamento de vinte e três anos.2 Deixou também como herança cultural o Instituto Cultural Rose Marie Muraro (ICRM), que foi criado em 2009 e que tem como objetivo de salvaguardar o acervo da intelectual, de mais de quatro mil publicações.

Símbolo de superação, já sofrendo com vários problemas de saúde, em uma entrevista ao Correio Braziliense de 18 de agosto de 2003, ela relatou:

«Atualmente sou uma meia-pessoa. Semicega, porque vejo vultos, e semiparalítica, porque não consigo andar com o andador, mas preciso de cuidados 24 horas por dia, e de uma secretária para escrever o que eu dito, pois estou escrevendo dois livros no momento. Um sobre a traição e outro sobre amor.»

Morte

Muraro morreu aos 83 anos de câncer na medula óssea, doença que a acometia há dez anos, e teve seu corpo cremado no Cemitério do Caju. Ela teve complicações após um tratamento de quimioterapia.

(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rose_Marie_Muraro)