Elisabeth Mariano Apresenta...


Edição nº 214 - de 15 de Novembro de 2019 a 14 de Dezembro de 2019


Olá Leitoras! Olá Leitores!

Você leu o artigo? “desinformação: a arma de guerra mais poderosa, por Walter Felix”?

Saiba quem é WALTER FELIX CARDOSO JÚNIOR:

Doutor em Aplicações, Planejamento e Estudos Militares pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (1990) e Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2003) wfelixcjr@gmail.com

Este artigo sugerido é de autoria de Lilian Milena e esteve publicado em 07/02/2016 https://jornalggn.com.br/justica/desinformacao-a-arma-de-guerra-mais-poderosa-por-walter-felix/

TÍTULO DO ARTIGO:

Justiça Desinformação: a arma de guerra mais poderosa, por Walter Felix

Apresentaremos apenas a introdução e sugerimos a você a leitura integral, assim poderá formar a sua opinião acerca de certos fatos que ocorrem atualmente nas redes de Internet.

“A suprema habilidade consiste em subjugar os inimigos sem ter que lutar”

A desinformação é o nome técnico que se dá à “arte” de enganar alvos para alcançar um efeito determinado, seja ocultando ou distorcendo fatos e induzindo os adversários a erro de julgamento.

DefesaNet

Desinformação – Me engana que eu gosto

O especialista Walter Felix nos traz a análise de uma das armas mais importantes usadas nos dias atuais, tanto na Geopolítica Mundial como no ambiente político interno – A DESINFORMAÇÃO

“Foi Sun-Tzu, o grande chefe militar chinês do Século V aC, quem primeiro disse que toda a arte da guerra está baseada no logro. Ele foi pontual quando explicou que: quando prontos para atacar, devemos parecer incapazes; quando ativos, nos mostremos inativos; quando estivermos perto, façamos o inimigo acreditar que estamos longe; quando longe, que estamos perto; e que é necessário simular desordem e oferecer iscas para atrair e depois derrotar o inimigo.

Como relatado ao longo da história, o pensamento voltado para iludir os rivais remonta à Antigüidade. A lenda do Cavalo de Tróia, descrita na “Ilíada”, de Homero, ou o legado do próprio Sun-Tzu, descrito na “A Arte da Guerra”, onde sugere, também, que “a suprema habilidade consiste em subjugar os inimigos sem ter que lutar”, demonstram o conhecimento de nossos antepassados sobre a prática de desinformar os oponentes.

A desinformação é o nome técnico que se dá à “arte” de enganar alvos para alcançar um efeito determinado, seja ocultando ou distorcendo fatos e induzindo os adversários a erro de julgamento. Em sentido amplo, os artifícios de ludibriar fazem parte do dia-a-dia da maioria das pessoas, ora no ambiente de trabalho, ora nas ruas ou mesmo dentro do próprio lar, quando se valem de pretextos diversos habilmente construídos para tapear os outros e satisfazer interesses inconfessáveis. Há até quem diga que se não tivéssemos alguma mentira para esconder, a vida, como a conhecemos, se tornaria inviável.” (Continua: leia o original pelo link da fonte: https://jornalggn.com.br/justica/desinformacao-a-arma-de-guerra-mais-poderosa-por-walter-felix/).

Espero que lhe seja útil a leitura e a recomende as pessoas amigas, parentes, colegas de trabalho, funcionários etc. PRECISAMOS ESCLARECER O QUE OCORRE NA WEB.

Minha formação nas áreas acima, confirma o quanto é verdadeira e necessário informar corretamente! Desde já muito grata se puder colaborar na divulgação!!!

Agradeço também aos homens e as mulheres, pessoas maravilhosas que tanto nos apoiam. Tais gestos voluntários nos fortalecem e nos estimulam a prosseguir, enfrentar as adversidades, e, dividir com cada um/uma de vocês, as edições mensais que pesquisamos e veiculamos por aqui.

Fraternal abraço, Elisabeth Mariano

Conheça o Currículo de Elisabeth Mariano.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

Diálogo universal sobre o futuro do mundo marcará 75 anos da ONU em 2020

28.10.2019

O Dia da ONU – 24 de outubro – foi marcado com o anúncio do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, de que a comemoração dos 75 anos das Nações Unidas terá um grande e inclusivo diálogo sobre o papel da cooperação global na construção do futuro que queremos.

Com início em janeiro de 2020, as Nações Unidas promoverão diálogos ao redor do mundo e através de todas as fronteiras, setores e gerações. O objetivo é alcançar o público global, ouvir suas esperanças e medos e aprender com suas experiências.

O Dia da ONU – 24 de outubro – foi marcado com o anúncio do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, de que a comemoração dos 75 anos das Nações Unidas terá um grande e inclusivo diálogo sobre o papel da cooperação global na construção do futuro que queremos.

Com início em janeiro de 2020, as Nações Unidas promoverão diálogos ao redor do mundo e através de todas as fronteiras, setores e gerações. O objetivo é alcançar o público global, ouvir suas esperanças e medos e aprender com suas experiências.

As Nações Unidas foram fundadas em 1945 para apoiar ação coletiva em prol da paz, do desenvolvimento e dos direitos humanos para todos. A iniciativa ONU75 busca provocar o diálogo e a ação em como podemos construir um mundo melhor, apesar de todos os desafios que enfrentamos.

Ao mesmo tempo em que a iniciativa ONU75 busca promover discussões em todos os segmentos da sociedade – desde salas de aula até salas de reuniões, dos parlamentos até as prefeituras –, ela colocará ênfase na juventude e nas vozes frequentemente marginalizadas ou não escutadas em assuntos globais.

Em vídeo divulgado hoje (24), o secretário-geral apelou para que todas as pessoas, de todos os lugares, somem suas vozes a esta campanha: “Precisamos de suas opiniões, suas estratégias, suas ideias; para que sejamos capazes de entregar melhor para as pessoas do mundo a quem devemos servir”.

Através dos diálogos, a campanha ONU75 tem por objetivo construir uma visão global para o ano de 2045, centenário da ONU; aumentar a compreensão das ameaças para este futuro; e conduzir ação coletiva para alcançar esta visão. Pesquisas de opinião global e análises de mídia serão conduzidas em paralelo para fornecer dados estatísticos representativos.

As ideias e pontos de vista que forem produzidos serão apresentados aos líderes mundiais e altos funcionários da ONU durante um evento de alto nível na 75ª Sessão da Assembleia Geral em setembro de 2020, e disseminadas online e através de parceiros, de forma contínua.

Não há limite ou requisitos para quem quiser participar dos diálogos, fisicamente ou online. Informações estão disponíveis no site http://www.un.org/UN75.

Informações adicionais e pedidos de imprensa:

Lisa Laskaridislisa.laskaridis@un.org

(Fonte: http://www.onumulheres.org.br/noticias/dialogo-universal-sobre-o-futuro-do-mundo-marcara-75-anos-da-onu-em-2020/, data de acesso: 12/11/2019)

20 de Novembro – Dia da Consciência Negra

O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, foi instituído oficialmente pela Lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. A data faz referência à morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares – situado entre os estados de Alagoas e Pernambuco, na Região Nordeste do Brasil.

Zumbi foi morto em 1695, na referida data, por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho. Atualmente existe uma série de estudos que procuram reconstituir a biografia desse importante personagem da resistência à escravidão no Brasil.

Por que dia 20 de novembro?

A data de sua morte, descoberta por historiadores no início da década de 1970, motivou membros do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial, em um congresso realizado em São Paulo, no ano de 1978, a elegerem a figura de Zumbi como um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil, bem como da luta por direitos que os afro-brasileiros reivindicam.

Com isso, o 20 de novembro tornou-se a data para celebrar e relembrar a luta dos negros contra a opressão no Brasil. Por essa razão, o Treze de Maio, data em que a abolição da escravatura aconteceu, foi deixado de escanteio. O argumento utilizado é que o Treze de Maio representa uma “falsa liberdade”, uma vez que, após a Lei Áurea, os negros foram entregues à própria sorte e ficaram sem nenhum tipo de assistência do poder público.

A escolha do 20 de novembro aconteceu no contexto de declínio da Ditadura Militar (final da década de 1970 em diante) e de redemocratização do país. O enfraquecimento da ditadura deu força aos movimentos de oposição e aos movimentos sociais, como o movimento negro.

Com a redemocratização do Brasil e a promulgação da Constituição de 1988, vários segmentos da sociedade, inclusive os movimentos sociais, como o movimento negro, obtiveram maior espaço no âmbito das discussões e decisões políticas. A participação desses grupos no cenário político deu certo resultado, sendo aprovadas medidas que tinham como proposta promover certa reparação histórica.

Entre essas medidas, podemos destacar a lei de preconceito de raça ou cor (nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989) e leis como a de cotas raciais, voltada para a educação superior, e, especificamente na área da educação básica, a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que instituiu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira. Essas legislações preveem certa reparação aos danos sofridos pela população negra na história do Brasil. Por trás dessas leis, estão as iniciativas para acabar com o apagamento que os negros e a história e cultura dos africanos sofreram no Brasil.

No caso do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, a data foi criada por meio da citada Lei nº 12.519, no dia 10 de novembro de 2011, durante o governo de Dilma Rousseff. Essa lei não transformou a data em feriado nacional, assim, os governos de cada estado e cidade do Brasil devem optar por ser feriado ou não. O jornalista Laurentino Gomes fala que, até 2018, o dia 20 de novembro era feriado em 1047 municípios do Brasil (de um total de 5561 municípios)|1|.

ZUMBI DOS PALMARES

A figura de Zumbi dos Palmares é especialmente reivindicada pelo movimento negro como símbolo de todas essas conquistas, tanto que a lei que instituiu o Dia da Consciência Negra foi também fruto dessa reivindicação. O nome de Zumbi, inclusive, é sugerido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana como personalidade a ser abordada nas aulas de ensino básico como exemplo da luta dos negros no Brasil.

Essa sugestão orienta-se por uma das determinações da Lei Nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que afirma o seguinte: “O conteúdo programático […] incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.”

Mas afinal, quem, de fato, foi Zumbi dos Palmares? Essa é uma pergunta complexa de se responder, uma vez que as fontes e evidências a respeito da vida desse personagem histórico são raras. O que os historiadores sabem atualmente é que Zumbi dos Palmares foi um dos líderes do maior quilombo da história do Brasil, o Quilombo dos Palmares.

Alguns fatos da vida de Zumbi dos Palmares que eram tidos como certos décadas atrás atualmente são questionados pelos historiadores pela falta de fontes e por informações imprecisas levantadas por alguns dos estudos feitos no passado. Algo atestado de modo quase unânime por historiadores é que Zumbi nasceu no Quilombo dos Palmares.

Durante décadas, consolidou-se a versão escrita por um jornalista chamado Décio Freitas, que falava que Zumbi nasceu em Palmares, mas foi sequestrado ainda criança e criado por um padre. Na adolescência, Zumbi teria fugido, retornado ao quilombo e se tornado um importante general que defendeu Palmares dos bandeirantes.

Essa versão atualmente não tem o respaldo da historiografia, pois se embasa em documentos a que somente o autor do livro teve acesso. Inúmeros estudos sobre Zumbi foram realizados e todos esbarram na falta de evidências históricas para sustentar algumas das conclusões realizadas. As análises recentes, porém, apontam para a forma como diferentes versões de Zumbi foram construídas e seus usos políticos.

Laurentino Gomes afirma que a atual imagem de Zumbi é uma construção idealizada a partir do final do século XIX pelo movimento abolicionista. Nessa construção, Zumbi transformou-se no “herói das lutas pela liberdade, não só dos escravos e negros, mas também dos camponeses, índios, das minorias”|2|. Foi essa imagem que esteve por trás de todas as conquistas recentes do movimento negro e, ainda hoje, ela está em vigor.

O que o Dia da Consciência Negra representa?

Além das questões que envolvem Zumbi e o Quilombo dos Palmares, o Dia da Consciência Negra é uma data significativa, pois traz à luz questões importantes: o racismo e a desigualdade da sociedade brasileira. É uma data que relembra a luta dos africanos escravizados no passado e que reforça a importância da realização de novas lutas para tornar a nossa sociedade mais justa.

O Dia da Consciência Negra é importante para relembramos que a nossa sociedade foi construída por meio da escravidão. Por mais que melhorias e mudanças tenham acontecido, a falta de oportunidades para a população negra, o racismo presente nos detalhes do cotidiano e as tentativas de apagamento de cultura africana evidenciam que ainda temos um longo caminho a ser trilhado. É disso que se trata o Dia da Consciência Negra.

Alguns indicativos podem nos ajudar a entender o problema do racismo no Brasil, já que inúmeras pesquisas a respeito disso tem sido realizadas nos últimos anos. Em um levantamento realizado após as eleições de 2018, somente 4% dos políticos eleitos para o Legislativo autodeclaram-se negros.

A pesquisa indicou que, entre deputados distritais, estaduais, federais e senadores, somente 65 dos 1626 eleitos declaravam-se negros |3|.

Outros dados apontam que cerca de 56% da população autodeclara-se negra (pretos ou pardos) |4|, mas, entre os mais ricos, os negros representam somente 17,8% |5|. Em contrapartida, os negros representam 75% dos mais pobres, além de corresponderem à maioria dos presos no Brasil: 65% |6|.

Além disso, os negros são mais condenados que os brancos quando são processados por posse de drogas. Paradoxalmente, os negros são os mais condenados e são apreendidos com doses menores de substâncias ilícitas em relação a condenados que são brancos |7|. Não só a justiça demonstra ser mais rigorosa contra os negros, mas a polícia também, uma vez que 76% dos mortos pela polícia são negros |8|.

Também é válido mencionar que, no mercado de trabalho, os negros também sofrem com o preconceito, pois, recebem, em média, 1200 reais a menos em comparação com os trabalhadores brancos |9|. Até no desemprego, os negros sofrem mais, uma vez que mais de 60% dos desempregados são negros |10|.

O racismo foi tão impregnado na cultura do brasileiro que até no vocabulário ele se manifesta. Expressões como “da cor do pecado”, “denegrir”, “mulato”, “cabelo ruim” (para se referir ao cabelo crespo), entre outras tantas, denotam claramente o racismo e surgiram do legado dos mais de 300 anos de escravidão no Brasil.

A cultura religiosa oriunda dos negros africanos também sofre bastante com o preconceito no Brasil. Na década de 1930, as chamadas religiões de matriz africana eram proibidas no Brasil. Atualmente, apesar de a Constituição prever a liberdade religiosa, o que se vê em nosso país é que as religiões de matriz africana são intensamente perseguidas. Um fenômeno recente são as ações de vandalismo cometidas contra terreiros nos quais se praticam os encontros de umbanda e do candomblé.

Até na escola, há enorme resistência com a cultura africana, pois há pais de alunos que se recusam a permitir que seus filhos tenham acesso a conhecimentos e saberes relativos às culturas de origem africana. Até mesmo professores, muitas vezes, recusam-se a ministrar os assuntos relacionados com a cultura afro-brasileira para os alunos, apesar de existir uma lei que os obrigue a fazê-lo.

O Dia da Consciência Negra é o momento no qual podemos tomar consciência do racismo que nos cerca e nos posicionar por mudanças e um país mais justo.

NOTAS:

|1| GOMES, Laurentino. Escravidão: do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares – Volume 1. Rio de Janeiro: Globo Livros, 2019, p. 422.

|2| Idem, p. 427.

|3| País elegeu apenas 4% de parlamentares negros. Para acessar, clique aqui.

|4| Número de brasileiros que se declaram pretos cresce no país, diz IBGE. Para acessar, clique aqui.

|5| IBGE: negros são 17% dos mais ricos e três quartos da população mais pobre. Para acessar, clique aqui.

|6| Negros representam dois terços da população carcerária brasileira. Para acessar, clique aqui.

|7| Negros são os mais condenados por tráfico e com menos drogas apreendidas. Para acessar, clique aqui.

|8| Racismo institucional leva polícia do Brasil e dos EUA a matar mais negros e pobres. Para acessar, clique aqui.

|9| Negros ganham R$ 1,2 mil a menos que brancos em média no Brasil. Para acessar, clique aqui.

|10| Com crise, desemprego subiu mais entre pretos e pardos, diz IBGE. Para acessar, clique aqui.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

FERNANDES, Cláudio; SILVA, Daniel Neves. "20 de novembro – Dia da Consciência Negra"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-nacional-da-consciencia-negra.htm. Acesso em 14 de novembro de 2019.

(Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-nacional-da-consciencia-negra.htm, data de acesso: 12/11/2019)