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Edição nº 116 - de 15 de Setembro de 2011 a 14 de Outubro de 2011

homenagem póstuma a juíza Patrícia Acioli

Receba esta edição n° 116 do Portal ESPAÇO MULHER Informa... com o fraternal abraço de Elisabeth Mariano, que presta a nossa singela homenagem póstuma a juíza Patrícia Acioli.

Rui Barbosa sob ameaça de morte exilou-se em Buenos Aires, em 1893. Ela sob ameaça de morte continuou a cumprir suas atividades de magistrada, havia recebido quatro ameaças de morte, sendo assassinada, em 2011.

A magistrada Patrícia Lourival Acioli, 47 anos, juíza da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, foi morta a tiros na noite de 11 de agosto por volta das 23h30, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados pelo menos 15 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista. O motivo aparente segundo as noticias por aí “que ela teria muitos inimigos, não pelo exercício da profissão, mas por humilhar gratuitamente réus".

PARA TODAS AS MULHERES QUE LUTAM CONTRA A VIOLÊNCIA E QUEREM A PAZ NA SOCIEDADE É ALGO LAMENTÁVEL EM PLENO SÉCULO 21 (“Verás que uma filha tua não foge à luta. Nem teme; quem te adora até a própria morte, Terra adorada! Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada!)

E PARA AS LIDERANÇAS BRASILEIRAS DEDICAMOS DO AUTOR RUI BARBOSA, UMA DE SUAS POESIAS.

SINTO VERGONHA DE MIM

Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro!

***
"De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".

AUTOR: Rui Barbosa - foi um importante estadista, político, diplomata e jurista brasileiro, e escritor

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