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Edição nº 134 - de 15 de Março de 2013 a 14 de Abril de 2013

Comemorando as vitórias femininas

Conforme reportagem de ForbesWoman/2011 no mundo do poder somente “Oito chefes de Estado e 29 presidentes-executivas estão na lista das 100 mulheres mais poderosas do mundo. Elas têm em média 54 anos e controlam, juntas, 30 trilhões de dólares. Vinte e duas delas são solteiras.”

A presidenta Dilma Rousseff foi a 11ª mulher a ocupar o cargo de presidente na América Latina - a oitava eleita. E é considerada a terceira mulher mais poderosa do mundo.

Atualmente os “olhos do mundo noticioso” voltam-se para a América Latina mediante eleição do Papa Francisco, somando-se assim às informações da mídia pelas divulgações esportivas internacionais do Brasil, que em breve estará no cenário principal.

Trazemos então aqui uma pesquisa que analisa o crescimento da classe média na América Latina, e o papel das mulheres neste desenvolvimento geral.

Na expectativa de que sejam dados muito proveitosos para suas análises latino-americanas no contexto de inserção do nossos país em meio a este crescimento, entregamos para você esta edição 134 do Portal ESPAÇO MULHER Informa...

Receba cordial abraço de Elisabeth Mariano e equipe

Pesquisa:

Uma radiografia das classes médias na América Latina

Infolatam - informatión y análisis de América Latina

•    Las claves
•    Madri, 10 de março de 2013

A classe média cresceu 50% na América Latina entre 2003 e 2009, até superar o 30% da população.

(Especial para Infolatam por Rogelio Núñez)

As classes médias na América Latina incrementaram-se em 50% durante a década passada. Isso é o que destacam instituições como a OCDE e o Banco Mundial.

Mas o problema não reside no número, mas sim na qualidade. Como são essas classes médias? Quão sólidas e heterogêneas são? Que características têm?

Estas perguntas foram respondidas pela jornada sobre ‘As classes médias e a crise na Europa, Estados Unidos e América Latina’, organizada pela Fundação Ramón Areces em colaboração com o Banco Mundial.

Aumento quantitativo

A classe média na América Latina incrementou-se em 50% na primeira década deste século, passando de 103 milhões de pessoas em 2003 para 152 milhões em 2009, segundo um relatório do Banco Mundial publicado no final de 2012.

No Brasil, incrementou-se em 40%, na Colômbia, em um 54% entre 1992 e 2008; e México, viu como o 17% de sua população se unir à classe média entre 2000 e 2010.

O consumo das classes médias cimenta um forte mercado interno

O Banco Mundial assinala que alguns dos fatores mais importantes na hora de favorecer a mobilidade crescente na América Latina são um maior nível educativo entre os trabalhadores; maior nível de emprego formal; mais pessoas vivendo em áreas urbanas; mais mulheres na força trabalhista e famílias mais pequenas.

Em 2013, na América Latina, a classe média e os pobres representam aproximadamente a mesma proporção da população, segundo o relatório.

O economista chefe do BM para a América Latina, Augusto de la Torre, sublinha que a região é a “única” que está vendo crescer sua classe média: “A América Latina está levando a cabo um grande progresso social e tem reduzido a desigualdade de renda de uma maneira completamente inesperada”.

Caso paradigmático é o do Chile. Segundo a última pesquisa Casem realizada no país, 60% da população situa-se nesse estrato socioeconômico.

No Chile, contemplam-se três tipos de classe média segundo seus rendimentos: Alta (C1), Média (C2) e Baixa (C3), sendo a divisória do último grupo muito próximo da linha de pobreza, por isso qualquer situação pode fazer uma pessoa ou grupo familiar cair na escala social.

Um estudo recente assinala que em sete anos a classe média alta chilena crescerá de 6% a 17%, enquanto a média baixa descerá 10 pontos percentuais até 35%. A classe média se manterá praticamente estável e só aumentará um dígito para ficar em 25% da população. A alta, no entanto, também terá uma expansão de 8 a 13%. Tudo isto assegura, segundo o documento, um fortalecimento das taxas de crescimento e dos níveis de consumo.

Julián Messina, economista do Banco Mundial, aponta para que o observado “na Latino-América é que durante os anos 2000 houve um crescimento muito importante da classe média até o ponto de que hoje, na Latino-América, podemos dizer que pela primeira vez há uma proporção da população de classe média que é tão importante como a população que está na pobreza”.

“O crescimento da classe média está muito vinculado ao processo de crescimento econômico que a região tem experimentado durante os últimos 10 anos”, afirma Messina.

Características da nova classe média

Em primeiro lugar, há que responder a uma questão vital: o que é ser de classe média? O Banco Mundial define como classe média àquelas pessoas que têm um rendimento entre 10 e 50 dólares diários.

A cultura do Shopping assentou-se na região da mão da ascensão das classes médias

Na jornada sobre ‘As classes médias e a crise na Europa, Estados Unidos e América Latina’, organizada pela Fundação Ramón Areces ficou claro que “se trata de uma classe média que, em muitos casos, acaba de escapar da pobreza, que se tornou visível e entrou no mundo formal da economia. É uma classe média incipiente, ainda não consolidada, sem emprego fixo, não instruída e sem estudos universitários. Uma classe média que optou pelo modelo anglo-saxão de empreendimento e não pelo meritocrático ao estilo europeu”.

É, portanto, destaca Ramón Casilda, professor do Instituto de Estudos Latino-Americanos na Universidade de Alcalá e coordenador da jornada, uma classe média muito diferente à européia, a qual se caracteriza por ser instruída, empregada, a serviço do Estado como médicos, professores, professores, engenheiros.

De todas as formas, essa classe média européia, com a atual crise, está em transformação e o modelo anglo-saxão que segue América Latina pode ser também o europeu.

“Vai surgir uma nova classe média na Espanha por causa dos imperativos da crise, bem como está surgindo uma nova classe média na América Latina. Apesar disso, os países da Europa têm conseguido um estado de bem-estar que a América Latina ainda não conquistou. O grande desafio é criar um estado de bem-estar com crescimento”, comenta Casilda Béjar, autor do livro “América Latina emergente”.

Heterogeneidade e solidez

Uma vez analisado o número e as características das classes médias latino-americanas, é o momento de estudar quão heterogêneas e sólidas elas são.

A verdade é que não pode se falar de uma classe média latino-americana em geral, porque é diferente de país para país, dependendo sobretudo das características da economia de cada entidade. É verdade, como assinala Casilda, que por rendimentos se parecem, mas não por instrução (maior no Chile e Argentina do que na Venezuela ou em certos lugares do Brasil).

As classes médias urbanas, base do modelo democrático na região

Também são igualadas pelo espírito de empreendedorismo e seus pedidos para melhorar a qualidade das prestações de serviços do Estado.

Como assinala o Secretário Geral da Segib, Enrique V. Iglesias, por trás dos protestos estudantis no Chile está precisamente essa classe média crescente que não só pede acesso ao ensino superior, mas também mais qualidade da mesma.

É, no fundo, uma exigência para criar um Estado do Bem-estar que na Europa está em queda, mas que na América Latina nem sequer se chegou a pôr em marcha de forma plena.

Como aponta Casilda, “há que apostar em mais mercado, mas com um Estado mais eficiente”.

Porém, a classe média latino-americana não só é heterogênea, mas também débil ao menos em certos estratos, sobretudo a classe média baixa.

Um exemplo disto é o que ocorre no Brasil, que cresceu por causa das exportações e do consumo interno, especialmente pelo endividamento a crédito das famílias que assim ficam expostas ante situações econômicas menos sólidas, pois carecem de prestações sociais e vivem com ameaçadas por uma mobilidade descendente.

As classes médias são vitais para a América Latina, pois representam um fator político que pode contribuir para dar estabilidade à democracia, são um fator econômico como fundamento de um mercado interno são e, desde o ponto de vista social, Augusto de la Torre assinala que “uma sociedade com uma classe média crescente é mais propensa a reduzir as desigualdades”.

Por isso, o relatório do BM propõe uma série de medidas para fortalecer essas classes médias, como incorporar de maneira explícita o objetivo de igualdade de oportunidades na política pública; iniciar uma segunda geração de reformas ao sistema de proteção social — incluindo tanto a assistência social como a segurança social — para superar a fragmentação e, portanto, o fazer mais justo e eficiente. E romper o círculo vicioso de impostos baixos e má qualidade dos serviços públicos, investindo uma parte dos ganhos extraordinários derivadas das matérias primas em melhorar a qualidade dos serviços públicos.

(Fonte: http://www.infolatam.com.br/2013/03/10/uma-radiografia-das-classes-medias-na-america-latina/, data de acesso 12/03/2013)

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COMEMORAÇÕES ESPAÇO MULHER - 2013

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  • 25 anos de marca e criação autoral EMBELEZAR (Coletânea de Estudos de Embelezamento Integral) com divulgação há 10 anos com link no Portal ESPAÇO MULHER INFORMA...
  • 23° aniversário do ESPAÇO MULHER - Clube Nacional de Valorização e Intercâmbio Cultural;
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