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Edição nº 17 - de 15 de Junho de 2003 a 14 de Julho de 2003

Há discriminação no ensino brasileiro?

Nosso trabalho frutifica junto às jovens universitárias que nos contatam pedindo sugestões para seus trabalhos acadêmico-científicos, fato este que revela o interesse sobre as questões de gênero feminino sendo levadas a sério como disciplina em algumas faculdades do país.

Recentes estudos sobre a área do ensino brasileiro trazem estatísticas em que o Brasil é colocado como o 5° pior entre os 45 países do hemisfério Norte / Sul, no ensino fundamental. Além disso, há outras análises quanto aos salários, os níveis de estresse e de doenças profissionais, jornadas excessivas, e excesso de alunos por classe, apresentadas por meio de estatísticas e em comparações com outros países, temos os nossos profissionais da educação, homens e mulheres, tratados com aspecto carencial de valorização e respeito. Talvez valha questionar, será por que são as mulheres 82,4% da classe? (fonte: UnB / CNTE - 1996)

Então, trata-se de um ato discriminatório? Como se avalia se há discriminação ou não? Basta comparar com outras ações e situações idênticas ou similares, para ver se o tratamento é o mesmo; se for diferenciado, para menos é discriminação negativa. Então, por que profissionais tão importantes para o desenvolvimento do país não têm a respectiva equiparação de tratamento das outras classes profissionais, principalmente, na esfera pública?

Por qual motivo questionar este tema? Por que é preocupante ler "As razões da aposentadoria aos 25 e 30 anos para Professoras e Professores da Educação Básica", o qual é um estudo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que ratifica os dados da UNESCO e da OIT. Recebemos este documento do Prof. João K. de S. Souza, e como mestranda enviei este estudo a muitos colegas da área de educação, encontrando eco nas informações ali apontadas. Dia 21 de junho - Dia Internacional da Educação Não-Sexista, que abrange a não discriminação na área de ensino, também é dia de se questionar se a falta de boas condições ao professorado é um ato discriminatório ou não.

Deste modo, trazemos a edição 17, na expectativa de que nossas notícias, reportagens e pesquisas possam contribuir para que haja mais respeito à dignidade humana, de homens e mulheres, crianças e idosos. Cremos que são informações necessárias hoje às lideranças sociais, sindicais, profissionais e governamentais.

Com votos de muito sucesso enviamos nosso abraço.

Elisabeth Mariano e equipe ESPAÇO MULHER.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

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