Jornal Espaço Mulher


Edição nº 102 - de 15 de Julho de 2010 a 14 de Agosto de 2010

Olá Leitores!

Às mães das mulheres assassinadas no Brasil

“Se tenho medo da morte respondo que não. Não posso temer aquilo que não conheço.

Tenho medo da violência da vida, da poluição do mundo e do egoísmo dos homens.” (autoria: Lapalce Rodrigues.)

O que todos os movimentos femininos podem fazer para consolar as senhoras em momento de tanto sofrimento e pesar, diante de tanta violência cometida contra as jovens que tiveram suas vidas ceifadas, apenas porque “amavam demais” homens que não mereciam tal sentimento?

Sente-se o estarrecimento em cada rosto, gesto, diante do absurdo requinte cometido...

Queremos repudiar a violência mortal, e toda violência da “pré-condenação moral” sobre a vida delas, que de certa forma viveram conforme os ditames da mídia que estimula grande parte da juventude, e não pode, portanto, a mídia, desprezá-las.

O sofrimento das senhoras em suas lágrimas comove todas as outras mães do país, assim como noutros casos que ocorrem, estatisticamente dez mulheres assassinadas por mês.

Queremos, outrossim, crer na eficiência e dedicação incansável da polícia e do judiciário para que nada fique impune, e principalmente, rogar aos grupos religiosos em geral, que ajudem a conscientizar as pessoas para buscar uma vida mais plena de paz e harmonia. Quem tem fé, tem força espiritual para sobreviver as tragédias da vida.

Triste, muito triste ainda, é a tristeza das mães desses homens que assassinam mulheres!... E, uma tristeza imensa, de abandono total, é o que devem sentir os filhos e filhas que perdem a mãe de forma tão brutal, provocada ou incentivada pelo próprio pai!...

Nesta edição com pesquisas que alertarão sobre a condição das pessoas jovens em nosso país, junto com o abraço da equipe ESPAÇO MULHER, abrimos com a mensagem de NAIÁ DUARTE, em nome de todas as entidades femininas, que têm em suas metas combater todo o tipo de violência contra às mulheres...

Receba o abraço de Elisabeth Mariano.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

Santos, 1º de julho de 2010

Repúdio à Violência contra as Mulheres

“Nós do Instituto Mulher Viva repudiamos a violência contra as mulheres.

Parece brincadeira, mas a tão esperada Lei Maria da Penha, que existe para proteger, acolher e libertar as mulheres da violência é utopia, pois o que vemos são homens fazendo “justiça” com as próprias mãos, ou no popular “se você não for minha, não será de mais ninguém.”

Casos como o da cabeleleira Maria Islaine assassinada com vários tiros pelo seu ex-marido, o mecânico Fábio Wiliiam no estado de Minas Gerais, que conforme depoimento das amigas que presenciaram o crime foi motivado pela separação, quer dizer que o autor não admitia que Islaine terminasse o casamento e fosse viver uma nova vida. Maria fez oito denúncias de agressão contra Fabio. Cada vez mais enfurecido com esta atitude, cumpriu o que prometera “se você não for minha, não será de mais ninguém”.

Assim, ocorreu com a advogada Dra. Mércia em Guarulhos ao terminar o namoro com o ex-policial e advogado Mizael Bispo. Márcia termina o namoro, rompe a sociedade que tinha com o acusado e misteriosamente desaparece ao sair da casa da avó na cidade de Guarulhos. O corpo é encontrado na represa de Nazaré Paulista. Amigos e familiares dela apontam para a personalidade de Mizael, homem violento e controlador. Os suspeitos do assassinato de Mércia são Mizael e seu irmão Adão.

O goleiro Bruno é o principal suspeito de espancar e ocultar o corpo da ex-namorada Elisa. Elisa postou no youtube um vídeo denunciando Bruno, dizendo que por várias vezes a ameaçou de morte. No vídeo Elisa diz: “caso aconteça algo comigo, todos vão saber que você é o culpado”. A estudante esta desaparecida há mais de um mês.

O que esses crimes têm em comum?

COVARDIA! Esses criminosos não são suficientemente homens para administrar seus fracassos!!!

A nossa Lei Maria da Penha, precisa ser cumprida.

Vamos proteger nosso direito; o direito á VIDA!...”

Professora Naiá Duarte - Presidenta do Instituto Mulher Viva - http://www.mulherviva.com

Conferência Internacional sobre os Sete Saberes – 21 a 24 de setembro, Fortaleza/Ceará

Conferência: Os Sete Saberes necessários à Educação do Presente

21 a 24 de setembro de 2010

Link http://www.uece.br/setesaberes/

“A UNESCO, a Universidade Estadual do Ceará, associadas à Universidade Católica de Brasília, acreditando na relevância das idéias e ideais estabelecidos na obra Os Sete Saberes necessários à Educação do Futuro, de Edgar Morin realizarão, em Fortaleza/Ceará, no período de 21 a 24 de setembro de 2010, a Conferência Internacional – Os Sete Saberes para uma Educação do Presente. Este evento terá como Presidente de Honra o sociólogo e filósofo Dr. Edgar Morin e será presidido pelo Sr. Dr. Vincent Defourny, representante da UNESCO no Brasil.”

Local: Hotel Praia Centro - Fortaleza/CE

(Fonte: Maria Dolores Fortes Alves Doutoranda e Mestre em Educação pela PUC/SP; Pedagogoga, Psicopedagoga, Escritora. Pesquisadora ECOTRANSD e RIES. Site pessoal: http://www.edupsicotrans.net; mdfortes@hotmail.com; mdfortes@gmail.com; Agendar palestras, oficinas ou workshops, contate assessoria wakeditora@uol.com.br)

Concurso ‘Aprender e Ensinar Tecnologia Social’ tem inscrições prorrogadas até o dia 16 de agosto

“Foram prorrogadas até o dia 16 de agosto as inscrições para o concurso Aprender e Ensinar Tecnologia Social, promovido pela Revista Fórum e pela Fundação Banco do Brasil.

O objetivo do concurso é ampliar a divulgação e o conhecimento sobre tecnologias a favor do desenvolvimento sustentável das comunidades por meio do debate com professores, alunos do ensino fundamental e pessoas da comunidade.

Serão cinco professores vencedores do concurso, cada um receberá uma passagem para o Fórum Social Mundial de 2011, em Dacar, no Senegal, onde participarão de uma atividade para apresentar uma proposta de atividade de difusão de tecnologias sociais. Os vencedores receberão um troféu e terão suas iniciativas registradas em um banco de propostas para discutir tecnologias sociais na escola.”

Informações e Inscrições: http://www.revistaforum.com.br/ts

(Fonte: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=49109)

"Mulheres Negras e a Luta Anti-Racista: Violência e Estado"

Dia 24 de julho de 2010 - das 09h00 - 13h30

Companheiras, importante agenda para estarmos presentes dia 24 de julho!

Nossos filhos e filhas, irmãos e irmãs, estão sendo mortos e torturados por este Estado Racista!

Várias entidades do movimento negro, da juventude negra, além de diversas entidades de defesa dos direitos humanos, estão se manifestando.

E nós?! Mulheres que choram pelos seus filhos, que rezam todo dia esperando que voltem sãos e salvos para casa?

Precisamos ser protagonistas neste momento, fazermos nosso manifesto!

Compareçam, tragam suas mães, suas tias, vizinhas...

Abraços, Marcia Farro

CONVITE: Dia 24 de Julho de 2010 - Das 09h00 - 13h30

"Mulheres Negras e a Luta Anti-Racista: Violência e Estado"

Local: Sindsep - Rua da Quitanda, 162 -1º andar.

Marcha Mundial de Mulheres - reflexão e diálogo sobre a luta das mulheres negras,em alusão ao 25 de Julho - Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Afro-Caribenha que atuam no movimentos: negro,feminista e social.

Grata, Doné Kika de Bessen - Bessen su aló

CNDM informa sobre Medida Provisória nº483/10

“É com muita satisfação que informamos que o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória 483/10, que dá staus de Ministério à Secretaria de Políticas para Mulheres.

Segue o link para a matéria da Agência Câmara sobre a aprovação da Medida que, conforme as palavras da Ministra Nilcéa Freire "agora com a aprovação pela Câmara da MP é que se consolida mais esta vitória."

Para leitura completa acesse o link abaixo:

http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/ADMINISTRACAO-PUBLICA/149470-CAMARA-APROVA-TRANSFORMACAO-DE-QUATRO-SECRETARIAS-EM-MINISTERIOS.html

(Fonte: [CNDM] SPM: Ministério - Susana Cabral - Secretária Executiva - Conselho Nacional dos Direitos da Mulher -Secretaria de Políticas para Mulheres/PR)

Dano moral - atenção: vasectomia não é 100% garantida

“Um casal de Porto Alegre (RS) terá R$ 25 mil de indenização por danos morais e R$ 6 mil por danos materiais decorrentes do nascimento de filho que foi concebido um ano após a realização de vasectomia.

A decisão é da 5ª Câmara Cível do TJRS e resulta de falha no dever de informação por parte de médico. Segundo os julgadores, o profissional não esclareceu devidamente o paciente a respeito da possibilidade de recanalização, ou seja, rejunção espontânea dos canais deferentes após a cirurgia.

Os autores da ação, diante dos problemas da mulher com métodos contraceptivos, elegeram a vasectomia como método eficiente para manter a prole limitada a dois filhos. Na clínica onde foi realizado o procedimento, a informação fornecida indicava 100% de garantia em termos de eficácia do tratamento.

Assim, em julho de 2005, o autor submeteu-se à cirurgia. Ao deixar a clínica, recebeu instruções por escrito, incluindo a testagem por espermograma após 25 ejaculações.

Em outubro de 2005, colheu material e levou-o à clínica para testagem, obtendo a informação de que o resultado fora negativo para a presença de espermatozóides, com o que poderia desfrutar tranquilamente sua vida sexual. No entanto, em agosto de 2006, sua esposa engravidou, circunstância que provocou crise conjugal, com suspeita de infidelidade.

O fato levou o autor a consultar outro médico, realizando novo espermograma, exame no qual foi constatada a presença de espermatozóides.

Segundo o relator no tribunal, desembargador Jorge Luiz Lopes do Canto, a prova colhida é suficiente para comprovar falha na prestação dos serviços, evidenciada na divulgação de informação defeituosa ao consumidor de que a cirurgia era completamente segura, não havendo possibilidade de o paciente continuar fértil. Contudo, não houve erro médico, conforme o acórdão.

"Todavia, é evidente a propaganda enganosa propalada pelo demandado, que garantiu que a vasectomia é o método anticoncepcional mais seguro que existe, dando 100% de garantia", acrescentou o relator, lembrando que o casal experimentou grave crise conjugal.

Também os valores que a autora deixou de auferir durante a licença maternidade, por não poder trabalhar, foram deferidos. O pensionamento, porpem, foi rejeitado, tendo em vista que não há relação parental para justificar o arbitramento de tal verba.

"Creio que o nascimento de um filho não trará nenhum mal aos autores, ao contrário, trata-se de uma benção de Deus, motivo de alegria e júbilo dos pais, não podendo a natividade ser apontada como causa de prejuízo", anotou o desembargador Jorge do Canto. (Proc. nº 70034402461 - com informações do TJRS).”

(Fonte: http://www.espacovital.com.br/noticia_ler.php?id=19512, em 09/07/10)

O mapa da pobreza infantil na América Latina

Autoria: Sebastián Premici

“Estudo realizado em conjunto pela Cepal e pela Unicef traça o mapa da pobreza na América Latina. Segundo estudo, cerca de 80 milhões de crianças vivem em situação de pobreza na região. Deste total, cerca de 32 milhões vivem em situação de pobreza extrema. Costa Rica, Uruguai e Argentina apresentam os melhores índices. Os índices mais graves de pobreza infantil aparecem em El Salvador, Guatemala e Bolívia. Cuba não foi avaliada no informe das agências da ONU.

Na América Latina há 80 milhões de crianças que vivem em situação de pobreza. Desse total, 17,9% vivem em condições de pobreza extrema (32 milhões). Os dados são de um informe elaborado pela Comissão Econômica para América Latina (Cepal) e Unicef, cujas conclusões preliminares acabam de ser apresentadas. Nele se estabelece que dos 18 países da região, a Argentina ocupa o terceiro lugar em qualidade de vida das crianças pobres, atrás do Uruguai e da Costa Rica. Mais abaixo aparecem Colômbia, Brasil, México, Perú, Bolívia e Honduras, entre outros. O critério utilizado não é só a renda, mas também as possibilidades de acesso aos serviços básicos como educação, saúde, água potável, alimentação e informação.

“Os governos que melhoraram muito foram o Uruguai, a Costa Rica e a Argentina. Nossos indicadores dão conta de políticas de longo prazo. Se as crianças têm um acesso melhor à saúde, se adoecem menos, poderão alimentar-se melhor e terão mais oportunidades de aprender na sua passagem pela escola, disse ao Página/12 Enrique Delamónica, assessor de política social e econômica da Unicef.

Em 2005 a Unicef estabeleceu uma definição de pobreza: “As crianças pobres são aquelas que sofrem uma privação de recursos materiais, espirituais e emocionais necessários para sobreviver, desenvolverem-se e prosperarem”. Esta abordagem da pobreza infantil permite entender o fenômeno de maneira integral, não só limitado à questão da renda.

A Cepal e a Unicef elaboraram o informe: “A pobreza infantil: um desafio prioritário” - cujo resultado final será publicado em aproximadamente dois meses -, que mediu os níveis de pobreza das crianças da América Latina. Os melhores colocados foram Costa Rica, com 20,5% de sua população infantil na pobreza; o Uruguai (23,9%) e em terceiro, a Argentina (28,7). Embora os números sejam altos, contrastam com os resultados de outros países da região. Encabeçando os piores resultados estão: El Salvador (86,8%), Guatemala (79,7%), Bolivia (77%), Perú (73%), México (40%) e Colômbia (38,5%). Cuba não aparece no informe.

O trabalho elaborado pelos dois organismos pretende oferecer ferramentas para que os países possam medir a pobreza corretamente. Por isso, destacam que não se pode levar em conta apenas os indicadores salariais e os dados da inflação e o custo da cesta básica, como o ocorre na Argentina, com a medição do Indec. As autoridades do organismo estão trabalhando para modificar o indicador de pobreza por esse mesmo motivo. O índice atual, que toma como registro as linhas de pobreza e indigência, foi estabelecido na década de 90, sob a influência de Domingo Cavallo.

“Os pais podem ter renda abaixo da linha da pobreza, mas graças às políticas públicas voltadas à educação, saúde, alimentação, as crianças não sofrem uma condição de pobreza infantil, entendida como a perda de direitos essenciais”, explicou Delamónica.

Os dados para este informe foram recolhidos entre 2006 e 2007. Apesar dessa aparente desatualização, os técnicos da Unicef e da Cepal explicaram a este jornal que as pesquisas que tomam serviços básicos como indicadores mudam em períodos maiores que três anos, enquanto que os indicadores que tomam somente a renda são atualizados mensalmente. Esta não é uma diferença menor, sobretudo num país onde as estatísticas públicas estão sob suspeita e qualquer consultoria diz ter a capacidade de medir níveis reais de pobreza.

Por exemplo, o diretor da Red Solidaria, Juan Carr, assinalou nos últimos dias que, embora não questione a existência da pobreza, reconhece que “a fome segue diminuindo no país desde há oito anos, graças à ação do Estado e a outras instituições”.

“A existência de privações severas ou moderadas que afetem à população infantil são superáveis a partir de uma maior intervenção direta dos Estados – em saúde e educação – e indireta, mediante o aumento da renda das famílias, seja por pela criação de emprego ou pelas políticas de transferência de renda (embora o informe não deixe claro, este seria o caso da Asignación Universal por Hijo). O investimento social e o gasto público para a infância não só devem incrementar-se para melhorar as condições de vida das crianças, mas também para promover um desenvolvimento mais inclusive e igualitário”, destaca o informe Cepal-Unicef.”

(Fonte: Tradução: Katarina Peixoto - (Envolverde/Carta Maior) 09/07/2010 - 11h07 - http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=77386&edt=1)

Um em cada quatro universitários usou drogas no último mês, revela estudo

Levantamento com 18 mil estudantes revelou que o índice é muito maior que o da população em geral, de 4,5%

Autoria: Luciana Alvarez - O Estado de S.Paulo - 23 de junho de 2010 | 0h 00

“Uma pesquisa da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) com 18 mil universitários do País comprovou que eles usam mais drogas lícitas e ilícitas, como o álcool e a maconha, que a população em geral. Mais de 60% dos entrevistados tinham consumido álcool nos últimos 30 dias (entre a população em geral o índice é de 38,3%) e 25,9% usaram drogas ilícitas (na população o índice é de 4,5%).

Os pesquisadores esperavam que existisse uma diferença entre os dois públicos, mas se surpreenderam com o tamanho do degrau. O levantamento, obtido com exclusividade pelo Estado, foi feito em parceria com o Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e é o primeiro de abrangência nacional.

Foram entrevistados alunos de cem instituições particulares e públicas de ensino superior nas 26 capitais do País, mais o Distrito Federal. A intenção agora é usar os resultados da pesquisa para a criar políticas específicas contra o uso de drogas.

"O governo vem realizando uma série de ações voltadas a populações mais vulneráveis, como é o caso dos universitários", afirmou a titular da Senad, Paulina Duarte. "O levantamento foi fundamental para que pudéssemos conhecer qual é a exata situação de uso de drogas nessa população e, a partir disso, planejar, em parceria com as universidades, intervenções eficazes."

Para o psiquiatra Arthur Guerra de Andrade, da USP, um dos responsáveis pelo estudo, o desafio será encontrar uma forma de mobilizar os universitários. "A informação já existe. Mas o fato de eles conhecerem os malefícios não faz com que consumam menos drogas", afirma.

Segundo o médico, além da quantidade, os universitários consomem álcool e outras drogas de forma perigosa. "Os jovens estão fazendo uso de múltiplas drogas simultaneamente. Além disso, um em cada quatro bebe de forma exagerada e 3% apresentam padrão de dependência, algo que costumávamos encontrar só em alguém com 40, 50 anos", diz o médico.

O exagero no álcool, de acordo com pesquisas científicas, deixa a pessoa exposta a riscos como acidentes de trânsito, intoxicação, atos de violência, sexo desprotegido, além de potencialmente prejudicar o desempenho acadêmico, profissional e social do usuário.

Dos entrevistados, 18% disseram que já dirigiram embriagados, 27% pegaram carona com pessoas embriagadas e 43,4% admitiram ter usado álcool simultaneamente com outras drogas.

Das drogas ilícitas, as mais consumidas foram maconha, haxixe ou skunk (26,1% dos universitários já consumiram alguma delas), anfetamínicos (13,8%), tranquilizantes e ansiolíticos sem prescrição médica (12,4%), além de cocaína (7,7%).

Obrigações. A psicóloga Ilana Pinsky, da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo, diz que os jovens consomem mais drogas porque eles ainda têm menos obrigações e mais fácil acesso que os adolescentes.

"Nessa fase também há uma tolerância maior, já que os prejuízos costumam ser menores, os problemas crônicos ainda não apareceram", afirma.

Mas a idade não deve ser vista como desculpa para o consumo de drogas e o exagero na bebida. "Existe na sociedade a ideia de que é uma fase, de que é normal, mas isso é falso", afirma. "Se a gente considerar só a quantidade de mortes e incapacitações em acidentes causados por motoristas alcoolizados, já temos um problema muito sério."

Renan Rebello, de 23 anos, estudante de Economia em São Paulo, reconhece que o consumo de álcool o coloca em situações de risco. "Chega a ser perigoso, especialmente quando bebo e dirijo", afirma. Rebello, que começou a beber aos 13, conta que na adolescência era mais comum tomar porres. "Antes bebia mais em quantidade. Hoje bebo com mais frequência, mas às vezes ainda fico bem louco." Para ele, beber é importante como fator de integração social.

A aluna de Direito Carol Korte, de 20 anos, relata que seu consumo de álcool aumentou muito - em quantidade e frequência - desde que entrou na faculdade. "A gente chega estressado depois de um dia inteiro trabalhando e estudando e acaba se reunindo no bar para conversar, descontrair", afirma. "Quem não bebe é um estranho no ninho."

(Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100623/not_imp570596,0.php)

Pesquisadores alertam: consumo de álcool e tabaco entre jovens é elevado

Autoria: Elisa Marconi e Francisco Bicudo

“Nem crack, nem ecstasy. Quando o assunto é drogas, meninos e meninas de 12 a 18 anos, estudantes da rede privada de ensino da cidade de São Paulo, consomem fundamentalmente álcool e tabaco. Essa foi a principal conclusão a que chegou um estudo coordenado pela psicóloga Ana Regina Noto, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pesquisadora do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid).

Trabalhos similares a esse vêm sendo realizados com alunos das redes públicas de ensino de todo o país há muitos anos, mas não havia até então uma iniciativa semelhante em relação aos adolescentes das escolas particulares. “Tradicionalmente as públicas são mais abertas a estudos como esse, talvez porque façam parte de um sistema municipal ou estadual. As privadas se mostravam mais fechadas, mas nessa pesquisa conseguimos parcerias muito ricas. Os resultados mostram isso”, conta Ana Regina.

O levantamento ouviu mais de 5 mil alunos de 8º e 9º anos do ensino fundamental e de todas as séries do ensino médio, de 37 escolas da capital paulista, numa amostra cuidadosamente construída e bastante representativa, porque preocupada em respeitar as características do perfil da população paulistana, como classe socioeconômica, idade e gênero. A primeira informação que saltou aos olhos da equipe do Cebrid foi a proporção de estudantes que haviam consumido álcool: 40% deles tinha bebido no mês anterior à pesquisa. Mais alarmante que esse número já bastante alto foi a constatação que 33% haviam bebido num padrão conhecido cientificamente como binge drinking, que significa consumir doses elevadas de álcool, esporadicamente. “Dose elevada é algo como cinco latas de cerveja, o suficiente para deixar um adulto embriagado. Imagine então o que essa mesma quantidade provoca num adolescente de 14 ou 15 anos”, alerta a pesquisadora.

O espanto em relação aos resultados não se deve à diferença em relação ao que é encontrado entre os alunos da rede pública. Aliás, muitas situações são similares nos dois grupos. “O que chama nossa atenção é a grandeza dos números mesmo. Um terço dos adolescentes ter se embriagado pelo menos uma vez no mês anterior ao levantamento é um dado muito significativo”, explica a professora da Unifesp. Embora esse comportamento seja mais frequente entre os estudantes do ensino médio, pode-se encontrar a mesma prática entre os mais jovens, do ensino fundamental. Consumir álcool, além de trazer uma série de prejuízos físicos (cirroses hepáticas, doenças do coração e tumores), expõe os jovens a muitas situações de vulnerabilidade em relação a brigas, acidentes de trânsito e sexo sem proteção, entre outros, segundo a coordenadora do estudo.

A pesquisa mostra ainda que a droga que ocupa o segundo lugar nos hábitos de consumo dos adolescentes do 8º ano do fundamental ao 3º ano do ensino médio é o tabaco, também responsável por doenças pulmonares e cardíacas. Cerca de 10% dos adolescentes tinha fumado no mês que antecedera o levantamento, e o primeiro contato com o cigarro aconteceu em média aos 13 anos e meio. Meninos e meninas fumam na mesma proporção, o que é um diferencial em relação às outras drogas. Os garotos consomem mais álcool; as meninas tomam mais calmantes e ansiolíticos. Em geral, o tabaco chega um ano mais tarde que o álcool, que – eis aqui o dado que preocupou os pesquisadores – não raro é oferecido pela primeira vez por alguém da família. “Nas festas de aniversário, de 15 anos, ou em outras festas familiares, algum parente puxa um brinde e o adolescente acaba consumindo a bebida”, lembra Ana Regina. “Os pais esquecem que, no Brasil, dar bebida alcoólica para menores de 18 anos é crime, seja para seu filho,ou para um amigo de seus filhos”. O mesmo vale para venda ou oferta de cigarros a jovens.

Possíveis fatores

As informações sistematizadas pelos pesquisadores levam à seguinte pergunta: o que incentiva 40% dos meninos e meninas a consumir álcool, 33% deles a se embriagar e 10% a fumar cigarros? A professora da Unifesp defende que não é possível estabelecer tais fatores de forma tão impositiva. “Não dá para afirmar que comportamentos são determinados por essa ou aquela razão. O que podemos fazer é listar os fatores de risco que aumentam a vulnerabilidade ao álcool, ao tabaco e às drogas ilícitas”, diz. O primeiro ponto é o sexo. Garotos bebem mais, fumam mais maconha e usam mais outras drogas mais pesadas. Quando o assunto é tabaco, o risco é igual para ambos os gêneros. E as meninas ganham no uso de calmantes. “Aqui vale a pena alertar pais e professores que o uso desses medicamentos controlados costuma acontecer por volta dos 14 anos e, em geral, se dá porque alguém da família oferece para a adolescente”, alerta Ana Regina.

Aliás, repetidas vezes, o que acontece em casa faz a vulnerabilidade aumentar. A pesquisadora exemplifica contando que “pais separados – embora a gente tenha muito cuidado em divulgar esse dado – e membros da família que se embriagam fazem crescer o risco de um jovem se expor ao álcool”. O cuidado que a professora faz questão de reforçar se deve ao perigo de se estabelecer uma associação simplória, construindo a falsa equação “casamento desfeito é igual a filho viciado em droga”. “Não é assim. Encontramos meninos e meninas que consumiram tabaco, bebida alcoólica e drogas ilícitas tanto em famílias com pais casados quanto divorciados”, explica.

Além do sexo e do exemplo familiar, as saídas noturnas também aumentam significativamente a vulnerabilidade dos adolescentes. De acordo com Ana Regina, estudantes que saem demais à noite têm mais chance de se envolver com álcool, tabaco e os riscos que esse consumo oferece. “O problema é quantificar e impor limites. O que a gente já sabe – não está neste estudo, mas outros mostram bem – é que adolescentes que ficam tempo demais sozinhos, sem apoio e supervisão de adultos, ficam expostos a mais riscos”. Condição financeira e religião parecem ser os dois últimos fatores de proteção ou fragilidade em relação ao consumo de drogas. Se confiar em Deus em geral protege da exposição ao álcool, ao tabaco e aos outros entorpecentes, ter uma mesada gorda e um padrão de vida familiar elevado está diretamente ligado a um consumo exagerado das substâncias. Ou seja, quanto mais dinheiro a pessoa tem, mais ela tende a beber e a fumar. “A relação é claríssima na pesquisa”.

Drogas lícitas e ilícitas

Embora não tenha sido objeto específico desse estudo do Cebrid, o levantamento sugere que a relação entre as drogas lícitas e as ilícitas pode até existir, embora essa não seja uma ponte direta e obrigatória. “A gente sabe que quem não consome álcool e cigarro em geral também não consome as outras drogas”, explica a pesquisadora. Os números apurados pelo trabalho caminham nesse sentido. Maconha, por exemplo, tinha sido consumida por cerca de 5% dos meninos e 2,5% das meninas no mês anterior ao levantamento. Acetona, gasolina, lança perfume, loló e outros inalantes, além de cocaína, ecstasy, crack e LSD, também foram citados pelos entrevistados, mas representaram frações muito pequenas. “O que a gente está dizendo é que 80% dos estudantes do fundamental e 70% dos alunos do ensino médio jamais consumiu qualquer outra droga que não tabaco ou álcool”, sinaliza a coordenadora do estudo.

Essa informação leva a outra conclusão da pesquisa: é possível cuidar dos adolescentes, educá-los, protegê-los e oferecer a eles uma vida mais saudável e com menos riscos relacionados ao consumo de drogas. Ana Regina cita alguns dos caminhos para conseguir essa realidade. Segundo ela, a família que deixa o jovem sozinho demais e exposto demais está promovendo a vulnerabilidade. Muitos pais ficam indecisos na hora do brinde, se oferecem champanhe ou não aos amigos do filho aniversariante. “Para facilitar, basta pensar que a lei não permite. Limite a gente pode até negociar com o adolescente, mas não dá para abrir mão do aspecto legal. Se a lei não permite, por que vamos infringi-la em casa?”, reflete. Conversar muito, não desistir jamais de estar ao lado do adolescente, por mais que ele pareça querer se afastar dos pais e da família. “Os pais não sabem, mas ainda são – e serão sempre – as figuras de referência dos meninos e meninas. O que eles fazem, o que pensam e as conversas que têm com os filhos têm a maior importância”, reforça a coordenadora. Por isso mesmo, ressaltar as habilidades, mostrar para o adolescente que ele está num período de transição, que ele tem um futuro pela frente, que ele é ou pode ser muito bom em muitas coisas seria a melhor forma de prevenção, de acordo com a pesquisadora.

Ana Regina lembra que mesmo que os estudantes de 8º, 9º ano e das séries do ensino médio pareçam muito maduros e donos dos próprios destinos, eles ainda são facilmente manipuláveis por propagandas, por exemplo. “Sou contra, totalmente contra propaganda de qualquer bebida alcoólica. Essa não é uma sugestão da pesquisa, é a opinião de quem trabalha há muitos anos com o estudo de entorpecentes. Eles não têm noção do que está envolvido quando são convidados a beber”.

Além disso, a mensagem que o País passa em relação a esse tema é dúbia, provocando uma brecha no posicionamento individual em relação às drogas. Por um lado, a polícia prende e age com a maior violência com quem vende drogas, mas o governo permite comerciais que associam cerveja a esportes e à sedução. Uma contradição. E exatamente aqui entra a escola, que funcionaria como mais uma instância de alerta e prevenção dos riscos que as drogas representam.

Realidade das escolas particulares

E os colégios da rede particular parecem estar ávidos por companhia nessa toada. Quando foram dar o retorno e contar as conclusões nas 37 escolas que participaram do levantamento, os pesquisadores se depararam com professores e diretores que diziam se sentir muito sozinhos. “As escolas públicas, bem ou mal, fazem parte de um sistema educacional, com políticas e diretrizes mais bem definidas. As particulares, não. Por isso mesmo elas sentem falta dessa troca com os pares e com as autoridades educacionais”, conta Ana Regina. Essa situação se agrava quando o foco muda para as famílias. “Sempre no relato dos professores e corpo diretivo, ou a família entrega o adolescente para ser educado pela escola, ou não aceita dividir com a escola a educação do estudante. Os pais que topam essa parceria, em geral, têm filhos menos expostos a riscos de todos os tipos”, completa.

Os pesquisadores sugerem assim que os educadores negociem com as famílias como vai ser a administração dos riscos. “O que percebemos é que a escola quer sim ajudar, participar, ser uma boa influência, mas quando se comunica com os pais, acaba acusando, apontando que o filho deles – e não o nosso aluno – está abusando. Coisas assim afastam os pais do colégio e isso não ajuda ninguém”. Ter uma postura educativa, ao contrário, funciona. “Vamos lembrar das proibições todas relacionadas ao tabaco. Esse estudo de agora não mostra, mas outros já apontaram que o consumo de cigarro já caiu entre os jovens. Então dá certo sim”. Segundo os pesquisadores, se o País adotasse a mesma postura em relação ao álcool também seria um grande avanço, pelo menos para esse grupo de estudantes de escolas particulares. Ana Regina cita a campanha do governo federal para o combate ao crack e explica que evidentemente é uma questão séria a ser resolvida, mas para esse público de estudantes, o problema é outro. “Crack é incompatível com escola. A dependência acontece muito rapidamente e o consumidor acaba largando os estudos. É, portanto, um mal que atinge outros grupos sociais e não os adolescentes que vão à escola, seja pública ou particular”.

Por fim, a psicóloga lembra que quando os personagens principais de qualquer história são os adolescentes, há que se levar em conta as peculiaridades dessa fase da vida para se tomar qualquer medida. Entre os 12 e os 18 anos, meninos e meninas ficam sim mais distantes da família, mais irritadiços, têm oscilações de humor e podem sofrer de baixa auto-estima. Tudo isso favorece o contato com drogas que causam bem estar, que dão prazer e minimizam o desconforto que é virar adulto. Por isso, qualquer campanha preventiva do uso de drogas deve levar em conta que crescer dói mesmo, mas que quando os adultos e as instituições apontam as qualidades, lembram aos jovens que eles têm habilidades e que devem desenvolver projetos de vida e, por outro lado dão exemplo e cobram disciplina e determinação, essa etapa tende a ser menos sofrida e, portanto, tende a poupar o adolescente de situações de risco.”

(Fonte: http://www.sinprosp.org.br/reportagens_entrevistas.asp?especial=266, 26 de junho de 2010 13:07)

Político é menos confiável - professor está em 3º lugar de confiabilidade

‘Apenas 11% dos brasileiros ouvidos em levantamento afirmam confiar em seus representantes, enquanto bombeiros têm crédito para 98%

Autoria: Carolina Rocha e Matheus Pichonelli, iG São Paulo | 25/06/2010 08:00

“Político, no Brasil, é sinônimo de desconfiança. É o que indica pesquisa realizada pela GfK, uma das principais empresa de mercado do País, com base em um ranking elaborado para medir o grau de confiança da população sobre 20 grupos de profissionais e organizações.

O resultado deste ano foi que, no Brasil, apenas 11% das pessoas entrevistadas dizem confiar em seus representantes – o menor da lista, liderada por bombeiros e carteiros. Em 2009, o percentual chegava a 16%.

O descrédito em relação aos políticos, apurado em ano em que a população brasileira elegerá nas urnas os seus próximos presidente, governadores, deputados federais e estaduais e senadores, não é privilégio apenas nacional. Em média, somente 14% dos 18.800 entrevistados em 19 países dizem confiar em seus políticos, número menor do que o observado em 2009 (18%).

A Itália é o lugar onde os políticos têm o menor crédito da população: 7%. Bem diferente da Holanda, onde 32% das pessoas dizem confiar em seus representantes.

O segundo lugar no descrédito é ocupado, de longe, por executivos de bancos e sindicalistas (47% e 50% respectivamente).

Já os bombeiros são apontados como profissionais mais confiáveis por nada menos do que 98% dos brasileiros – são citados por 94% da população de outros países. Carteiros (92%) e professores dos ensinos fundamental e médio e médicos (com 87%) são as outras carreiras mais citadas como confiáveis pelos brasileiros.

Bem avaliados entre os brasileiros, nas 6ª e 7ª posições, respectivamente, os jornalistas (76%) e publicitários (71%) não possuem a mesma confiança nos outros países. Na avaliação mundial, os publicitários ficaram na 15ª posição, com 30%, e os jornalistas na 11ª, com 41%.

O estudo da GfK revela ainda que o índice de confiança nos diretores de grandes empresas continua em queda mundialmente desde 2008, quando eclodiu a crise financeira internacional. A confiança, que era de 36% naquele ano, caiu, em 2009, para 33% e neste ano está em 31%.”

(Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/politico+e+profissional+menos+confiavel+no+brasil+diz+pesquisa/n1237681195438.html)

Seminário faz avaliação dos 20 anos do Estatuto da Criança e Adolescente

Autoria: Tatiana Félix *

“Há vinte anos, a Lei 8.069 era instituída no Brasil para dar proteção integral à criança e ao adolescente. Conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a legislação conseguiu superar desafios e conquistar direitos básicos na área da infância. Mas, será que estes direitos estão sendo garantidos? É para encontrar respostas à questões como esta que o seminário "Os 20 anos do ECA e as Políticas Públicas: Conquistas e Desafios", está sendo realizado, entre hoje (13) e amanhã (14), em Brasília, Distrito Federal.

Segundo a especialista em educação Cleomar Manhas, e assessora política do Instituto Nacional de Estudos Sociais (Inesc), a principal mensagem do seminário é divulgar o ECA, "porque a legislação é ainda pouco incorporada culturalmente". "É importante que a sociedade e o poder público conheçam melhor o que está escrito na legislação", declarou.

Além de analisar o que tem sido feito e o que precisa avançar na área da infância, o seminário tem o objetivo de apontar estratégias eficazes para a efetividade da legislação brasileira e dos acordos internacionais no que diz respeito à proteção e garantia de direitos para os menores de 18 anos.

Participam dos debates representantes do Sistema de Garantia de Direitos, Conselho Nacional dos direitos da criança e do adolescente (Conanda), e diversas organizações sociais ligadas ao tema. Os candidatos e candidatas à presidência da república foram convidados e desafiados à apresentarem suas propostas de governo para a área da infância. "É importante que os presidenciáveis e os partidos considerem a infância e adolescência como prioridade", ressaltou a assessora do Inesc.

Para Cleomar, uma das principais conquistas do ECA foi a universalização do acesso à educação. Mas, este mesmo ganho representa também um desafio, já que, de acordo com ela, "é preciso transformar essa mesma educação, em educação de qualidade e acabar com a evasão escolar".

Embora a situação, de modo geral, seja semelhante em todo o Brasil, Cleomar disse que nas regiões Norte e Nordeste a realidade é um pouco pior. "Nas zonas rurais a situação é caótica e nas periferias a situação também é muito ruim", relatou.

Ela disse que o motivo que faz com que muitas crianças deixem de ir à escola, é a necessidade de trabalhar desde cedo. "Para resolver o problema do trabalho infantil é preciso ter fiscalização. Sem fiscalização não é possível identificar o trabalho infantil", apontou. Cleomar disse ainda que, assim como o problema escolar e o trabalho infantil andam juntos, as políticas públicas para a área da infância devem ser integradas.

Durante toda a manhã de hoje (13), logo após a abertura do seminário, a discussão girou em torno do Histórico e políticas atuais, com a participação de entidades do governo federal, como o Conanda, Ministério do Desenvolvimento Social e combate à fome, Ministério da Saúde e Ministério da Educação. Durante a tarde, a segunda mesa de debate aborda a temática "Violência contra crianças e adolescentes e políticas de enfrentamento".

Para as atividades de amanhã (14) estão previstas discussões sobre "Promoção dos Direitos e ações da sociedade" e "Criança e adolescente: Prioridade no Parlamento", e o debate de propostas para infância e adolescência, apresentados pelos (as) candidatos (as) presidenciáveis. Ao final do evento deve ser entregue um documento da política decenal elaborada pelo Conselho.

* Jornalista da Adital

(Fonte:  http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=49407)

ADITAL lança livro ‘Boas Ideias em Economia Solidária’ durante 17ª FEICOOP

Tatiana Félix *

‘Na noite de10 de julho, a Agência de Informação Frei Tito para América Latina - ADITAL lançou o livro "Boas idéias em Economia Solidária", no palco da 17ª Feira do Cooperativismo Alternativo (FEICOOP), 9ª Feira Nacional de Economia Solidária (ES) e 6ª Feira de ES do Mercosul, que aconteceram neste fim de semana, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul (RS).

Shirlei Silva, analista social do Instituto Marista de Solidariedade (IMS), Roberto Marinho, diretor do Departamento de Estudos e Divulgação da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes) e a irmã Lourdes Dill, coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança, participaram do momento.

O livro "Boas idéias em Economia Solidária" reúne matérias, artigos e entrevistas elaborados entre agosto de 2009 a abril de 2010, em parceria com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB). A proposta deste livro é evidenciar o trabalho desempenhado por empreendimentos econômicos solidários, entidades de apoio e fomento, incubadoras tecnológicas e representantes de governos.

Na ocasião também foi lançada a publicação "Feiras de Economia Solidária 2005-2008 - Experiências Ensinantes e Aprendentes", do Instituto Marista de Solidariedade (IMS), que faz um balanço sobre estes tipos de eventos que movimentam e dão maior visibilidade à Economia Solidária em todo o Brasil.

Representantes de empreendimentos solidários de várias regiões do Brasil e também de outros países, e diversas entidades que apóiam esse modelo econômico receberam um exemplar das publicações.

* Jornalista da Adital

(Fonte: http://www.adital.com.br/hotsite_economia/noticia.asp?lang=PT&cod=49364)