Jornal Espaço Mulher


Edição nº 110 - de 15 de Março de 2011 a 14 de Abril de 2011

Olá Leitores!

24 anos do Espaço Mulher

Em 3 de março de 1987 foi criado todo o projeto e planejamento do ESPAÇO PARA A MULHER (marca nominativa) e ESPAÇO MULHER (designação figurativa) de minha autoria e com bases na própria experiência de vida, além da missão que idealizava realizar ao atingir a minha maturidade.

Iniciamos com lançamentos de jornal impresso com segmento específico destinado as entidades femininas utilizando-nos da afirmação “Informativo Integrador dos Movimentos Associativos Femininos”.

Foram destacadas muitas senhoras de São Paulo do Brasil e de entidades internacionais, além dos pequenos eventos que realizávamos, tudo devidamente comprovados. Felizmente a maioria dessas senhoras, relevantes destaques em vários extratos sociais permaneceram amigas ao longo do tempo, de algum modo algumas se tornaram colaboradoras, e, outras (5%) tiveram suas vidas afastadas por inúmeros motivos (doenças, mudanças, problemas familiares e profissionais) e por sorte uma minoria, em torno de uns 10 % já estão na eternidade.

É muito gratificante reencontrá-las e observar a evolução de algumas em suas trajetórias de vida propostas, que mesmo após 70 – 8 anos de idade continuam produtivas e alertas para os seus ideais. Outras se afastaram das causas e das lutas sociais, quedam-se inertes e omissas, sem motivações políticas ou sociais.

Passamos muitas violações me nossos direitos, tudo devidamente documentado regiamente acompanhado por importantes conselheiros e conselheiras, de entidades nacionais e internacionais que se mantém em sigilo, observando os acontecimentos e os procedimentos, a fim de que se criem novas estratégias, políticas, punições etc.

Enquanto vivenciamos com alegrias os muitos frutos positivos de nosso trabalho, e iniciativa, com perseverança e determinação, tivemos em contrapartida que sofrer e testemunhar o descaso das autoridades, e a de violência continuada de grandes grupos, confiantes na impunidade, e, que apregoam falsa responsabilidade social e outros discursos sobre a ética enquanto lesam pela publicidade enganosa, e penduram-se no sucesso de nossa iniciativa como mulher, e assim com vistas a lucro fácil passam a solapar a imagem construída, justificando aspectos de brechas legais cujos casos sequer se assemelham ao que fazemos e realizamos.

Gostem ou não, somos o único caso de marca sócio- política na área de gênero e de direitos humanos das mulheres, com direitos autorais preservados em projetos e registros de anterioridade devidamente documentados no Brasil e no mundo, e que é desenvolvido por meio de iniciativa pessoal e por micros empresas na área da comunicação.

Aliás, é farta a documentação que comprova todas as intenções e atitudes para levarem a quebra as empresas a fim de que não obtivéssemos lucros e manutenção econômica, e que aborrecida e atemorizada pela violência continuada e impunidade deles, desistíssemos d e nossa missão, em detrimento ao lucro fácil que ambicionam, apoderando-se de algo que jamais contribuíram para construir.

Estamos em grande impasse atualmente, e mesmo que não haja soluções pelas autoridades brasileiras etc. a Internet poderá ser o meio utilizado por todas as entidades e testemunhos defensores de nossos direitos de autoria e anterioridade, além das violências impunes, as quais não concordam com os abusos que ocorreram e ocorrem.

E, ao mesmo tempo são notáveis as propostas de lideranças sérias e corretas que passam a interessar-se e pretendem colaborar com o ESPAÇO MULHER, em sua proposta e missão inicial, a de valorizar e divulgar e o que as lideranças femininas promovem em suas entidades, para o beneficio da sociedade.

Acreditamos que o bom senso deverá prevalecer, e o respeito aos nossos direitos, os quais defendem há 24 anos os direitos das outras mulheres, sob o nome ESPAÇO PARA A MULHER e ESPAÇO MULHER.

Agradecemos todo o apoio, colaboração e participação de autoridades, palestrantes e lideranças da área de direitos autorais e de criação intelectual que estarão junto a inúmeros deputados estaduais, no dia 18 de abril, para o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos de Autores e de Criadores Intelectuais, no Estado de São Paulo, além da realização de de mais um Seminário de Estudos ESPAÇO MULHER sob este tema, e o lançamento dos Conselhos de Autoridades, Especialistas e Lideranças das Entidades de Direitos Autorais e Intelectuais em São Paulo.

Nossa gratidão eterna a todas as pessoas que nos incentivam apóiam, orientam, colaboram, e que estão ao nosso lado em todas as fase, boas ou más, aliados no mesmo espírito de ideal e realizações. Que tenhamos muitas bênçãos divinas pela bondade semeada.

Neste espírito fraterno e pleno de gratidão ofertamos para você a edição n° 110 com as notícias pesquisadas, e um forte abraço de Elisabeth Mariano e da equipe ESPAÇO MULHER.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

Nosso destaque e homenagem a deputada federal Mara Gabrili por sua coragem e na defesa de seus direitos

Deputada cadeirante fica retida em avião da TAM

A deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) ficou presa por duas horas no interior de um avião na noite do dia 2, no aeroporto internacional de Guarulhos, após se recusar a sair sem o equipamento adequado para desembarque de cadeirantes. A deputada é tetraplégica.

Gabrilli estava no voo 3563 da Tam, que vinha de Brasília e chegou por volta das 21 h. O avião parou em posição remota no interior do aeroporto, fora das aéreas de fingers (passarelas que ligam os portões de embarque às aeronaves). Neste caso, o desembarque de passageiros com mobilidade reduzida deve ser feito com ambulift (espécie de carrinho com elevador).

Segundo a deputada, apenas em terra a Tam informou que os aparelhos da empresa e da Infraero estavam quebrados, e que ela seria carregada por um dos comissários para fora da aeronave. As informações são da Folha Online, em texto da jornalista Rachel Añón.

"Bati o pé e disso que eu não iria. Chovia forte no momento e estou com tosse. O risco é muito grande para uma pessoa como eu e o aeroporto deve ter os equipamentos necessários para estes casos."

Funcionários da Tam tentaram convencer a passageira, alegando que haveria demora na solução do impasse, uma vez que os equipamentos estariam quebrados há um mês e meio.

Solidários, os comissários da aeronave acionaram a torre de controle do aeroporto para usarem um dos fingers para o desembarque da deputada. Mas o procedimento não foi autorizado.

Uma resolução da Anac (agência que regula a aviação civil no país) obriga as empresas aéreas ou operadores de aeronaves a assegurar o movimento de pessoas portadoras de deficiência entre os aviões e o terminal com dispositivos adequados para efetuar, com segurança, o embarque e desembarque.

Apenas por volta das 23h, funcionários da Tam conseguiram um ambulift que estava fora de uso e fosse liberado pela Infraero apenas para a retirada da deputada.

Precedente em Congonhas

O arquiteto Fernando Porto de Vasconcellos, 71 de idade, sofreu um acidente durante o uso do ambulift no aeroporto de Congonhas (SP) no dia 11 de dezembro de 2010.

Cadeirante desde que sofreu um acidente vascular cerebral, Vasconcellos estava com uma funcionária da Gol quando uma freada brusca do carro que o conduzia fez a acompanhante cair sobre a cadeira de rodas. Ele foi arremessado ao chão e bateu a cabeça.

A Infraero, responsável pelo ambulift, diz que não há cintos para prender as cadeiras e que elas são travadas. Foi aberta uma sindicância para investigar acidente. Nunca mais se falou sobre as conclusões.

Um acidente mudou a vida da publicitária

Da redação do Espaço Vital

Mara Gabrilli, 42 anos, é publicitária, psicóloga e foi a primeira secretária municipal da pessoa com deficiência.

Antes de se tornar deputada federal em outubro passado (160.138 votos), foi vereadora pelo PSDB na Câmara Municipal de São Paulo, sendo - para alcançar tal mandato - a mulher mais votada em eleições municipais, em todo o Brasil, para a vereança, com quase 80 mil votos.

Empreendedora social, fundou o Instituto Mara Gabrilli, ong que apóia atletas com deficiência e fomenta pesquisas científicas desde 1997.

É tetraplégica devido a um acidente.

(*) Reprodução TV Globo (03/03/2011)

(Fonte: http://www.espacovital.com.br/noticia_ler.php?id=22507)

Universidade Livre Feminista promove o curso on-line "Mulher e Participação Política"

A Universidade Livre Feminista lançou o curso virtual "MuPP - Mulher e Participação Política". O curso é dirigido à formação de lideranças femininas para a participação político partidária, contribuindo assim, para corrigir a sub-representação das mulheres no Parlamento e no Poder Executivo brasileiros.

É possível participar do curso individualmente no próprio site da universidade, ou usar seus conteúdos para debates em sua entidade ou movimento. Você também pode organizar pequenos grupos para fazer o curso de forma mais participativa.

Este curso é uma iniciativa do Fórum de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos, com o apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

O conteúdo e a metodologia deste curso são de responsabilidade da Secretaria de Políticas para as Mulheres, a Universidade Livre Feminista está somente hospedando e divulgando este curso em sua plataforma de educação e debates, para apoiar a iniciativa e dar acesso a outras mulheres. Não é de responsabilidade da Universidade Livre Feminista a certificação e a tutoria.

Fonte: Universidade Livre Feminista de 25/02/2011

(Fonte: http://www.abong.org.br/noticias.php?id=3441)

Organizações lançam manifesto sobre o Dia Internacional da Luta das Mulheres

Leia a íntegra abaixo:

Nós, mulheres feministas, estamos nas ruas novamente neste 8 de Março para reafirmar nosso compromisso com a luta contra o machismo; uma luta que, para nós, também é anti-capitalista, pois ainda há muito a fazer para garantir nossa autonomia, igualdade e direitos plenos. Esta é a base da sociedade que queremos construir.

O combate ao machismo se faz todo dia. Reconhecemos os avanços conquistados pela luta das mulheres, mas temos no horizonte ainda muito pelo que lutar. Para sermos vitoriosas, é preciso compromisso com nossas bandeiras históricas e total autonomia do movimento para pautá-las. Estamos em luta diária contra a violência sexista, pela descriminalização e legalização do aborto, valorização do nosso trabalho, educação de qualidade para todos e solidárias às lutas anti-capitalistas travadas no Brasil e no mundo.

Em todo o país, acompanhamos o surgimento de uma grave ofensiva conservadora, que tenta impor princípios religiosos para o conjunto da população, além de propor retrocessos na questão dos direitos humanos, como vimos na ocasião da assinatura do Acordo Brasil-Vaticano e nos vetos ao PNDH-3. Essa ofensiva culminou em um processo eleitoral pautado pelo conservadorismo, no qual o papel da mulher se reduziu ao de ser mãe.

Reconhecemos a importância histórica da eleição da primeira mulher para a Presidência da República, mas sabemos que isso apenas não basta para mudar a vida das mulheres. No processo eleitoral, pautas importantes como a legalização do aborto e o casamento gay foram seqüestradas por setores reacionários e usadas como moeda de troca pelas principais candidaturas. A participação de mulheres à frente dos ministérios aumentou; entretanto, no Legislativo, ela foi reduzida e, infelizmente, os espaços de poder seguem ocupados majoritariamente por homens.

Contra a violência

O ano de 2011 começou com a tentativa, por parte do Supremo Tribunal Federal, de supressão de medidas jurídicas criadas em conjunto com a Lei Maria da Penha. A postura do STF semeia a confusão, reforçando a atitude dos que querem questionar a lei, e contribui para a certeza da impunidade de que gozam hoje os agressores, para a banalização da violência e o descrédito na Justiça por parte das mulheres. Todos os dias, dez mulheres morrem no país. A violência machista cresce em geral e nada é feito para nos proteger de maneira efetiva.

Em São Paulo, o poder público, apesar de ter assinado o Pacto pelo Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, não investiu nenhum centavo para a ampliação das delegacias da mulher, casas abrigos ou na construção de centros de referência. A segurança das mulheres abrigadas também é negligenciada, uma vez que o sigilo sobre seu novo endereço é quebrado pela localização das crianças via matrícula feita pela internet na rede pública de ensino. É necessário que a Secretaria de Educação proteja esses dados, realizando a matrícula off-line destas crianças.

Em São Paulo, também constatamos, de forma escancarada, manifestações de violência contra lésbicas, homossexuais e transexuais. Rechaçamos com veemência as iniciativas dos setores conservadores, sobretudo da bancada religiosa no Congresso Nacional, em barrar aprovação do PLC 122/2006, que criminaliza a homofobia no Brasil. Por essa razão, nos juntamos ao movimento LGBTT na luta pela aprovação imediata do PLC 122 e demais políticas inclusivas, que reconheçam de forma integral os direitos desta população.

Por igualdade

A vida das mulheres tem piorado com a constante elevação de preços de produtos essenciais, como os alimentos, e a falta de um salário mínimo que dê conta das necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras. Hoje, 53% dos que ganham até um salário mínimo são mulheres e 30% das famílias são chefiadas por mulheres. Assim, a luta pelo aumento real do salário mínimo é também uma luta das mulheres.

Também é preciso lembrar que ainda ganhamos menos do que os homens no mercado de trabalho, muitas vezes realizando o mesmo serviço. Empregos considerados femininos possuem remuneração menor que a de trabalhos predominantemente realizados por homens. O Brasil é o único país da América Latina que ainda não assinou a Convenção 156 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que define a igualdade de oportunidades e de tratamento entre homens e mulheres e determina que a responsabilidade com o cuidado das crianças e da família deve ser compartilhada. Pedimos ao Estado brasileiro que ratifique a Convenção, assim como aprove o Projeto de Lei em tramitação no Congresso que garante igualdade no mundo do trabalho.

A pobreza no Brasil tem gênero e cor. A grande maioria das mulheres empregadas são trabalhadoras domésticas e, destas, a maioria é negra. Super exploradas, vivem sem a garantia dos mínimos direitos trabalhistas e são as maiores vítimas da diferença salarial. Defendemos a equiparação dos direitos das domésticas aos de todos os trabalhadores, com a alteração do Art.7o da Constituição Federal.

Por autonomia e direitos

A maioria das mulheres brasileiras não tem licença maternidade garantida. Das que trabalham fora de casa, cerca de 60% estão na informalidade, ou seja, sem carteira assinada e sequer os quatro meses garantidos pela CLT. Defendemos a imediata aplicação da licença maternidade de seis meses para todas as mulheres, assim como a ampliação da licença paternidade de igual período.

Exigimos também políticas públicas que contribuam para a construção da nossa autonomia, como lavanderias e restaurantes coletivos, e uma educação de qualidade para as crianças. As vagas no ensino infantil não atendem a todos e, nas creches, o déficit de São Paulo em 2010 já passava de 120 mil vagas. Este número só não é maior porque a atual gestão Kassab optou por superlotar as creches, transformando-as em verdadeiros depósitos de crianças.

São milhares de mulheres e crianças atingidas pelo descaso com a educação infantil na cidade, sendo que as mães são penalizadas por não poderem voltar ao trabalho ou não conseguirem emprego por não ter onde deixar seus filhos. Exigimos das três esferas de governo educação infantil e creche com orientação pedagógica de qualidade, pública, gratuita e em tempo integral para todas as crianças. Uma educação de qualidade para as crianças também é direito de nós, mulheres.

Também reivindicamos nosso direito à atenção integral à saúde, para além da idade reprodutiva, considerando as necessidades da população idosa, que cresce em nosso país, a diversidade sexual e étnica existente entre as mulheres, as especificidades de saúde da população negra (hipertensão arterial, cardiopatias, anemia falciforme) e das mulheres com deficiência, como a acessibilidade aos equipamentos públicos de saúde.

A atenção integral à saúde inclui ainda a garantia dos direitos reprodutivos e a garantia de que tenhamos autonomia para decidirmos sobre nossos corpos, sobre se queremos ser mães e quando. A criminalização do aborto obriga as mulheres que decidem fazê-lo a se submeterem a procedimentos clandestinos, inseguros e que colocam suas vidas em risco. Em caso como esses, as mulheres pobres e negras morrem 6 vezes mais por não terem acesso ao atendimento de saúde integral.

Por dignidade

Nos meios de comunicação de massa, persiste a exploração e mercantilização do corpo das mulheres, a falta de diversidade étnico-racial e de orientação sexual, além de um discurso que reserva às mulheres um lugar subalterno na sociedade.

No contexto da realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas em território nacional, temos a árdua tarefa de questionar o impacto das obras sobre as comunidades atingidas, assim como o aumento do turismo sexual e da prostituição que acompanham a realização dos mega eventos. É tarefa do movimento feminista problematizar e pautar o tema do tráfico de mulheres e da prostituição junto à sociedade!

Ano após ano, vemos nossas casas serem invadidas pelas águas das chuvas. Estas tragédias não são “naturais”. É o modo de produção capitalista, de produção e consumo desenfreados, o responsável pelas alterações climáticas que ocorrem no mundo. Essas mudanças e suas consequências têm sido previsíveis e podem e devem ser prevenidas. Exigimos ações governamentais contundentes para seu combate.e políticas públicas urbanas efetivas que garantam nosso direito à cidade e à moradia digna.

Queremos uma verdadeira reforma urbana e não medidas que beneficiem a especulação imobiliária e expulsem a população pobre para as periferias, sem a mínima estrutura de moradia ou acesso a equipamentos públicos. Repudiamos, assim, o descaso criminoso do governo tucano e da Sabesp com a população do município de Franco da Rocha e bairros da periferia de São Paulo, e nos somamos à luta por uma cidade inclusiva com transporte público de qualidade. Estamos ao lado da juventude nos protestos contra os aumentos abusivos no preço das passagens de ônibus.

Nos juntamos às mulheres do campo ao afirmar o nosso direito a uma alimentação saudável e livre de venenos. Clamamos pela reforma agrária, por soberania alimentar e por outro modelo de desenvolvimento no campo, com uma agricultura sem agrotóxico e sem monocultura!

Solidariedade internacional

Acompanhamos a crise econômica se abater sobre a Europa, onde as reformas, principalmente as previdenciárias, se transformaram no carro-chefe para salvar o sistema financeiro. Tais medidas penalizam a classe trabalhadora e sobretudo as mulheres, tradicionalmente as primeiras a perder o emprego e as últimas a recuperá-lo. Repudiamos a perda de direitos, trabalho e renda para trabalhadoras e trabalhadores. Manifestamos nosso apoio à luta das mulheres na Itália contra Berlusconi e reafirmamos nossa solidariedade às mulheres de todo o mundo, tanto àquelas que lutam na Europa contra os efeitos da crise quanto àquelas que se batem contra o imperialismo, para derrubar ditaduras de décadas como na Tunísia e Egito ou ocupações militares existentes mundo afora. Defendemos a soberania e autonomia dos povos.

Solidariedade em especial às mulheres do Haiti, que sofrem o aumento significativo da violência sexual, inclusive nos acampamentos de refugiados sob proteção da Minustah, a missão da ONU chefiada pelo governo brasileiro. É preciso ajudar na reconstrução do Haiti de forma humanitária. O Haiti não precisa de armas e soldados, mas de médicos e professores. Sua reconstrução deve estar sob o controle do povo haitiano e não pode significar penhora de recursos naturais, incentivo à especulação de empresas transnacionais na região e o aumento da violência contra o povo.

Neste 8 de Março, Dia Internacional de Luta das Mulheres, convocamos aqueles que lutam por uma sociedade mais justa e igualitária, sem opressão e exploração, a se somarem a nossa luta. Ainda há muito o que avançar e a participação de todos e todas é fundamental.

Sobre o 8 de Março

Em 1910, a alemã Clara Zetkin propôs, na 2a Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, a criação do Dia Internacional da Mulher, celebrado inicialmente em datas diferentes, de acordo com o calendário de lutas de cada país. A ação das operárias russas no dia 8 de março de 1917, precipitando o início das ações da Revolução Russa, é a razão mais provável para a fixação desta data como o Dia Internacional da Mulher. Com a revolução, muitos direitos foram conquistados, como o voto e a elegibilidade feminina e o direito ao aborto. Em 1922, a celebração internacional foi oficializada nesta data e o 8 de Março se transformou no símbolo da participação ativa das mulheres para transformarem sua condição e a sociedade como um todo.

Assinam este documento

APEOESP § APSMN/SP; Articulação Mulher e Mídia; AGB; AMB; ANPG; Barricadas Abrem Caminhos; CA Benevides Paixão da PUC; CACS PUC; CA Guimarães Rosa; CAPPF da USP; CAPSICO da PUC; CA XI de Agosto de Direito da USP; Contraponto; Construção; Domínio Público; Casa Cidinha Kopcak; Casa Viviane dos Santos; Católicas pelo Direito de Decidir; CIM; Centro Maria Maria; CEUPES da USP (Gestão Cirandeia); CineMulher; Ciranda de Informação Independente; Círculo Palmarino; Coletivo 28 de Junho; Coletivo Alumiá; Coletivo Ana Montenegro; Coletivo Bancários na Luta Coletivo Feminista Yabá do Direito da PUC-SP; Coletivo Dandara do Direito da USP; Consulta Popular; Coordenação de Mulheres da UNEGRO; CTB § CTB-SP; DCE Unicamp; DCE USP; Espaço Cultural Carlos Marighela; ENECOS; FEMN-SP; FCV; Fuzarca Feminista; Grupo Construção Coletiva; IBDC; Intersindical; Intervozes; Instituto Zequinha Barreto; Juventude Libre; LBL; LGBTs do PT; LGBTs do PsoL; Marcha Mundial das Mulheres; MH2O; MMC; Observatório da Mulher; Oriashé; PLPs; RFS; REF; Refundação Comunista § Romper o Dia § Sec. de Mulheres do PCdoB, PT e PSoL § SEMT/CUT-SP; SNMT/CUT; Sindicato é Para Lutar – Oposição do Sindicato dos Jornalistas; Sindicato dos Bancários de Santos; SINPSI; Sindicato dos Químicos Unificados; SINTARESP; SOF; Sub-sede Leste Tatuapé APEOESP; Terra Livre; Tribunal Popular; UEE-SP; UBM; UMM-SP; UNE; UNEAFRO Brasil; .... (continua...)

(Fonte: http://www.abong.org.br/noticias.php?id=3475)

Mulheres. Pobreza e economia

“Segundo recentes estudos da ONU – Mulher, as mulheres suportam uma carga desproporcional da pobreza do mundo. As estatísticas indicam que as mulheres são mais propensas que os homens de serem pobres e de correrem o risco de passarem fome por causa da discriminação sistemática que enfrentam em matéria de educação, saúde, emprego e controle de ativos.

As conseqüências são a pobreza generalizada das mulheres, deixando a muitas sequer os direitos básicos como o acesso a água potável, saneamento, cuidados médicos, e emprego decente.

Ser pobre também pode significar ter pouca proteção contra a violência e nenhuma participação na tomada de decisões.

Segundo algumas estimativas, as mulheres representam em torno de 70% das pessoas pobres do mundo.

Frequentemente elas recebem menos que os homens no pagamento ao trabalho, com diferenças de 17% no salário médio em 2008.

As mulheres enfrentam discriminação persistente quando solicitam um crédito (empréstimos) para as suas empresas, ou por conta de ajuda alheia, e com freqüência se concentram na precariedade, insegurança e baixos salários e em baixos salários.

Oito em cada dez mulheres trabalhadoras na África –subsaariana e Ásia meridional, consideram seus empregos vulneráveis as mudanças econômicas mundiais, que as obrigam a pagar preço elevado para a subsistência onde vivem.

Em muitos países em desenvolvimento, nos quais as mulheres trabalham nas fábricas orientadas para a exportação, ou em países onde as mulheres trabalhadoras migrantes são a coluna vertebral das indústrias de serviços, postos de trabalho no qual as mulheres tem obtido um maior sucesso.

A OIT estima que a recessão econômica poderia levar milhões de mulheres ao desemprego colocando em perigo os ganhos obtidos nas última décadas e no empoderamento das mulheres.

Em muitos países, sem dúvida, o impacto vai muito adiante, além de perder os empregos formais, já que a maioria das mulheres tendem a trabalhar em setores informais. Por exemplo no serviço doméstico nas cidades, e sequer aparecem nos números oficiais de desemprego.

As políticas econômicas e as instituições em sua maior parte não consideram as disparidades de gênero, dos sistemas fiscais e de orçamentos dos regimes comerciais.

E, com muito poucos assentos a mesa de onde se tomam as decisões econômicas, as mulheres têm limitada a oportunidade de influir na política.

Enfoque da ONU MULHERES

Promover a segurança econômica das mulheres e de direitos tem sido sempre uma prioridade fundamental da ONU Mulheres.

A ONU Mulheres apóia as mulheres para reformarem as condições nos dois extremos do expectro econômico – o de impulsionar a participação das mulheres na política econômica, a fim de apoiar os esforços que proporcionem às mulheres e as suas comunidades as habilidades práticas e necessárias que lhes garantam meios de vida sustentáveis.

Em mais de 40 países, por exemplo, a ONU Mulheres apóia as iniciativas nacionais e regionais para incluir a perspectiva de gênero nos processos de elaboração orçamentária e de recolher e utilizar dados separados por sexo na formulação das políticas públicas a fim de garantir que os marcos de política macro econômica sejam destinados às prioridades das Mulheres.

A ONU Mulheres também trabalha para fortalecer as mulheres nos direitos da terra e de heranças, aumentar seu acesso a trabalho decente e ao crédito, e também a autonomia das trabalhadoras migrantes, iguais aos trabalhadores assentados na mesma região. ONU Mulheres toma medidas.

Más información en: http://www.unwomen.org/

http://www.unifem.org/gender_issues/women_poverty_economics/

http://www.wim-network.org/2011/03/mujeres-pobreza-y-economia/#more-2127

Newsletter Nº2 - Marzo 4, 2011 Sección: Artículos de interés

Red de Mujeres LAC en Gestión de Organizaciones

Fuente - Autor/a: Mujeres y Derechos Humanos

Versão livre, do idioma espanhol para português, por Elisabeth Mariano

(Fonte: e-mail e newsletters recebidas)

Mulheres dominam atividade docente

Mulheres compõem 81,5% do total de professores da Educação Básica do Brasil, conforme divulgou ontem o movimento ''Todos Pela Educação''

As mulheres compõem 81,5% do total de professores da Educação Básica do Brasil, conforme divulgou ontem o movimento "Todos Pela Educação", com base na análise da Sinopse do Professor da Educação Básica, que foi publicada pelo Ministério da Educação (MEC) no final do ano passado.

Dos 2 milhões de professores do país, mais de 1,6 milhão são do sexo feminino. O estereótipo da profissão, construído historicamente, pode ser responsável por esse alto índice, avalia a socióloga Magda Almeida Neves, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).Nas creches, as mulheres ocupam 97,9% das vagas de professor.

No entanto, na Educação Profissional - Ensino Técnico - as mulheres representam 45,8%. Além disso, somente no Ensino Fundamental, a população de professoras soma mais de 1,1 milhão - equivalente às populações de Roraima e do Amapá juntas.

Segundo a socióloga, a sociedade brasileira associa a função do professor a características geralmente consideradas femininas, como a atenção, a delicadeza e a meiguice. Ela ainda ressalta que, para ter essas características, comumente associadas à maternidade, não é preciso qualificação profissional.

Para Magda, esse fator pode ter influenciado os baixos salários da profissão, fazendo com que a Educação permaneça como um "gueto feminino no mercado de trabalho". "Tudo isso contribui para o baixo reconhecimento do papel da professora. Mas, por outro lado, os governos brasileiros ainda não estabeleceram como prioridade nas políticas públicas o investimento que a Educação necessita", considera a pesquisadora.

Dados do estudo

- As mulheres correspondem a 81,5% dos profissionais atuantes na Educação Básica do país.

- Na Educação Infantil, elas representam 97,0% dos professores. Em Creches, o índice é de 97,9%. Na Pré-Escola, 96,1%.

- A participação feminina no Ensino Fundamental é de 82,2%. Nos Anos Iniciais, é de 90,8%. E nos Anos Finais, 73,5%.

- No Ensino Médio, 64,1% dos professores são mulheres.

- E a Educação Profissional possui 45,8% de mulheres docentes.

Fonte: Correio do Povo (RS) - de 03 de março de 2011

(Fonte: http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/educacao-na-midia/13840/mulheres-dominam-atividade-docente)

“Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado”

Pesquisa Perseu Abramo

Foi lançado no mês de fevereiro a pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo sobre a magnitude da violência doméstica e da violência de gênero no Brasil. A pesquisa sobre violência é parte do estudo “Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado”. Esta edição do boletim do Observatório traz os principais resultados divulgados pela fundação.

O boletim destaca ainda dados do Inep, que apontam que as mulheres são maioria entre as/os jovens fora da escola e do mercado de trabalho, e o lançamento de nota da OIT sobre o trabalho doméstico remunerado na América Latina.

Nesta edição ressaltam-se também o desarquivamento, pelo Plenário do Senado, de Projeto de Lei que criminaliza a homofobia, e ainda a definição dos eixos da III Conferência de Políticas para as Mulheres, que aconteceu em dezembro deste ano.

Apresentam-se, por fim, a última nota técnica produzida pelo CFEMEA para o Boletim Eletrônico do Observatório, que versa sobre o assédio moral e sexual.

(Fonte: e-mail recebido de Secretaria Executiva do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero - Boletim do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero - fevereiro/2011 - Edição no. 21, ano 3 em 02 de março de 2011)

SINPROSP informa programação de cursos

Abril 2011

Produção de material didático impresso

5, 12, 19, 26 de abril, das 19h às 22h

Inteligência Emocional

6 de abril, das 19h às 22h

Leitura, não apenas decodificação: mas como se ensina a ler, na prática?

11, 18, 25 de abril, das 19h às 22h

Laboratório científico no processo educativo

13, 20, 27 de abril; 4 de maio, das 19h às 22h

(Fonte: http://www.sinprosp.org.br/escola.asp?mn=2&mes=25)

Homenagem à mulher cirurgiã-dentista

No dia 8 de março - em que se comemorou o Dia Internacional da Mulher - o Conselho Regional de Odontologia do Rio de Janeiro prestou uma justa homenagem a todas aquelas que abraçaram a Odontologia como profissão e, fazem dela, um exemplo de dedicação e realização.

Afonso Fernandes Rocha - CD Presidente CRO- RJ

Odontologia mostra a força do poder feminino

As mulheres já são em maior número entre os profissionais da Odontologia: cerca de 56,2 % dos profissionais em atuação no país pertencem ao sexo feminino.

Três delas foram eleitas para presidir Conselhos Regionais de seus estados: Vera Lucia Louzada Ferreira (CRO - Amazonas); Roberta Atta Farias (CRO-PI) e Margareth Pandolfi (CRO-ES) que já foi eleita para vários mandatos o que demonstra a confiança dos CDs capixabas. Em 2011 será substituída por outra CD, Regina Maria de Moura.

No estado do Rio de Janeiro a prevalência numérica também está com elas, que totalizam 15 mil 694 cirurgiãs-dentistas de um universo de 27mil 902 profissionais atuantes.

O CRO-RJ atendendo essa constatação instituiu em 2001 a Comissão Especial da Mulher Cirurgiã-Dentista, que tem como integrantes:

Presidente:

Glória André Feighelstein (Conselheira)

Membros:

Eli Guimarães (Assessor da Presidência / CRO-RJ)

Manuela Gonçalves Braga (CD)

Elas também alcançaram cargos que revelam o destaque que já conquistaram entre as lideranças da Odontologia:

Dra. Mara Cristina Demier Freire Ribeiro - Coordenadora de Saúde Bucal- SESDEC/RJ

Dra. Márcia Torres - Superintendente de Promoção de Saúde - SMS / RJ

Dra. Carla Branca Teixeira Nunes - Coordenadora de Saúde Bucal / Superintendência de Saúde Coletiva - SMS/RJ

Dra. Maria Cristina de Souza Machado - Chefe de Divisão Estadual de Odontologia SESI/RJ Serviço Social da Indústria - Rio de Janeiro

Dra. Nedi Soledade Miranda Rocha - Presidente da ABE-RJ - Associação Brasileira de Endodontia/RJ

Dra. Gloria Andre Feighelstein - Presidente da ABCDHRJ - Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas Homeopatas do RJ

Dra. Athina Luiza Bamihas - Presidente da ABOM - Associação Brasileira de Ortopedia dos Maxilares

Dra.Flavia Rapozo Gebara Artese - Presidente da SOB - Sociedade Brasileira de Ortodontia

Dra. Maria Cristina Rocha Dias Lima - Vice-presidente da ABOT Associação Brasileira de Odontologia do Trabalho

Dra. Carmen Falcon - Coordenadora Regional do Projeto Dentista do Bem - Turma do Bem/RJ

(Fonte: Revista CRO-RJ [revista@cro-rj.org.br])

Artigos e notícias da ong Amigas do Parto

CURSOS 2011 - Próximas turmas: agosto 2011 Inscrições promocionais a partir de 15 de maio http://www.cursosamigasdoparto.com

- Mulheres em marcha promovem atividades no Espírito Santo

- The experience of parenthood in adolescence (texto em português) http://www.ongamigasdoparto.com

- Bebês amamentados têm menos convulsões

- Pais precisam de mais cuidados no pré e pós-parto do que mães http://www.amigasdopartogestantes.com

Vejas os Profissionais humanizados e qualificados http://www.amigosdoparto.com

- O que é iatrogenia http://www.humanizacaoesperta.com

- É permitido ser "má" http://www.psicologiadialetica.com

- Jornada denuncia violência dos homens contra as mulheres

- A vítima indigesta http://www.empoderandoasmulheres.com

Coleção Humanização do Parto

Empoderando as Mulheres. As Deusas na Gravidez, Parto e Pós-Parto de Adriana Tanese Nogueira

http://www.amigasdoparto.org.br/2007/index.php?option=com_content&task=view&id=769&Itemid=225

Versão impressa e digital em português: http://www.biblioteca24x7.com.br

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Guia da Grávida Informada e Consciente de Adriana Tanese Nogueira e equipe de profissionais

http://www.amigasdoparto.org.br/2007/index.php?option=com_content&task=view&id=1141&Itemid=225

Versão impressa e digital em português: http://www.biblioteca24x7.com.br

Versão impressa em espanhol: http://www.amazon.com

SAIU!! >> Guia da Doula Parto (port. e esp.)

http://www.amigasdoparto.org.br/2007/index.php?option=com_content&task=view&id=1284&Itemid=225

Em breve:

* Mulheres (e homens) contam o parto 2 (edição ampliada)

http://www.amigasdoparto.org.br/2007/index.php?option=com_content&task=view&id=1285&Itemid=225

Produtos:

A Arte de Nascer Índio CD Educativo do Dr. Cláudio Paciornik

http://www.amigasdoparto.org.br/2007/index.php?option=com_content&task=view&id=969&Itemid=225

Pomadas e bálsamos orgânicos mãe-bebê

http://www.amigasdoparto.org.br/2007/index.php?option=com_content&task=category&sectionid=28&id=201&Itemid=225

Pôster Arte-Educativo, com todas as posições para o trabalho de parto e parto

http://www.amigasdoparto.org.br/2007/index.php?option=com_content&task=category&sectionid=28&id=206&Itemid=225

(Fonte: Boletim ano 7 / n. 154)