Jornal Espaço Mulher


Edição nº 131 - de 15 de Dezembro de 2012 a 14 de Janeiro de 2013

Olá Leitoras! Olá Leitores!

Um Feliz Natal e Ano Novo

Na passagem do ano 2012, registramos os bons momentos em que comemoramos os 25 anos do ESPAÇO MULHER junto a pessoas e entidades, que nos dedicaram muito apoio e atenção as nossas inciativas, e, é sob esta energia que invocamos que as festividades natalinas sejam repletas de paz, a qual se estenda por todo o ano 2013, entregando-lhe esta edição, om um forte fraternal abraço, de Elisabeth Mariano e Equipe ESPAÇO MULHER.

Dia 6 de Dezembro - Dia Nacional de Mobilização dos Homens Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres

Dia 25 de Novembro - Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher

Nos dias 6 de dezembro década ano, comemora-se o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres

Histórico da data: “No dia 6 de dezembro de 1989, Marc Lepine, de 25 anos, invadiu armado uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Montreal, Canadá. Ordenou que os 48 homens presentes se retirassem da sala, permanecendo no recinto somente as mulheres. Gritando “Vocês são todas feministas!”, o jovem atirou e assassinou 14 mulheres, a queima roupa. Em seguida, suicidou-se.

Em uma carta deixada por ele, justificava seu ato dizendo que não suportava a ideia de ver mulheres estudando Engenharia, um curso tradicionalmente voltado para os homens.

Esse massacre mobilizou a opinião pública mundial, gerando amplo debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres e a violência gerada por esse desequilíbrio social.”

(Fonte: http://www.generoracaetnia.org.br/sala-de-imprensa/calendario/item/244-6-de-dezembro-%E2%80%93-dia-nacional-de-mobiliza%C3%A7%C3%A3o-dos-homens-pelo-fim-da-viol%C3%AAncia-contra-as-mulheres.html)

25 de Novembro é o Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres

É um dia de conscientização, de luta, de mobilização!

“Infelizmente, os números acerca da violência praticada contra as mulheres são alarmantes, tanto em nosso país, como em nível mundial.

Segundo dados do Mapa da Violência 2012, que aborda os índices de homicídios de mulheres no Brasil, documento de autoria de Júlio Jacobo Waiselfisz com apoio do Centro Brasileiro de Estudos Latino-americanos (Cebela) e da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso), o Brasil ocupa o 7º lugar nas taxas de homicídio de mulheres (em cada mil mulheres, 4,4 são assassinadas). Nosso país só perde para El Salvador (10,3), Trinidad e Tobago (7,9), Guatemala (7,9), Rússia (7,1), Colômbia (6,2) e Belize (4,6).

Uma das lutas centrais do MMC é pelo fim da violência que nos massacra e humilha e que, muitas vezes, não é visível. Dentre as tantas formas de violência menos evidente, existentes além da violência física, destacamos: a Violência moral e psicológica – é a violência que magoa, que fere nossa autoestima e nossa autodeterminação, como ameaças, xingamentos...; e a Violência sexual – uma das piores formas de violência, é o estupro, o assédio sexual em transportes públicos, no trabalho...

Diante desta realidade, o MMC sempre pautou a construção de políticas públicas que atendam aos anseios das mulheres vítimas de violência e na efetivação de leis que punam os agressores como a implementação da Lei Maria da Penha (Lei n° 11.340/06), e a viabilização de estruturas que garantam a implementação da mesma. Nos últimos 30 anos, 90 mil mulheres foram assassinadas e somente nos últimos 10 anos foram mais de 40 mil. Mesmo com a Lei, o número tem aumentado consideravelmente e, apesar de ter um maior orçamento para o enfrentamento da violência, se manteve o crescimento das taxas de homicídio.

Entretanto, acreditamos que para combater a violência é preciso, também, lutar todos os dias pelo fim do machismo que impera desde nossos lares, até os órgãos públicos que devem nos proteger, mas que muitas vezes nos violentam.”

Uma vida sem violência é um direito de todas as mulheres!

Violência contra a mulher é crime, denuncie!

(Fonte: http://www.mpabrasil.org.br/eventos/25-de-novembro-dia-internacional-da-nao-violencia-contra-mulheres)

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

A propósito da resposta da presidente Dilma ao The Economist, que sugeriu a demissão de Mantega

"Eu nunca vi nenhum jornal propor a queda de um ministro. (…) Nós estamos crescendo a 0,6% nesse trimestre. Iremos crescer mais no próximo trimestre. Então a resposta é: de maneira alguma eu levarei em consideração esta, digamos, sugestão."

Essa foi a resposta magnífica que a presidente Dilma Roussef deu aos jornalistas, quando perguntada sobre o ridículo e absurdo "conselho" da revista britânica 'The Economist,' ao sugerir a demissão do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

"Nós todos aqui somos a favor da liberdade de imprensa. Então não tem nenhum senão a dizer sobre o direito de qualquer revista ou jornal falar o que quiser. Só quero me manifestar que em hipótese alguma o governo brasileiro eleito pelo voto direto vai ser influenciado pela opinião de uma revista que não seja brasileira", destacou a presidente.

A resposta da presidente não poderia se mais adequada diante da infantilidade e falta de seriedade, deste texto, da publicação britânica, tida, até então, como uma das mais conceituadas do gênero.

Para Dilma Roussef, diante da crise gravíssima que o mundo atravessa, com países tendo taxas de crescimento negativas, escândalos e quebra de bancos, não é correto esse tipo de atitude.

"Vocês não sabem que a situação deles é pior do que a nossa? Pelo amor de Deus, desde 2008?, afirmou. Não temos crise de dívida soberana. A nossa relação dívida PIB é de 35% e a inflação está sob controle", afirmou ao final da reunião de cúpula do Mercosul.

Entre outras inverdades e leviandades a revista chamou a economia brasileira de "moribunda criatura", e a presidente de "intrometida-chefe" (em referência às intervenções do Estado no mercado) afirmando que, se ela fosse mesmo pragmática, "deveria demitir o senhor Mantega".

Chamar de moribunda a economia brasileira é desconhecer o interesse de importantes empresas, como a BMW, a Audi e a Nissan de se instalarem no País. Será que esses gigantes do setor automobilístico gostam de arriscar seus recursos em países a beira da falência?

Dilma tem se mantido dentro dos parâmetros que norteiam as ingerências dos governos democráticos nas questões econômicas.

Uma das últimas medidas que tomou foi ordenar que os estabelecimentos de crédito governamentais baixassem suas taxas de juros, colocando-as em patamares mais civilizados, o que indiretamente levou os bancos privados a também diminuírem sua sanha gananciosa, de explorar àqueles que necessitassem de empréstimos. Talvez esta medida salutar, objetivando por um freio na vergonhosa e imoral exploração dos consumidores, tenha desagradado os agiotas de plantão e motivado as críticas à presidente.

E é bom ressaltar que Dilma baixou os juros dos bancos estatais. Os particulares adequaram-se à realidade, não por serem "bonzinhos", mas por temerem uma debandada de seus clientes para os estabelecimentos estatais.

A sugestão do "The Economist" soa tão ridícula como se alguma publicação brasileira "aconselhasse" ao governo britânico extinguir a Monarquia.

Autor: José Carlos Werneck "MORIBUNDA CRIATURA"

Extraído de: Tribuna da Imprensa - 09 de Dezembro de 2012

(Fonte: http://tribuna-da-imprensa.jusbrasil.com.br/politica/103824405/a-proposito-da-resposta-da-presidente-dilma-ao-the-economist-que-sugeriu-a-demissao-de-mantega)

Ministra Eleonora inaugura reunião de altas autoridades da mulher do MERCOSUL e aponta desafios para 2013

“Em seu discurso como presidenta Pro Tempore, Menicucci lança desafios para trabalho dos organismos de mulheres na defesa da igualdade de gênero em encontro internacionais.

Consolidação dos direitos de trabalhadoras domésticas, enfrentamento à violência contra as mulheres nas regiões de fronteira, estabilidade política para igualdade de gênero no Mercosul e avanço em direitos sexuais e reprodutivos. Esses foram os desafios listados pela ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), na cerimônia de abertura da 2ª Reunião de Ministras e Altas Autoridades da Mulher do Mercosul (RMAAM). O encontro foi inaugurado por ela na condição de presidenta Pro Tempore da RMAAM na noite dessa segunda-feira (03/12), no Palácio Itamaraty, em Brasília.

A ministra brasileira conduziu a solenidade manifestando que os órgãos nacionais de políticas para as mulheres devem "promover a defesa intransigente da igualdade de gênero". Segundo ela, dois encontros internacionais exigirão intensa articulação regional, a fim de garantir os direitos das mulheres. Citou a Conferência Regional sobre População e Desenvolvimento da América Latina e Caribe, que acontecerá em agosto de 2013, no Uruguai, como um encontro decisivo por promover os debates na região sobre Cairo + 20, programada para 2014. E apontou a Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e Caribe, que ocorrerá em outubro de 2013, em Santo Domingo, como outro espaço determinante para a igualdade de gênero, no qual estarão em evidência empoderamento das mulheres e tecnologias de comunicação e informação.

Menicucci salientou que as delegações dos países da América Latina, em especial as do Mercosul, deverão incidir em favor da defesa e do avanço dos direitos das mulheres nos campos de igualdade de gênero, raça e etnia e do acesso à saúde sexual e direitos sexuais e reprodutivos de homens e mulheres.

Ela avaliou que, desde as primeiras articulações da extinta Reunião de Ministras do Mercosul (REM) até a constituição da RMAAM, os organismos de mulheres da região se ampliaram e conquistaram mais força nos governos. "Quanto mais status nos governos, mais fortes seremos e mais conquistas teremos", disse a ministra brasileira.

Dizendo-se alegre e emocionada em receber ministras e altas autoridades da mulher do Mercosul no Palácio Itamaraty, a ministra Eleonora saudou o início dos trabalhos da 2ª RMAAM e convocou as delegações: "nosso maior desafio é em gênero e raça para que a igualdade seja, de fato, uma realidade".

A diretora da Representação Especial para Assuntos da Mulher da Mulher da Chancelaria Argentina, María Julia Rodríguez, enfatizou o papel estratégico da RMAAM e o trabalho a ser feito para eliminar o tráfico de mulheres na região. "Para a Argentina, esse espaço do Mercosul é importante para elaborar políticas que tenham grande efetividade na ampliação e aprofundamento dos direitos das mulheres", afirmou.

"Falar em democracia é falar em direitos das mulheres. Esses são parâmetros centrais e nosso desafio na região", frisou a diretora do Instituto Nacional das Mulheres do Uruguai, Beatriz Ramirez.

De acordo com ela, Cairo + 20 é "um momento de inflexão importante" e já traz a necessidade de uma agenda articulada entre as altas autoridades da mulher do Mercosul. "Temos de investir na construção da democracia, para que a América Latina deixe de ser o continente mais desigual do mundo. Para isso, autonomia econômica e física e tomada de decisões continuam a ser agendas e desafios para o nosso trabalho", completou Ramirez.

Enfrentamento à violência – A vice-presidenta do Instituto Nacional da Mulher, Judith López Guevara, conclamou a RMAAM para a urgência do enfrentamento à violência contra as mulheres nas áreas de fronteira. Ela considerou positivo o trabalho de cooperação existente entre o Brasil e a Venezuela, por meio dos municípios de Pacaraima e Santa Elena, saudando a liderança da SPM por meio da interlocução da secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Aparecida Gonçalves.

Judith Guevara classificou os equipamentos Casa da Mulher Indígena, Casa da Mulher Migrante e Comitê Fronteiriço como espaços de promoção dos direitos humanos das mulheres. E propôs: "temos de buscar mais instrumentos que nos façam similares na integração".

A embaixadora Glaucia Gauch, do Departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, deu as boas-vindas, salientando ser "uma honra o Palácio Itamaraty sediar a reunião de ministras e altas autoridades do Mercosul". A diplomata falou sobre a realidade de violência e exploração sexual de mulheres e meninas que deve ser combatida pelo conjunto dos países da região. Conforme Gauch, com a RMAAM "o bloco reafirma que não pode haver desenvolvimento econômico e social, se não houver a participação das mulheres em todos os processos decisórios".

Ela enfatizou o papel do movimento de mulheres e da sociedade civil, uma vez que "o sucesso das ações não depende somente do compromisso dos governos". Para a embaixadora, a RMAAM pode contribuir "para um novo marco na região livre de violência e discriminação".

Na solenidade, foram entregues os diplomas de participação às pessoas que venceram o concurso regional de audiovisuais "Paridade é igualdade" sobre participação política das mulheres. Também houve lançamento da revista do Observatório Brasil de Igualdade de Gênero, vinculado à SPM.

A cerimônia teve a presença do ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, dirigentes dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Desenvolvimento Agrário, Cultura e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). Pelo corpo diplomático, estiveram presentes os embaixadores da Bolívia, Jerjes Justiniano, e do Peru, Jorge Medina, e pelo Sistema das Nações Unidas, o coordenador-residente Jorge Chediek e representantes das agências ONU Mulheres, OIT, UNFPA e OPAS.

Continuidade dos trabalhos - As ministras e altas autoridades debatem, até quarta-feira (05/12), no Itamaraty, entre outros temas, a proposta de diretrizes de política de gênero para a região, o projeto "Fortalecimento da institucionalidade e da perspectiva de gênero no Mercosul" e a estrutura administrativa da RMAAM frente à finalização desse projeto.

Outro ponto em debate será a atuação articulada da RMAAM nos diferentes eventos previstos na agenda internacional, entre eles, a "I Conferência Regional sobre População e Desenvolvimento da América Latina e Caribe", a "XII Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe" e a "57ª sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher (ONU)".

2ª Reunião de Ministras e Altas Autoridades da Mulher do Mercosul (RMAAM)

Data: 3 a 5 de dezembro de 2012

Local: Palácio do Itamaraty (Esplanada dos Ministérios - Bloco H) – Brasília/DF

Comunicação Social

Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM

Presidência da República – PR

(Fonte: SEPM - Questões de gênero - http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questoes-de-genero/265-generos-em-noticias/16621-ministra-eleonora-inaugura-reuniao-de-altas-autoridades-da-mulher-do-mercosul-e-aponta-desafios-para-2013)

As emoções de Tatiana Belinky

“Um fim de ano que nossa homenageada guardará para sempre. Eleita Intelectual do Ano pela UBE, recebeu de Lygia Fagundes Telles o cinquentão Juca Pato, em cerimônia concorrida na Academia Paulista de Letras. Foi uma festa inesquecível.

Não só para Tatiana. Era transmissível a emoção que ela não fazia questão de esconder. Falou ao microfone, falou sem microfone, quando quis, como quis. Tomou conta, dando uma banana para o ritual da solenidade, que, em nome da verdade, não se preocupou em momento algum com o protocolo. Houve quem criticou, um ou outro. É da democracia.

A magia rolou solta logo de cara, quando Fortuna chegou, cantou e encantou com seu coral de bruxas. E os olhinhos de Tatiana tentando atrair o troféu para perto de si? Na plateia, gente que raras vezes comparece a esse tipo de evento foi reverenciar a escritora que deixou suas digitais em leitores de várias gerações. A mais nova, crianças no colo e os já alfabetizados, estava lá, completando uma noite que foi gratificante, inesquecível e ficará marcada na história do Juca Pato.

A jornada de Tatiana não terminaria aí. Convidada para o jantar de confraternização de fim de ano da UBE, lá foi, toda pimpona, para ser novamente paparicada. A festa, no Bovinus Grill da Avenida Paulista reuniu 70 associados e convidados e, entre pratos e brindes, serviu como mote para o presidente Joaquim Maria Botelho, entre os informes de rotina, desse uma notícia muito legal. A UBE foi convidada pela Academia Sueca para indicar, até 29 de janeiro, um nome ao Prêmio Nobel de Literatura de 2013.

Feliz Natal e excelente 2013 para todos nós, associados, colaboradores e amigos. Ano que vem será de muito trabalho e a UBE conta com a participação de seus associados nas novas empreitadas que virão por aí, a mais importante, o Congresso Brasileiro de Escritores, em São Paulo.

(Fonte: Jornal da UBE nacional - São Paulo, dezembro de 2012 - nº 38)

Campanha de Combate à Violência contra a Mulher foi lançada dia 7

TJMS/MG – “A Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar em parceria com a Subsecretaria da Mulher e da Promoção da Cidadania lançará a campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – a Lei é mais forte” no dia 7, sexta-feira no Estado de Mato Grosso do Sul. A solenidade ocorreu às 9 horas, no auditório da Assembleia Legislativa, e faz parte da mobilização nacional em prol da aplicação correta e célere da Lei Maria da Penha.

Participaram da abertura do evento a Secretaria de Políticas para as Mulheres, do Ministério da Justiça, o Colégio Permanente dos Presidentes dos Tribunais de Justiça, do Conselho Nacional de Justiça, o Conselho Nacional dos Procuradores Gerais de Justiça, o Conselho Nacional de Defensores Públicos Gerais e o Conselho Nacional do Ministério Público, parceiros em âmbito nacional.

A campanha tem por objetivo mobilizar e, principalmente, sensibilizar os operadores do Direito e a sociedade em geral para a compreensão do movimento e a importância do enfrentamento à violência doméstica contra as mulheres. A mobilização já foi lançada nacionalmente em agosto deste ano, durante a comemoração dos seis anos da Lei Maria da Penha.

Regionalmente, o Espírito Santo foi o primeiro estado a ter o lançamento da campanha, no dia 24 de agosto, por ocupar a primeira posição no assassinato de mulheres. Em Alagoas, o evento ocorreu no dia 12 de novembro. A campanha terá lançamentos no Centro-Oeste, em Mato Grosso do Sul, no dia 7 de dezembro, e, no Sul, no Paraná, em 14 de dezembro. As unidades federativas escolhidas para o lançamento foram eleitas com base no Mapa da Violência – estudo produzido pelo Instituto Sangari sob a coordenação da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM).

Seminário – Simultaneamente ao lançamento da campanha, a Escola Judicial de Mato Grosso do Sul (Ejud-MS) promoverá um seminário direcionado a todos os envolvidos na área de violência doméstica contra a mulher, o que inclui magistrados, servidores, membros do Ministério Público, Defensores Públicos, Delegados, dentre outros.

O curso terá início na quinta-feira (6), às 19h30, no plenário do Tribunal de Justiça, com a palestra “As Origens e Estruturas da Violência de Gênero”, ministrada por Nilza Menezes Lino Lagos, Doutora e Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo, Especialista em História do Brasil pela PUC/MG, Especialista em Ciências da Religião pela UMESP e Chefe do Centro de Documentação Histórica do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia.

Além do lançamento da campanha, no dia 7 de dezembro foram realizadas as palestras: “Políticas Públicas: Mecanismos para Defesa e Reconstrução”, com Aparecida Gonçalves, Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Militante e Ativista do Movimento de Mulheres e Movimento Feminista, Especialista em Gênero e Violência contra a Mulher, no período da manhã; e “Atuação do CNJ para Aplicação da Lei Maria da Penha”, com Luciane Bortoleto, Juíza auxiliar da Comissão de Acesso à Justiça e Cidadania do CNJ, Juíza de Direito titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, no período da tarde.

Após as palestras serão realizados debates e, ao final do seminário, haverá a apresentação de propostas e discussões de temas com diversas autoridades.

O curso foi cadastrado na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) no intuito de ser reconhecido como de aperfeiçoamento para fins de atualização, vitaliciamento, promoção e acesso dos magistrados sul-mato-grossenses.

Aos demais participantes, em especial aos estudantes, será fornecido certificado de participação, com um total de 8 horas/aula. As inscrições podem ser feitas por meio do banner “Seminário Compromisso e Atitude” na página inicial do site do Tribunal de Justiça (http://www.tjms.jus.br).

Ações – Em esclarecimentos na audiência pública da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) realizada no último dia 13, o Coordenador da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar e Diretor da Escola Judicial de MS (Ejud-MS), Des. Ruy Celso Barbosa Florence, informou que para o próximo ano estão previstos, no orçamento do Tribunal de Justiça, R$ 199 mil para a manutenção da Coordenadoria da Mulher e outros R$ 7 milhões para Escola Judicial que devem ser investidos em formação tanto de servidores do Judiciário, quanto de magistrados.

Ruy Celso explicou que a instalação da 2ª Vara de Violência Doméstica, realizada no dia 23 de novembro, irá amenizar a situação dos processos que estão na 1ª Vara. Outra informação repassada pelo magistrado é que em 2012 foram emitidas mais de cinco mil medidas protetivas e que o tempo para a concessão da proteção, da entrada do inquérito policial, não ultrapassa a uma hora, sendo o Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul um dos mais ágeis nessa concessão.

Além da instalação da 2ª Vara, o desembargador informou que foi solicitado, por ele, em ofício, que no interior do Estado, nas comarcas que possuem duas ou mais varas, ao menos uma delas tenha a especialidade para o atendimento dos casos de violência doméstica contra a mulher.

“Há comarcas em que o número de processos não justifica a criação de uma vara privativa, como no caso da comarca de Maracaju que não tem nenhum processo. No entanto, se ao menos uma delas for especializada, poderá haver melhor atendimento à mulher”, enfatizou Ruy Celso.

De acordo com o coordenador da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, dentre os projetos que serão desenvolvidos, dois se destacam. Um deles é a divulgação da Lei Maria da Penha nas escolas estaduais e municipais, a princípio em Campo Grande; e o outro é desenvolver um trabalho com mulheres que trabalham em usinas de álcool, este iniciando em Maracaju, com o objetivo de promover a conscientização das medidas de proteção à mulher.”

(Fonte: http://www.midiamax.com/noticias/827779-campanha+combate+violencia+contra+mulher+sera+lancada+dia+7.html)

Aqui, somos todas APODI!

“Dia 10 de dezembro, nas 24 horas de ação feminista pelo mundo organizadas pela Marcha Mundial das Mulheres, milhares de mulheres estiveram nas ruas de 33 países. No Brasil, o dia foi marcado pela luta, resistência e solidariedade às mulheres da chapada do Apodi, no Rio Grande do Norte.

O lema foi à defesa da autonomia das mulheres e da soberania alimentar com parte da nossa luta por outro modelo de produção e consumo para o bem estar de todas e todos em harmonia com a natureza.

Em 15 cidades de 10 estados pintamos as ruas de lilás, ecoamos nossas vozes ao som da batucada para exigir que a terra em Apodi continue fortalecendo um projeto de mudança e rechaçamos o projeto de desapropriação dessas terras para serem entregues a 5 empresas do agronegócio.”

(Fonte: mensagem recebida - Marcha Mundial das Mulheres)

São Paulo é eleita a cidade com melhores oportunidades para os executivos

“Segundo dados do Ranking de competitividade Urbana, elaborado pela revista America Economia, da Spring Editora, a cidade de São Paulo obteve pontuação máxima nas categorias Capital humano e Marco e dinamismo econômico, ficando em segundo lugar na classificação geral.

Considerada segunda cidade que oferece mais prestigio às pessoas que trabalham no município, São Paulo alcançou a nota geral de 96,1, de um total de 100, ultrapassando Santiago, Buenos Aires, Rio de Janeiro e Brasília, tornando-se a melhor do continente para inovar, com nota 8,6 de 9 e a terceira para investir no mercado financeiro.

São Paulo não se preocupa somente com negócios, a cidade está inovando na sustentabilidade ambiental. Tanto que, neste quesito, obteve a nota 92,8 de 100. Sua nota, nesse caso, foi maior que a de Miami, primeira colocada no quadro geral.

O ranking foi elaborado pela América Economia Inteligence 2012, a partir de pesquisas junto a executivos de toda a América Latina.”

(Fonte: SPTuris - 13/12/2012 - Fonte: http://www.feirasdobrasil.com.br/revista.asp?area=noticias&codigo=31483)

Pesquisa:

Um país de vulneráveis

O mais recente estudo do governo sobre a mobilidade econômica e social no Brasil, divulgado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), informa que 52% da população integra hoje a classe média, contra 38% em 2002. Além disso, a SAE diz que, dos 36 milhões de brasileiros que entraram nessa classe, 75% são negros, proporcionando um "equilíbrio racial" no estrato: agora, 51% dos que compõem a classe média são negros. Para a SAE, esses importantes resultados estão relacionados de forma direta com a redução da desigualdade de renda, inegavelmente um dos grandes legados da administração petista. No entanto, outro estudo recente, do Banco Mundial (Bird), ajuda a matizar um pouco o entusiasmo com tais números e a mostrar que talvez ainda seja cedo para dizer que o Brasil se tornou, de fato, um país de classe média. Quando muito, é um país de "renda média", isto é, com renda relativamente mais bem distribuída, mas não o suficiente para determinar uma efetiva mudança de classe social.

Para o Bird, é de classe média quem ganha de US$ 10 a US$ 50 por dia. Por esse critério, 32% dos brasileiros fazem parte desse segmento. A maioria da população estaria localizada em dois grupos inferiores: 38% são considerados "Vulneráveis" que saíram da pobreza, mas correm risco acentuado de voltar a essa condição e 28% são qualificados como pobres. Os "vulneráveis" ganham de US$ 4 a US$ 10 por dia; já os pobres recebem menos de US$ 4, a chamada "linha de pobreza moderada". Pelos critérios do governo brasileiro, a classe média é formada por aqueles que ganham de US$ 6 a US$ 26 por dia, um conceito que inclui os "Vulneráveis" citados pelo Bird. Na pesquisa do Banco Mundial, quem ganha US$ 6 por dia que é o "piso" da classe média pelos cálculos do governo tem cerca de 30% de possibilidade de voltar a ser pobre.

O Bird entende que é fundamental levar em conta a chamada "segurança econômica" para definir uma classe social. Isso significa que, caso se queira uma definição "robusta e menos arbitrária", não se pode incluir na classe média aqueles que correm considerável risco de voltarem a ser pobres em algum momento. Entende-se por segurança econômica a estabilidade e a "resistência a choques", isto é, a crises conjunturais. Para o Bird, o nível máximo de insegurança suportável por uma família de classe média é uma probabilidade de 10% de cair na pobreza em cinco anos, e não de 30%, como dá a entender o critério adotado pelo governo. A discrepância é gritante, mas não é apenas esse o problema.

Na opinião do Bird, a classe média brasileira apresenta-se quase toda ela vulnerável, no longo prazo, porque está se endividando demais, graças ao fácil acesso ao crédito proporcionado por medidas pontuais do governo, e investindo pouco na acumulação de bens, que poderiam garantir a segurança econômica em caso de turbulência. Além disso, o levantamento mostra que a chamada "mobilidade intergeracional", isto é, a melhoria da qualidade de vida dos filhos em relação à dos pais, é muito limitada no Brasil e no restante da América Latina. Não há perspectiva de que os jovens consigam obter resultados pessoais desvinculados dos problemas inerentes à sua origem familiar e econômica. O problema central, destaca o Bird, é a péssima qualidade do ensino público, que freia o movimento ascendente dessa parcela da população, limitando suas oportunidades de trabalho e de renda.

No geral, os avanços verificados nos últimos tempos são formidáveis. A desigualdade na América Latina experimentou fantástica redução em curto espaço de tempo: de 2003 a 2009, a classe média cresceu 50% na região. No entanto, o estudo do Bird mostra que a desejável transformação do Brasil num país de classe média, tal como se apresenta no festivo discurso do governo federal, não vai se dar por simples voluntarismo estatístico. Tal mudança no perfil do País só ocorrerá de fato e se tornará sustentável se forem enfrentadas urgentemente as graves deficiências dos serviços públicos brasileiros, a começar pela educação.”

(Fonte: Editorial em site: http://www.exercito.gov.br/c/document_library/get_file?uuid=cbd01c6a-8630-43d2-a63d-ceffa088747a&groupId=18107)