Jornal Espaço Mulher


Edição nº 19 - de 15 de Agosto de 2003 a 14 de Setembro de 2003

Olá Leitores!

A RESPONSABILIDADE SOCIAL INICIA DENTRO DA EMPRESA

Mediante tanta propagação do termo Responsabilidade Social por meio de anúncios, cursos, consultorias, premiações dentre outros tópicos atuais, inclusive alguns se identificando como empresas cidadãs, resolvemos emitir nossa opinião vivenciada em longos anos de práticas sociais.

Realmente, cumprir as leis constitucionais do país, no exercício de deveres e direitos é um ato de cidadania, tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas.

Porém, a cidadania empresarial encarada como responsabilidade social requer que a prioridade seja dos funcionários. Pois, é de dentro da empresa que inicia o processo de respeito humano, ou seja, o cumprimento às leis trabalhistas, com políticas de cargos e salários e divisão de lucros; oferecendo bom seguro de saúde (médico-odontológico-hospitalar-farmacêutico), seguro de vida e assistência jurídica. Além disso, oferecer refeições com qualidade nutricional, cursos de aprimoramento pessoal e profissional. E dar oportunidades de trabalho às pessoas portadoras de deficiências (visual, auditiva, locomoção), com políticas para pessoas idosas, mulheres (creches, ambulatórios, instalações sanitárias adequadas). Ter políticas de apoio a financiamento da casa própria e fundos de empréstimos. Incentivar a prática da ginástica, esporte e lazer, inclusive envolvendo familiares dos(as) funcionários(as).

Quando uma empresa está adequada a estes critérios ela obtém o respeito e a admiração de seu quadro funcional, que passa a produzir bens e serviços dentro das normas ambientais e técnicas com o objetivo de bem servir ao público consumidor.

Assim, estará sendo uma empresa cidadã, que respeita as leis cumprindo seus deveres e exercendo o direito de ser responsável socialmente. E, obviamente, terá em seu quadro funcional, do cargo mais simples até o alto escalão, pessoas felizes que se engajarão facilmente nas campanhas de solidariedade. Externamente à empresa prestarão serviços às crianças e idosos carentes, farão recuperação de drogados, formação profissional de jovens, enfim, colaborarão em tudo o que possam junto à vizinhança da empresa até às periferias.

Isto porque terão alegria de serem agentes de mudança social para um mundo melhor, fortificados no exemplo da empresa em que trabalham.

Serão eles os melhores propagandistas e testemunhos do valor social da sua empresa, como um aval de grande peso, que atrai ótimos resultados de retorno, desde o balanço anual até a satisfação continuada da clientela.

Trazemos nesta edição muitas notícias de eventos, que esperamos sejam importantes também para você.

Receba um abraço de Elisabeth Mariano e equipe ESPAÇO MULHER.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

SEMINÁRIO INTERNACIONAL "O PAPEL DA SOCIEDADE CIVIL NAS NOVAS PAUTAS POLÍTICAS".

De 01 a 03 de setembro, no Auditório Getúlio Vargas, FGV-EAESP.

A ABONG - Associação Brasileira das ONG's fará este evento "num debate sobre o papel da Sociedade Civil frente às mudanças atuais nas conjunturas políticas nacional e internacional, buscando refletir os novos desafios colocados, o lugar das ONG's nos espaços políticos e as estratégias possíveis em busca da ampliação da capacidade de controlar e influir nas políticas públicas".

(Fonte: Assessoria ABONG)

INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS NO MERCADO DE TRABALHO

O Serviço Social da Indústria SESI / SP e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo - CIESP promove, hoje, 15 de agosto, um evento para a inclusão de pessoas com necessidades especiais como parte de compromisso ético e social para as empresas. O evento é destinado para os diretores de empresas e executivos de planejamento estratégico, marketing, recursos humanos e outros interessados, e ocorre no SESI Vila Leopoldina.

I FÓRUM SOCIAL BRASILEIRO

Para discutir as questões sociais e econômicas e culturais do Brasil e de posicionamento contra o neoliberalismo, ocorrerá de 6 a 9 de novembro de 2003, na cidade de Belo Horizonte / MG, o I Fórum Social Brasileiro (FSB), como um grande oportunidade política democrática e plural da sociedade organizada brasileira.

(Fonte: assessoria de comunicação FSB)

III FÓRUM MUNDIAL DE EDUCAÇÃO (FME)

Nova Estrutura do FME - "O Fórum Mundial de Educação está se constituindo uma rede permanente de mobilização mundial. A nova estrutura organizativa é composta pelo Conselho Internacional que é responsável pela articulação dos Fóruns Regionais e Temáticos que acontecerão em vários países. O Comitê Organizador responderá pela estruturação dos principais eventos locais e regionais e pela organização da III Edição do Fórum Mundial de Educação (III FME). A estrutura completa está no site: http://www.forummundialdeeducacao.com.br".

(Fonte: assessoria III FME)

IV CONGRESSO BRASILEIRO DE JORNAIS

II FÓRUM DE EDITORES

Foram realizados como iniciativa da ANJ - Associação Nacional dos Jornais, dias 11 e 12 de agosto, no Hotel Gran Meliá / São Paulo.

SEMINÁRIO PROBLEMAS AMBIENTAIS E A RELAÇÃO BRASIL-JAPÃO

A Associação dos Bolsistas do Governo do Japão - Monbukagakusho - ABMON e o Consulado Geral do Japão em São Paulo e a escola politécnica da USP realizaram um seminário, em 31 de julho, na POLI/USP.

Os palestrantes foram: Kiyotaka Akasaka, Cônsul Geral do Japão em São Paulo e Secretário Geral Adjunto nomeado da OECD - Organização de Cooperação Econômica e Desenvolvimento com o tema: "A recente cooperação internacional japonesa centralizada nos problemas ambientais e as relações nipo-brasileiras". E, Shigeo Watanabe, professor doutor da Faculdade de Física da USP e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisadores Nikkeis, com o tema: "Cooperação científica Brasil-Japão".

II SEMINÁRIO "DESAFIOS DAS MASCULINIDADES CONTEMPORÂNEAS"

Organizado pelas Secretarias Municipais de Saúde, Educação, Desenvolvimento Social, das Culturas, Comunicação Social, MultiRio, Guarda Municipal, RioMulher, Instituto NOOS, Instituto Promundo, CEDUS, Serviço Social / UFRJ, EICOS/IP/UFRJ, Maternidade Escolar / UFRJ, ocorreu, em 5 de agosto, no Teatro da Universidade Castelo Branco o "II Seminário "Desafios das Masculinidades Contemporâneas"".

(Fonte: ABONG)

UCF - CAMPANHA "AÇÃO NA EDUCAÇÃO"

A União Cívica Feminina - UCF está fazendo a campanha: "Ação na Educação". Deste modo, está sendo objetivado que os alunos da escola pública permaneçam no colégio, todo o final de semana.

"Quanto mais atividades o aluno desenvolver na Escola, mais próximo estará no caminho correto", é o que afirma a UCF. Para que os alunos e seus familiares permaneçam na escola, nos finais de semana, estão se desenvolvendo atividades esportivas, culturais e cívicas.

Necessitam-se de doações para serem adquiridos livros, vídeos, brinquedos, material para pintura, artesanato e instrumentos musicais. Quem quiser colaborar com esta campanha, poderá doar R$ 30,00 (trinta reais), no Banco Itaú, agência 0185, conta corrente 08418-3.

CLUBE SOROPTIMISTA INTERNACIONAL DE SÃO PAULO

Informamos que com a perda de nossa Presidente e Presidenta eleita, nos últimos dias, realizamos uma reunião extraordinária no dia 29 de julho, para a eleição de uma diretoria que dará continuidade a gestão 2002-2004. Portanto, doravante o Clube Soroptimista Internacional de São Paulo, está composto com esta nova diretoria:

Presidente - Eny da Rocha; Presidente Eleita - Sônia Regina Conte Lopes Lima; 1ª secretária - Maria Elizabeth Asprino Castello Branco; 2ª secretária - Luíza Ett; 1ª tesoureira - Lídia Rosa Ruocco Sacco Galloro; 2ª tesoureira - Cleusa Maria Gomes Tâmbara.

Diretoras sem pasta: Nasek Khalil Hatti; Cláudia Lumbau; Rosângela Cintra Ladislau; Idalina Helena Villas Boas Menezes; Yvonne Barry Komata; Monika Galloni; Desirée Castello Branco; Leila Aidar Bugelli.

LIVRO: ANITA GARIBALDI - A GUERREIRA DA LIBERDADE

Na data do 154° Aniversário de Morte de Anita Garibaldi - 4 de agosto - o advogado Adilcio Cadorin - autografou, em São Paulo, o seu livro ANITA GARIBALDI - A GUERREIRA DA LIBERDADE.

Adilcio também é o diretor do espetáculo teatral A Tomada de Laguna, que foi encenado em Laguna, em 26 de julho e em 2 de agosto. Adilcio, quando foi prefeito de Laguna / SC, terra natal da heroína de dois mundos - foi o principal protagonista do processo judicial que obteve a nacionalidade brasileira de Ana Maria de Jesús Ribeiro, nome de batismo da companheira de Garibaldi. Adilcio Cadorin também está a frente do movimento pelo repatriamento dos restos mortais da heroína, que atualmente estão enterrados em Roma / Itália.

(Fonte: assessoria de comunicação)

LIVRO: TURISMO SEXUAL, TRÁFICO E IMIGRAÇÃO: O QUE NÓS TEMOS A VER COM ISSO?

"Os dados colhidos pela Presidente da ONG Coletivo Mulher-Vida, Cecy Pestrrello, mostram que faltam políticas públicas para se combater o turismo sexual, - são depoimentos de 50 adolescentes que vivem este drama, na área de Boa Viagem, no Estado de Pernambuco e que deu origem ao livro "Turismo sexual, tráfico e imigração: o que nós temos a ver com isso?".

(Fonte: Academia Social / Folha de Pernambuco)

A PEDIDO

MANIFESTO CONTRA A DISCRIMINAÇÃO FEMININA

A bancada feminina do Congresso, na data de 13 de agosto, foi ao Ministério das Relações Exteriores, entregar ao secretário-geral do Itamaraty, embaixador Samuel Pinheiro, manifesto contra legislações que discriminem as mulheres de todo o mundo.

No encontro, a bancada foi representada pelas coordenadoras, deputadas Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Lúcia Braga (PMN-PB), Janete Capiberibe (PSB-AP) e Iara Bernardi (PT-SP); e pelas deputadas Luiza Erundina (PSB-SP), Selma Schons (PT-PR), Marinha Raupp (PMDB-RO), Fátima Bezerra (PT-RN), Almerinda de Carvalho (PSB-RJ), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Alice Portugal (PCdoB-BA), Maninha (PT-DF) e Maria do Rosário (PT-RS).

Leia abaixo a íntegra do documento a ser entregue ao Ministério:


Senhor Ministro,


A Bancada Feminina no Congresso Nacional repudia qualquer tipo de legislação que, além de cruel, degradante e desumana, discrimine as mulheres. O caso da nigeriana Amina Lawal é emblemático, mas não o único. Amina Lawal é uma nigeriana de 30 anos que confessou ter tido um bebê quando estava divorciada. De acordo com o novo código para mulçumanos, baseado na Lei Islâmica que se aplica no Estado de Katsina (Nigéria), "...a gravidez fora do casamento é tida como prova suficiente para acusação do crime de adultério, considerado crime passível de condenação à morte." Em março de 2002, Amina foi sentenciada à morte por lapidação (suplício que consiste em apedrejar o criminoso).

O destino do pai da criança, no entanto, seguiu outro caminho. Negando as acusações de ter mantido relações sexuais com Amina, teve todas as acusações contra ele retiradas. Pela legislação adotada, seria necessário que quatro testemunhas oculares e de boa reputação se declarassem contra ele. Na ausência das testemunhas sua palavra foi suficiente para inocentá-lo. No caso das mulheres é diferente: qualquer mulher que tenha um filho fora do casamento, viúva, divorciada ou solteira, é condenada sem que seja ouvida.

De acordo com a Anistia Internacional, Amina não teve representação legal durante o processo e após a sentença recorreu com a ajuda de um advogado de uma organização nigeriana de defesa dos direitos das mulheres. Em agosto de 2002, a pena de morte por lapidação foi ratificada, não sendo cumprida imediatamente em virtude do dispositivo legal que a obriga a acabar o período de amamentação. A data marcada para a execução foi marcada para fevereiro de 2004. Em 27 de agosto próximo uma nova apelação será avaliada pelo Tribunal de Katsina.

A Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher - CEDAW, assinado até junho de 2003 por 174 países, inclusive a Nigéria, em seu artigo 1.º, assim define a discriminação contra a mulher:

"Para os fins da presente Convenção, a expressão discriminação contra a mulher significará toda a distinção, exclusão ou restrição baseada no sexo e que tenha por objeto ou resultado prejudicar ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício pela mulher; dos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural e civil ou em qualquer outro campo".

Diante do exposto nós, deputadas e senadoras, vimos reiterar o apelo, já amplamente levantado pela Anistia Internacional, para que Amina, assim como todas as mulheres expostas à legislações discriminatórias, possam receber tratamento e julgamento dignos e nos mesmos termos oferecidos aos homens, assim como, solicitar que sejam util.