Jornal Espaço Mulher


Edição nº 190 - de 15 de Novembro de 2017 a 14 de Dezembro de 2017

Olá Leitoras! Olá Leitores!

Mulheres engajadas na defesa dos Direitos das Mulheres


Nessa edição, a TV ESPAÇO MULHER, traz uma visão muito interessante sobre a atuação de mulheres engajadas nacional e internacionalmente, na defesa dos Direitos das Mulheres, cuja líder, Sonia Coelho (assistente social, integrante da equipe da SOF - Sempreviva organização feminista, e ela integra a coordenação nacional da Marcha Mundial das Mulheres), nos demonstrará a força das Mulheres, mas, ainda quanto há de obstáculos sucedendo, e as violências sociais e de governos, ainda são pesadas barreiras... É uma aula!

Na Rádio ESPAÇO MULHER, temos a entrevista com o Fundador da ABRAVEM, uma entidade que surge para ajudar as vítimas de erros médicos e de outras áreas da saúde. E ali, se tem a visão de quanto muitas pessoas, maioria mulheres, superam as limitações para enfrentar a vida...

E, em homenagem ao “Dia do Deficiente Físico” comemorado em 3 de Dezembro, queremos destacar uma das mais carismáticas Mulheres, que são o exemplo vivo, da superação pós acidente, e hoje, sendo Deputada Federal, MARA GABRILI (*), é atuante na defesa da saúde humana. Ela é a prova de que os “acidentes” podem provocar situações impeditivas na vida da gente, mas que se tivermos força mental e moral, superaremos muitas barreiras.

Deixamos aqui a nossa gratidão as pessoas que colaboraram para esta edição, esperamos que você aprecie o que pesquisamos. Elisabeth Mariano e equipe.

(*) SAIBA MAIS EM: http://maragabrilli.com.br

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

Carlos Slim, bilionário mexicano disse: “que seja dado um salário às donas de casa, poderia ser o mínimo”...

Tido como um dos homens mais ricos do mundo, o bilionário mexicano Carlos Slim apresentou uma proposta pessoal para combater a pobreza, permitindo o desenvolvimento das famílias: encerrando os programas sociais.

Durante seu discurso inaugural na Cúpula dos Negócios Mexicanos de 2017, que foi realizada em San Luis Potosí entre os dias 22 e 24 de outubro, o magnata sugeriu que salários fossem pagos às donas de casa.

Segundo o raciocínio do magnata, o recebimento de um valor mínimo sem vínculo com programas sociais seria benéfico para a sociedade, já que tais iniciativas trazem consigo apenas corrupção, clientelismo e despesas burocráticas.

"Que seja dado um salário às donas de casa, poderia ser o mínimo, e então ela decide o que comprar, o que quiser. Isso seria muito mais barato do que os programas sociais", disse o empresário.

Na opinião do homem mais rico do México, as despesas sociais e seus programas "devem ser revisadas", pois "alguns deles têm uma estrutura burocrática, há corrupção e clientelismo".

Dirigir-se à economia interna

Além disso, Slim enfatizou a necessidade de se concentrar na "economia doméstica, setor doméstico" e "procurar investir mais no México". "O grande déficit comercial do país cresceu devido à importação de bens de consumo e devemos ver o que pode ser produzido aqui", disse ele.

O magnata também sugeriu modificar o modelo educacional e melhorar o sistema de saúde no México.

(Fonte: https://br.sputniknews.com/amp/americas/201710319729103-carlos-slim-fim-programas-sociais/, data de acesso 10/11/2017)

#VidasNegras: pelo fim da violência contra a juventude negra no Brasil

Reafirmando o compromisso de implementação da Década Internacional de Afrodescendentes, o Sistema ONU Brasil lançou no Mês da Consciência Negra de 2017, a campanha nacional "Vidas Negras".

A iniciativa busca ampliar, junto à sociedade, gestores públicos, sistema de Justiça, setor privado e movimentos sociais, a visibilidade do problema da violência contra a juventude negra no país. O objetivo é chamar atenção e sensibilizar para os impactos do racismo na restrição da cidadania de pessoas negras, influenciando atores estratégicos na produção e apoio de açes de enfrentamento da discriminação e violência.

Não permita que o racismo deixe a juventude negra para trás

No Brasil, sete em cada dez pessoas assassinadas são negras. Na faixa etária de 15 a 29 anos, são cinco vidas perdidas para a violência a cada duas horas. De 2005 a 2015, enquanto a taxa de homicídios por 100 mil habitantes teve queda de 12% para os não-negros, entre os negros houve aumento de 18,2%. A letalidade das pessoas negras vem aumentando e isto exige políticas com foco na superação das desigualdades raciais.

Segundo pesquisa realizada pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e pelo Senado Federal, 56% da população brasileira concorda com a afirmação de que “a morte violenta de um jovem negro choca menos a sociedade do que a morte de um jovem branco”. O dado revela como os brasileiros têm sido indiferentes a um problema que deveria ser de todos.

A campanha quer chamar atenção para o fato de que cada perda é um prejuízo para o conjunto da sociedade. Segundo dados recentemente divulgados pelo UNICEF, de cada mil adolescentes brasileiros, quatro vão ser assassinados antes de completar 19 anos. Se nada for feito, serão 43 mil brasileiros entre os 12 e os 18 anos mortos de 2015 a 2021, três vezes mais negros do que brancos. Entre os jovens, de 15 a 29, nos próximos 23 minutos, uma vida negra será perdida e um futuro cancelado.

A campanha defende que esta morte precisa ser evitada e, para isso, é necessário que o Estado e sociedade se comprometam com o fim do racismo – elemento chave na definição do perfil das vítimas da violência.

O Brasil está entre os 193 países que se comprometeram com a agenda 2030 de desenvolvimento sustentável, tomado a decisão de não deixar ninguém para trás. Se o racismo tem deixado os jovens negros para trás, ele precisa ser enfrentado. “Vidas Negras” é um convite aos brasileiros e brasileiras a entrar no debate e promover e apoiar ações contra a violência racial.

Acesse o site da campanha: https://nacoesunidas.org/vidasnegras

Acompanhe pelas redes sociais:

(Fonte: Mensagem recebida de UNIC Brazil-ter 14/11/2017 19:25, data de acesso 10/11/2017)

ONU alerta para violência contra mulheres nas comunidades rurais

A violência afeta todos os grupos de mulheres e meninas, independentemente da renda, idade ou educação. No entanto, aquelas que vivem em áreas rurais enfrentam diferentes riscos e desafios na resposta à violência. O contexto rural inclui elevados níveis de pobreza, menor acesso à educação superior e ao trabalho decente, menor capacitação econômica e proteção social, o que aumenta ainda mais a vulnerabilidade de mulheres que estão em relacionamentos abusivos.

O tema é destaque do Dia Laranja Pelo Fim da Violência contra as Mulheres, lembrado a cada dia 25 pelas agências das Nações Unidas no Brasil, em especial pela ONU Mulheres.

#EUTAMBÉM surge da impunidade e da cultura do silêncio em relação à violência sexual, diz ONU

A indiferença em relação à violência sexual é inaceitável, disse a chefe global da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, cujo mandato é promover a igualdade de gênero no mundo. Ela pediu que mulheres e homens levantem suas vozes contra atos de agressão sexual.

As declarações foram feitas após o início do movimento #MeToo (#EuTambém) nas redes sociais de diversos países, no qual mulheres relataram ter sido vítimas de violência sexual. A iniciativa mostra “o quanto há de errado quando as pessoas podem agir impunemente em uma cultura do silêncio”, disse a chefe da agência das Nações Unidas.

(Fonte: Mensagem recebida de ONU MULHERES 16:27 31.10.2017, data de acesso 10/11/2017)

Com menos mulheres no poder, país afunda em ranking de igualdade

Brasil perdeu 11 posições em relatório do Fórum Econômico Mundial que mede a igualdade entre homens e mulheres

Por Talita Abrantes

nov 2017, 20h20 - Publicado em 2 nov 2017, 06h00

São Paulo – No último ano, a igualdade entre homens e mulheres no Brasil andou para trás. É o que revelam dados do Fórum Econômico Mundial, divulgados nesta quinta-feira (2). Segundo a entidade, o país perdeu 11 posições entre 2016 e 2017 no ranking The Global Gender Gap Report 2017.

O país está na 90ª posição entre 144 nações – no ano passado, estava em 79ª e em 67º em 2006, quando começou a série histórica. Nesse período, o fechamento do abismo entre homens e mulheres no país avançou apenas 3%. Entre os países da América Latina e Caribe, esse foi o terceiro pior desempenho em 2017.

Ao redor do globo, a tendência também foi de deterioração dos indicadores que medem a paridade entre os gêneros. Neste ano, a lacuna entre homens e mulheres está 68% fechada. Em 2016, estava em 68,3%. Segundo o relatório, essa é a primeira vez em uma década que o ciclo de igualdade é quebrado globalmente.

A igualdade é medida no ranking em uma escala que vai de 0 a 1 – quanto mais próximo de 1, maior a igualdade entre homens e mulheres. Para o Brasil, a nota registrada em 2017 foi de 0,684, a menor desde 2011, quando estava em 0,668.

Em que pioramos

No caso brasileiro, apesar dos progressos em áreas como educação, saúde e até (uma tímida melhora) no mercado de trabalho, o agravamento da baixa representação feminina na política foi o principal responsável pelo baixo desempenho do país no ranking de 2017.

“A ampliação da lacuna entre os gêneros em termos de empoderamento político foi muito grande para ser contrabalanceada pelo conjunto de modestos avanços no subíndice de oportunidade e participação econômica do país”, afirma o relatório.

No período analisado, o Brasil perdeu 24 posições no índice que avalia o empoderamento político das mulheres em cada nação. Motivo? Agora, temos menos mulheres com cadeiras no alto escalão do governo federal e no Legislativo.

Em 2016, quando Dilma Rousseff ainda era presidente da República, as mulheres ocupavam 15% dos cargos ministeriais, segundo os dados compilados pelo Fórum Econômico Mundial. No governo Temer, esse número caiu para 4%. Essas mudanças levaram o país a despencar de 82º para 134º em participação feminina no alto escalão governamental.

A queda dos Estados Unidos no ranking geral (de quatro casas para a 49ª posição) também se explica pelo mesmo motivo. Por lá, 80% das cadeiras no gabinete de Donald Trump são ocupadas por homens.

Em que avançamos

Apesar dos retrocessos, há alguns indicadores dignos de comemoração. Em 2017, segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil entrou para o seleto grupo das nações que zeraram a desigualdade entre homens e mulheres em termos de educação. Aqui, inclusive, elas chegam até a estudar mais do que eles.

Em termos de participação e oportunidades econômicas, o país avançou nove casas no ranking e passou de 91º para 83º nesse quesito. Mesmo assim, elas continuam ganhando menos do que eles. Segundo o estudo, a renda mensal média de uma mulher no Brasil equivale a 79% do que um homem ganha.

De acordo com o estudo, se a diminuição da desigualdade entre gêneros continuar nesse ritmo, o mundo vai levar 270 anos para equiparar as condições entre homens e mulheres no mercado de trabalho.

(Fonte: https://exame.abril.com.br/brasil/com-menos-mulheres-no-poder-pais-afunda-em-ranking-de-igualdade/, data de acesso 10/11/2017)

“Diferentes, mas iguais”

As escolas e as famílias precisam ser referência de igualdade no tratamento de meninos e meninas

THAIS PAIVA - 8 de fevereiro de 2017

“Desde o começo do ano eu ficava constrangida com os olhares daquele professor. Até que um dia, quando eu estava no corredor esperando a aula, ele passou por mim e falou: ‘Essa calça deveria ser proibida aqui na escola, não vê como tira a atenção dos alunos e dos professores?’”. O relato dessa estudante para o documento “Por que discutir gênero na escola”, elaborado pela ONG Ação Educativa, ilustra como a desigualdade de gênero que trespassa a sociedade é também ensinada e reforçada dentro dos muros das esclas.

A discriminação e a violência contra as alunas se manifestam das formas mais diversas. Estão presentes nas falácias que abalam a autoestima e nutrem a descrença das garotas em suas capacidades como a que diz que meninos são melhores que meninas em Matemática como também na objetificação de seus corpos e no assédio moral e sexual.

Entre as consequências do machismo institucionalizado, absenteísmo, baixo desempenho escolar e autoestima, evasão, entre outros impactos negativos no desenvolvimento e aprendizagem das meninas. Segundo um estudo americano publicado recentemente na revista Science, a partir dos seis anos, as meninas começam a acreditar que são menos brilhantes e desistir de atividades desafiadoras.

A situação, infelizmente, não difere muito quando o escopo são os lares brasileiros. Desde muito cedo, as meninas são pressionadas pelas famílias para se enquadrarem dentro de um ideário limitante de feminilidade. Além disso, como mostra o estudo “Por ser menina no Brasil: crescendo entre direitos e violências”, feito pela Plan, a disparidade na distribuição de afazeres domésticos entre meninas e meninos permanece gigantesca. Um exemplo: enquanto 81,4% das meninas relataram arrumar a própria cama, apenas 11,6% dos irmãos meninos disseram desempenhar a mesma tarefa.

Dados como estes preocupam, pois mostram que a desigualdade de gênero é incitada por aqueles que mais deveriam combatê-la: pais e educadores. “A escola tem uma responsabilidade social em promover a democracia e a ampliação da cidadania. Por isso, é preocupante que acabe, muitas vezes, reforçando estereótipos e preconceitos de gênero”, diz Isis Pagy, diretora presidente da Fundação Vale.

Na visão de Isis, nos últimos anos, presenciamos uma escalada do conservadorismo que, na educação, se manifestou também na retirada das menções a gênero dos Planos Municipais de Educação. “Isso assusta, pois estamos vendo que a violência contra a mulher não está diminuindo e ainda criam-se mecanismos para impedir essa discussão. É preciso tratar as questões referentes as diferenças e desigualdades de gênero com a importância que merece”.

Amana Mattos, professora de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pesquisadora na área de Infância, Juventude e Gênero, lembra que a educação se dá tanto nos espaços mais institucionalizados como a escola quanto nos menos como as relações familiares e de amizade. “Tanto em um quanto no outro, o que se vê é que as normas de gênero são transmitidas muito mais pelas práticas do que pelo discurso. Logo, você pode até dizer, com todas as letras, que meninos e meninas têm os mesmos direitos, mas se em casa ou na escola o tratamento é diferente de nada adianta”, diz.

Ao, por exemplo, exigir que apenas as meninas ajudem a lavar a louça ou colocar a mesa, as famílias estão ensinando, mesmo que inconscientemente, papéis e hierarquias de gênero. “Isso evidencia como precisamos estar sempre repensando, desnaturalizando uma série de relações e práticas que nos são muitos automáticas, apesar de desiguais”, acrescenta.

Mas como desconstruir uma desigualdade tão arraigada em nossa sociedade? Para Amana, um dos grandes problemas é que a escola funciona ainda sob uma lógica binária de gênero, isto é, o masculino e o feminino são entendidos como categorias estanques e excludentes: o que é característico de um não pode ser do outro. Além disso, o espaço escolar faz uma hierarquização dos gêneros, valorizando o masculino em detrimento do feminino. “Há estudos que mostram que quando o espaço é exíguo para a Educação Física, por exemplo, os meninos têm seu espaço do futebol preservado e as meninas ficam sem atividade física”, conta.

Desta maneira, instituir políticas que ajudem a construir um espaço mais acolhedor, que respeite as diferenças e veja na diversidade um ambiente mais rico para a aprendizagem torna-se essencial. “É muito importante que todos os educadores da escola, professores, secretário escolar, merendeira e etc., tenham a compreensão sobre as discussões relacionadas as diferenças e desigualdades de gênero”, defende Isis.

Para a especialista, o tema deve perpassar o planejamento escolar, adentrar reuniões pedagógicas e pautar materiais que sirvam de orientação para os professores e demais educadores. “Por que não trazer a história e a visão das mulheres para os conteúdos escolares? Discutir dados como diferença salarial, déficit de participação política, estereótipos de profissões masculinas e femininas e, claro, a violência fruto da desigualdade são alguns caminhos”, aponta Isis.

(Fonte: http://www.cartaeducacao.com.br/especiais/vale/diferentes-mas-iguais/, data de acesso 10/11/2017)

Pesquisadores acham evidências de que a síndrome da fadiga é uma doença real

Milhões de pessoas em todo o mundo estão lutando com a síndrome da fadiga crônica. Mas a doença é muito confusa e misteriosa e, há décadas, os pesquisadores não conseguem diagnosticá-la corretamente, muito menos encontrar um tratamento ou cura confiáveis. Mas agora os cientistas conseguiram rastrear uma espécie de biomarcadores que se correlacionam com a síndrome. E isso é essencial, porque significa que um exame de sangue para diagnóstico seja confiável para o diagnóstico da doença.

A síndrome da #fadiga crônica (também chamada de encefalomielite miálgica, ME / CFS) é uma das condições médicas mais desconcertantes lá fora.

Seu principal sintoma é a fadiga persistente e inexplicável que pode durar meses ou anos e pode ser tão incapacitante que as pessoas literalmente não podem fazer muito mais, além de se deitarem na cama.

Mais de um milhão de americanos e 2,5 % da população mundial sofrem com o problema. Entretanto, a maior parte dos sintomas é difícil de estudar. Alguns pesquisadores acreditam que se trata de um problema psicológico e não uma ''doença real''. Entretanto, as pessoas com ME/CFS tendem a ter sintomas como gripes e dores corporais. O que leva os pesquisadores a se perguntarem sobre uma possível ligação com o sistema imunológico baixo.

Os pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford analisaram um tipo de sangue mais abrangente para descobrir a ligação de 17 citocinas que se correlacionam com a gravidade dos sintomas de #Fadiga crônica.

A equipe analisou amostras de sangue de 186 pacientes com ME/CFS e as comparou com sangue de 388 pessoas saudáveis para analisar os níveis de 51 citocinas diferentes que se espalham pelo sangue.

Destas 17 moléculas identificados pelos pesquisadores, 13 são conhecidos por promoverem a inflamação, de modo que mais pontos são marcados para a hipótese de que a fadiga crônica é uma doença inflamatória. "Houve uma grande controvérsia e confusão em torno de ME / CFS - mesmo se é uma doença real", explicou o pesquisador Mark Dawis da Universidade de Stanford.

Essas descobertas recentes estão juntando-se ao conjunto de outros estudos recentes que encontraram marcadores biológicos para a fadiga crônica. Apenas no ano passado, pesquisadores descobriram anormalidades metabólicas em pessoas com essa síndrome. No início do ano, um novo estudo mostrou que as pessoas com ME/CFS também têm níveis anormais de bactérias intestinais.

Toda essa pesquisa está realmente afastando os pesquisadores de acreditar que as pessoas que sofrem com essa condição, são pacientes de uma doença imaginária. Agora, a expectativa é para que os pesquisadores consigam descobrir um tratamento para a doença.

(Fonte: https://www.cdb.com.br/posts/49, data de acesso 10/11/2017)

10 sintomas do infarto em mulher que não têm nada a ver com dor no peito

Escrito por Paulo Nobuo

As mulheres são as maiores vítimas fatais de doenças cardiovasculares e pouca gente sabe que, entre elas, os sintomas de um infarto nem sempre são iguais aos dos homens e podem não ter nada a ver com dor no peito.

Sinais poucos conhecidos de infarto em mulheres:

De acordo com estudos, quadros de diabetes tipo 2, hipertensão arterial, estresse emocional e até mesmo depressão estão entre os maiores causadores de infarto em mulheres.

As consequências também costumam ser diferenciadas. Mulheres têm mais chances de ter depressão em decorrência do infarto e abandonam o tratamento de reabilitação cardíaca por causa das responsabilidades com trabalho, família e falta de apoio dos parceiros.

Ao contrário dos homens, que geralmente são mais “supervisionados” pelas companheiras, as mulheres infelizmente nem sempre recebem o mesmo suporte e cuidado, o que pode interferir na recuperação da doença cardíaca. Além disso, elas têm maiores chances de ter sangramento e reinternação após a cirurgia.

(Fonte: https://www.vix.com/pt/saude/548082/10-sintomas-do-infarto-em-mulher-que-nao-tem-nada-a-ver-com-dor-no-peito, data de acesso 10/11/2017)

Violência doméstica contra homens

Yves Zamataro

À semelhança do que ocorria com as mulheres, os homens tendem a esconder ou disfarçar essa situação.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

A violência doméstica praticada contra homens é um assunto pouco debatido em nosso país.

Entretanto, estamos diante de uma dura e triste realidade, a cada dia mais e mais perceptível.

Há dificuldade para se identificar essa violência. Também há resistência e até mesmo vergonha de muitos homens para admitir serem vítimas dessa espécie de violência.

De fato, à semelhança do que ocorria com as mulheres, os homens tendem a esconder ou disfarçar essa situação.

Considera-se violência doméstica todo e qualquer tipo de agressão, seja ela física ou psicológica, ou ainda, conduta controladora, frases insultantes, frases depreciativas, ameaças, tapas, pontapés ou golpes.

Podemos citar, de forma não exaustiva, alguns exemplos de violência doméstica:

  1. insultos, utilização de nomes vulgares atingindo a auto-estima do seu companheiro;
  2. atitudes ciumentas ou possessivas;
  3. ameaças, com violência ou grave ameaça;
  4. agressões físicas (empurrões, chutes, tapas, choques ou quaisquer outras ações que possam machucar o companheiro, seu patrimônio, objetos, filhos, ou animais de estimação); e
  5. prática de relações ou atos sexuais contra a vontade do companheiro.

O homem, vítima de violência doméstica praticada pela sua companheira, em geral, apresenta pouco auto-estima, vergonha e até sentimento de culpa pelo acontecimento.

As consequências dessa espécie de violência são gravíssimas podendo, inclusive, devastar uma relação, face aos danos físicos e psicológicos que causa.

Alguns estudos apontam o ciúme como uma das principais causas dessa violência.

Eduardo Ferreira Santos, em sua obra "Ciúme, o lado amargo do amor" define a pessoa ciumenta da seguinte forma:

"A pessoa ciumenta é tida como alguém que interfere na vida do outro, alguém que cerceia as liberdades individuais, pois o ciumento realmente vasculha bolsos e bolsas, acha-se no direito de abrir correspondência "suspeita", revisa os números de telefone discados pelo outro, procura ouvir conversar na extensão e muito mais."

Atualmente no Brasil inexiste norma específica que trate da violência doméstica praticada contra homens, ao contrário do que ocorre com as mulheres, desde o advento da lei 11.340/06, também conhecida como lei Maria da Penha.

Muito se discute quanto à possibilidade de extensão e aplicação dessa lei aos homens vítimas de violência doméstica.

A princípio, temos que a lei Maria da Penha buscou tutelar de forma específica a mulher vítima de violência doméstica, familiar e de relacionamento íntimo, instituindo tratamento jurídico diverso daquele contido no CP, porque delimita, quanto à sua aplicação, o sujeito passivo das modalidades de agressão, que só pode ser a mulher.

Todavia, interpretando-se de maneira mais profunda os termos dessa lei e a teor do que dispõe o § 9º do art. 129 do CP, que não faz restrição a respeito das qualidades de gênero do sujeito passivo, pode alcançar ambos os sexos.

Luis Flavio Gomes entende por essa extensão desde que se constate alguma analogia fática, impondo-se a analogia in bonam partem.

Pessoalmente, este articulador partilha da opinião daqueles que entendem que os benefícios dessa lei devem ser estendidos a todos os homens que solicitarem proteção ao Judiciário, caso a caso, pois há interesse de agir, e o Judiciário não pode negar a prestação jurisdicional.

De qualquer forma, temos que a extensão da aplicação dessa lei aos homens ainda encontra um posicionamento iniciante em nossa jurisprudência que, apenas em casos isolados, beneficiou e os protegeu contra as arbitrariedades cometidas por suas companheiras.

Imperioso frisar que essa extensão refere-se, apenas, às medidas protetivas de urgência que obrigam o (a) agressor (a) elencadas em seu artigo 22, in verbis:

"Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:

  1. suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
  2. afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
  3. proibição de determinadas condutas, entre as quais:
  1. aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor;
  2. contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação;
  3. frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida;
  1. IV – restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar;
  2. V – prestação de alimentos provisionais ou provisórios."

* Yves Zamataro é advogado do escritório Angélico Advogados.

(Fonte: http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI189666,71043-Violencia+domestica+contra+homens, data de acesso 10/11/2017)