Jornal Espaço Mulher


Edição nº 23 - de 15 de Dezembro de 2003 a 14 de Janeiro de 2004

Olá Leitores!

REVISÃO DE VALORES

O ano de 2003 surpreendeu-nos com a participação de mulheres junto ao crime organizado, no palco das corrupções, em assassinatos, em conluio de politicagens, em escândalos na mídia, enfim, trata-se de algo ainda não muito expressivo, estatisticamente, porém, de alta relevância para pesquisas e políticas educacionais, religiosas e até mesmo jurídicas e públicas.

Na primeira análise que se faça nos casos de corrupção pública e crime organizado iremos encontrar as mulheres aliadas (ou atreladas) ao marido, companheiro ou amante, que tanto disputam a preferência deste como querem a “riqueza fácil” oferecida, e aqui elas entram praticamente de sócias na montagem dos esquentamentos de dinheiro aplicados em imóveis, carros de luxo, viagens e jóias.

A não muito tempo ouvi de uma ilustre senhora, com idade para ser minha mãe, dizer que ser honesto e correto é “demodée” (fora de moda), e até zombava de uma outra que estava empobrecida porque não soube segurar o marido rico e influente. Respondi-lhe que o importante é sempre provar a origem do dinheiro, ter um estilo de vida condizente com o cargo que se exerça, porque ninguém faz milagre, e os controles hoje são mais fáceis pelos cruzamentos de dados da tecnologia. E, que se deve considerar louvável a atitude e uma mulher, mesmo apaixonada, ou casada há muitos anos, não se deixar corromper pelo falso brilho do que não lhe pertence, principalmente, porque na Constituição temos os direitos e deveres iguais aos do homem, por tal motivo, torna-se necessário uma revisão de valores, inclusive os conjugais e familiares.

Mesmo dentro deste tema, já vi mulheres com excelente currículos e experiência comprovada ser tratada com desdém e preterida em escolhas profissionais, porque a oportunidade era para quem tinha influência política e riqueza na família, embora não fosse solicitada a origem e os métodos desta para comprovar o que quer que seja, aliás, se é preciso comprovar o conhecimento e a excelência, nada mais justo fazer outras provas também.

Os valores conjugais precisam ser revistos e as leis também, que venham em socorro de mulheres que queiram se libertar da convivência e do risco que as envolvem os laços da corrupção. Se vê muitos movimentos de mulheres em busca da libertação sexual e o a que isto entorna, se vê muitos outros que militam contra a violência física a que são submetidas, porém, ainda faltam bandeiras de luta que abranjam as questões de sofrimento psicológico, de apoio à moralidade de costumes de mulheres que estão aprisionadas no círculo corruptivo de qualquer origem que esse seja.

É lamentável que este tema ainda não faça parte das pautas, pois a segurança da mulher e de sua prole, quanto à violência doméstica, e daí se estendendo até mesmo profissionalmente, como já foi noticiado casos que envolveram secretárias, perpassa as redes das classes baixas, pois há mandantes poderosos e impunes, que mantém em cativeiro almas femininas amedrontadas, sem saber como agir e como se proteger, quando fizer a opção por uma vida regrada, quer seja por uma questão de moral, religiosa ou de cumprimento às leis.

Obviamente, que o não existir algo para que não se alastre o envolvimento de mulheres no mundo do crime, ou que proteja as que dele queiram se livrar e não sabem como, traça um cenário muito triste para o futuro de qualquer nação, pois são as mulheres as primeiras educadoras, desde o ventre materno aos primeiros bancos escolares, e são as confidentes nas cenas amorosas desde a adolescência. Portanto, há um importante papel a ser exercido para que tragédias não mais se propaguem, ou para que delas não sejam vítimas.

A fé e a crença em bons valores espirituais e morais, independente da confissão religiosa, poderá ser o alicerce, mas é no apoio da Justiça que se encontra a alavanca para que isto ocorra, e cabe a esta estender sua proteção e amparo aos defensores dos bons valores sociais e não deixar impunes os infratores, de todos os escalões.

Perder a fé na força espiritual e perder a crença na justiça é transformar-se em algo que não é humano, que não é gente.

Também acreditamos que se deva homenagear os bons profissionais da justiça brasileira, pois deles dependemos todos nós como nação, e valorizá-los não apenas no Dia da Justiça, ou no Dia do Ministério Público, assim estaremos todos trabalhando pela paz social, no que se inclue as lutas femininas.

Ofereço este artigo àquelas mulheres que não consideram ser fora de moda ser correta e cumprir as leis, e em conforto as que estão “amordaçadas pelo sofrimento psicológico” de situações para as quais ainda não encontraram as soluções.

Ano novo, buscas e lutas novas, sementes semeadas, colheitas em pequenas ou grandes safras, que alimentam além do semeador. Palavras são sementes; vamos pois semear o amor, a paz, a compreensão, a solidariedade, estes são os nossos votos.

Esperamos que a edição n.° 23 seja útil com as informações que selecionamos. Abraço de Elisabeth Mariano e equipe ESPAÇO MULHER.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO SUL ENTREGA PRÊMIOS AOS JORNALISTAS VENCEDORES

“A comissão julgadora da 5ª edição do Prêmio de Jornalismo Ministério Público do Rio Grande do Sul definiu os 4 trabalhos vencedores do prêmio, que foi entregue em 9 de dezembro, no Palácio do Ministério Público. A ARI / Associação Rio Grandense de Imprensa e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS integraram a comissão que escolheu os melhores trabalhos.

Os vencedores receberam um prêmio em dinheiro, correspondente ao piso salarial de Porto Alegre, e uma comenda, oferecidos pela Associação do Ministério Público e a Escola Superior do Ministério Público, além de um final de semana no Hotel Continental, em Canela/RS. Foram os vencedores:

Categoria Reportagem/Rádio: “Ministério Público no combate ao mau uso da água, ouro do século 21”, de Leandro Staudt, veiculado pela Rádio Gaúcha;

Categoria Reportagem/TV: “Ministério Público entra na luta pela Paz no campo”, de Luci Jorge, veiculado pela Band TV.

Categoria Reportagem/Impressa: “Ministério Público define ação contra o crime”, de Rodrigo Cavalheiro, publicada na Zero Hora.

Categoria Foto Jornalismo: Foto publicada em de junho, na primeira página do Correio do Povo, mostrando a operação de uma força-tarefa na cidade de Vacaria, integrada pela Promotoria de Justiça Especializada Criminal, com o objetivo de cumprir mandado para coibir o tráfico de drogas. Trabalho de Cristiano Sant'Anna."

(Fonte: Svendia Chaves, da equipe do site Bem Informado, in Portal Comunique-se de 3/12/03)

AMA COMPLETA 20 ANOS E OFERECE AOS AUTISTAS EDUCAÇÃO ESPECIAL E MELHORES CONDIÇÕES DE INTEGRAÇÃO

A AMA (Associação de Amigos do Autista) foi fundada em 1983, e nestes 20 anos desenvolveu um “trabalho focado em oferecer ao autista uma vida digna, garantindo direitos como trabalho, saúde, lazer e integração social, além de oferecer também à família das pessoas autistas orientação para a convivência com o portador da síndrome. Após ter constatado a ausência de qualquer abordagem educacional no país que pudesse ser utilizada para ajudar o autista, a instituição passou a promover e incentivar pesquisas e difundir o conhecimento acumulador.”

“A educação especial na AMA é baseada no Método TEACCH (Treatment and Education for Autistic and a related Communication handicapped Children) e utiliza recursos de educação montessoriana e do ABA (Applied Behavior Analysis – Análise Aplicada de Comportamento). Dessa forma, a AMA estrutura o ambiente e os meios de aprendizado, utilizando elementos concretos, que são mais facilmente compreendidos pelo autista”.

“A comunicação é ma área bastante afetada em pessoas autistas, o que influi no aprendizado e é origem de sérios problemas comportamentais”, comenta Mariana Mello, assessora do desenvolvimento organizacional da AMA.

A AMA já recebeu quase uma dezena de importantes prêmios em reconhecimento a qualidade e eficiência na prestação de serviços aos autistas, seus familiares e contribuião as pesquisas acadêmicas e científicas.

(Fonte: MaxPressnet – 18.11.03)

MULHERES PARTICIPAM DE COLETÂNEA DE ROMANCES POLICIAIS

Lançada com o título “Elas são de Morte” pela Editora Rocco, e criada e coordenada por Denise Assis, a coletânea de romances policiais, composta por 20 títulos, foi lançada em 26 de novembro, sendo que a maioria das autoras são jornalista.

“O Jantar da Lagartixa”, da jornalista Atenéia Feijó; “Aula de Matar” da jornalista e professora de jornalismo Ana Arruda Callado; “Primeiro Crime”, da escritora Carmem Moreno foram as três primeiras obras lançadas “Vende-se um vestido de noiva” de Denise Assis; e “Saracusa.com” da atriz Elinne Narducci serão lançados em janeiro de 2004.

(Fonte: Comunique-se em 01/12/03)

FÓRUM SOCIAL DAS AMÉRICAS

Estão abertas as inscrições para as organizações e atividades autogestionadas para o Fórum Social das Américas, que acontecerá em Quito/Equador, entre os dias 8 a 13 de março de 2004. Informações no http://www.forosocialamericas.org; ou por e-mail: foroamericas@fsmecuador.org.

ENSINO SUPERIOR E PORTADOR DE DEFICIÊNCIA

“A Portaria do Ministério da Educação GM/MEC nº 3284, de 7 de novembro de 2003, dispõe sobre requisitos de acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências, para instruir os processos de autorização e de reconhecimento de cursos, e de credenciamento de instituições, determinando que sejam incluídos nos instrumentos destinados a avaliar as condições de oferta de cursos superiores, para fins de autorização e reconhecimento e de credenciamento de instituições de ensino superior, bem como para renovação, conforme as normas em vigor, os mencionados requisitos." (DOU de 11.11.03, MEC)

(Fonte: De olho em Brasilia, nº 139 de 17.11.03)

AGENDE LANÇA MOVIMENTO DE INDICAÇÃO E APOIO À CANDIDATURA DE SILVIA PIMENTEL PARA O COMITÊ CEDAW

“Em agosto de 2004 serão realizadas as próximas eleições para o Comitê das Nações Unidas sobre a Eliminação da Discriminação contra a Mulher (Comitê CEDAW), o qual monitora a implementação pelos Estados-partes da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW, ONU, 1979).

O Comitê CEDAW é formado por 23 especialistas independentes eleitas pelos Estados-parte da Convenção para um mandato ad honorem (não remunerado) de (quatro) anos, as quais atuam não como representante dos Estados, mas sim por sua competência, capacidade e compromisso individual reconhecidos no campo dos direitos humanos das mulheres.

O Brasil, como Estado-parte da Convenção, poderá - e ao que tudo indica deverá - apresentar até janeiro de 2004 a indicação do nome de uma candidata brasileira para concorrer aos postos vacantes nas próximas eleições. É, pois, de extrema relevância, urgência e oportunidade que o movimento de mulheres brasileiras impulsione o processo de seleção em âmbito nacional, indicando e apoiando o nome de uma especialista que seja sua legítima representante, a fim de que o governo brasileiro apresente a indicação de sua candidatura ao Comitê CEDAW.

Nesse sentido, a AGENDE – Ações em Gênero, Cidadania e Desenvolvimento, dando continuidade à proposta acordada na reunião de 12 de abril de 2003, em São Paulo, com as Redes e Articulações Nacionais de Mulheres Brasileira, durante o processo de elaboração do Relatório Alternativo da Sociedade Civil à CEDAW, tem o prazer de lançar o movimento de indicação e apoio à candidatura de Silvia Pimentel para o Comitê CEDAW.

Silvia Pimentel, jurista brasileira, é professora doutora em Filosofia do Direito da PUC/SP e coordenadora nacional do CLADEM - Brasil seção nacional (Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher). Militante histórica do movimento feminista e de mulheres, é protagonista de ma trajetória inquestionável de compromisso ético, político e jurídico voltados à eliminação das profundas desigualdades sociais de gênero, raça/etnia e sócio-econômicas, em especial através de mecanismos de empoderamento e melhoria da condição do status socio-jurídico das mulheres brasileiras.

Com forte atuação e reconhecimento na área dos direitos humanos das mulheres em âmbito nacional, regional e em especial da América Latina e Caribe - e Internacional, Silvia Pimentel tem dedicado sua carreira à luta pelo fim da discriminação e violência de gênero nos mais diversos espaços de poder, junto às organizações governamentais e não governamentais”.

“Assim sendo, convocamos a todas as pessoas e grupos comprometidos com a promoção e defesa dos direitos humanos que difundam essa informação, e que se envie cartas de manifestação e apoio à indicação do nome de Silvia Pimentel para as eleições do Comitê CEDAW.”

(Fonte: Marlene Libardoni – diretora executiva AGENDE)

SEMINÁRIO: INCLUSÃO DA DIVERSIDADE – GÊNERO E ETNIAS

Com painéis e conferencistas especializados no tema, o Seminário: “Inclusão da Diveersidade- Gênero e Etnias”, coordenado pela Dra. Maria Aparecida de Laia, assessora ACGE, da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo ocorreu no dia 4 de dezembro. Foram temas:

“Gênero e Raça: a inclusão no cinema”: Noel Carvalho (cineasta do Cinema Feijoada); Arthur Autran (Prof. De História do Cinema da Universidade Federal de São Carlos); Coordenadora: Lucimara Martins.

“Invisibilidade na mídia”: Marcelo Tragtenberg (prof. do departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina - membro dos grupos de trabalho de Etnia, Gênero e Classe da ANDES – SN e da APUFSC); Artur Matuck (ex- presidente do Conselho da Comunidade Negra; Coordenadora: Maria Aparecida de Laia.

“Inclusão no Teatro”: Maria Marta Baião Tebet (Atriz, fotógrafa, psicodramatista); Eduardo Silva (ator); Coordenador: João Acaiabe (ator).

“Inclusão nas artes visuais”: Jader Nicolau (fotógrafo); Diógenes Moura (curador da Pinacoteca); Coordenador: Luís Paulo de Lima (fotógrafo).

“Inclusão à Literatura “: Oswaldo de Camargo; Coordenador: Mauricio Pestana.

(Fonte: assessoria ACGE)

LANÇAMENTO DO MUSEU DO NEGRO

O Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo em parceria com a Prefeitura Municipal de São Paulo e com o Governo do Estado de São Paulo lançou o MUSEU DO NEGRO, no Pavilhão Manoel da Nóbrega – Parque Ibirapuera, no dia 20 de novembro.

(Fonte: Elisa Lucas Rodrigues – Presidenta do Conselho da Comunidade Negra)

20 ANOS DA MICROSIGA

“A MICROSIGA Software fundada em 1983, especializada no desenvolvimento de tecnologia e sistemas de gestão empresarial, comemora os seus 20 anos de sucesso tendo sido a única empresa brasileira a figurar entre as 10 maiores no ranking das “100 Maiores Empresas de Software” e a primeira entre as ISVs nacionais, com 19,2% de market-share.

Também foi eleita a melhor em software e o destaque entre as empresas de tecnologia de São Paulo, pela Revista INFO 200 Maiores Empresas de Tecnologia do Brasil (Editora Abril). Também foi eleita por 5 anos consecutivos (de 1998 à 2002) uma das “100 Melhores Empresas para se Trabalhar no Brasil”, segundo a Revista Exame.”

(Fonte: http://www.microsiga.com.br)

VII CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DA ENDEAVOR E ANPROTEC

Voltada para o emprededorismo como fonte de geração de renda, a 7ª Conferencia Internacional da ENDEAVOR e da ANPROTEC ocorreu em São Paulo, tendo entre os o conferencistas: Artur Gynbraum (o Boticário); Eduardo Bom Angelo (BrasilPrev); Marcos Wettreich (iBest); Paulo Renato de Souza (ex-ministro da Educação); Pedro Moreira Salles (Unibanco); Ricardo Sayon (Ri Happy Brinquedos); Robinson Silva (China in Box).

(Fonte – ENDEAVOR)

JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO DA LIBRA

A Liga das Mulheres Eleitoras no Brasil (LIBRA/SP) por meio da presidenta executiva Raquel Alessandri e demais diretoras deram a posse a diretoria de mulheres empresárias - que atuaram no “Fórum de Mulheres do Mercosul do Estado de São Paulo”, em jantar de confraternização, em 8 de dezembro.

(Fonte: LIBRA/SP)