Jornal da Mulher Brasileira


Edição nº 130 - de 15 de Novembro de 2012 a 14 de Dezembro de 2012

Olá Leitoras! Olá Leitores!

Uma profissão nova e promissora, que beneficiará muito as mulheres

Quem estudou o antigo ginasial nas épocas de 1960, principalmente em colégio de religiosas encontrava uma disciplina chamada economia doméstica, em que se ensinava desde como administrar a casa, a empregados, até mesmo como mantê-la limpa, cuidar de filhos e marido, da própria beleza, fazer quitutes saborosos dentre outras, que envolviam até o artesanato nas artes domésticas.

Com o advento das reformas pós ditadura o ensino sofreu mudanças, nas quais esta também ficou nos planos esquecidos.

Atualmente há bacharelado com duração média de 4 anos e, geralmente, no 3º ano o aluno deve escolher entre Licenciatura ou Bacharelado. Entre as disciplinas oferecidas estão: Economia Familiar, Noções de cálculo e bioquímica, Desenvolvimento da Criança, Administração, Princípios de Nutrição e Higiene.

A Economia Doméstica doravante atua nas áreas de alimentação, higiene, saúde e vestuário familiares e de empresas e, ainda, com as leis do direito do consumidor, todas estas relacionadas ao desenvolvimento de pessoas e instituições.

Há vagas em Atualmente, hospitais, creches, escolas e empresas necessitam de alguém que regule atividades diárias rotineiras. Cabe a/ao profissional economista doméstico, auxiliar no gerenciamento de tarefas simples como:

(Referencia http://vestibular.brasilescola.com/guia-de-profissoes/economia-domestica.htm)

Brindando mais esta oportunidade de carreira e uma nova profissão para nós mulheres, entregamos esta edição nº 130 com um fraternal abraço e muita pesquisa de notícias e novidades para você.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

Lei Direito da Gestante a um Parto Seguro

A Lei nº 11.643/2007, de autoria da deputada federal Luiza Erundina, garante o direito da gestante ao conhecimento e a vinculação à maternidade onde receberá assistência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Sancionada pelo Presidente Lula, em 28 de dezembro de 2007, a referida Lei estabelece que a vinculação da gestante à maternidade deva ser feita no ato da inscrição no programa de assistência pré-natal nos serviços municipais de saúde, sobre reponsabilidade do SUS.

Segundo a deputada Luiza Erundina, referida Lei representa valiosa conquista do movimento de mulheres em sua luta no combate à mortalidade materna que tem entre suas principais causas a falta de assistência adequada, no pré-natal, e condições seguras na hora do parto.

Contato: dep.luizaerundina@camara.gov.br

Petição pelo Fim da Impunidade

(divulgação a pedido do gabinete da deputada federal Keiko Ota)

Por um BRASIL LIVRE da violência e sem impunidade

Você sabia?

Em breve será revisado o Novo Código Penal. Existem propostas que vão abrandar as leis e criar mais benefícios para aqueles que cometeram crimes hediondos.

Acreditamos que a violência no nosso país ocorre justamente pela impunidade que assombra várias facetas do nosso sistema.

Estamos chamando a atenção dos parlamentares e da população sobre a importância de tornar o código penal mais rígido contra crimes hediondos.

Com esta petição, buscamos:

Contamos com sua participação!

Assine on line e participe:

http://www.pelofimdaimpunidade.com.br

Mais informações pelo telefone: (11) 2225-3145

http://www.facebook.com/fimdaimpunidade

Os megaeventos e a exploração sexual

Lívia Gimenes Dias da Fonseca

Doutoranda em Direito/UnB e integrante do projeto Promotoras Legais Populares do Distrito Federal (PLPs/DF)

Os Megaeventos, que incluem a Copa do Mundo e as Olimpíadas que irão ocorrer no Brasil em 2014 e 2016, respectivamente, mobilizam as práticas de esporte, mas também as mais variadas práticas de violações de Direitos Humanos. A Revisão Periódica Universal da ONU, lançada em maio de 2012, questiona a violação de direitos humanos na preparação para Copa de 2014 em especial no que tange a reestruturação urbana que já tem provocado deslocamentos e despejos forçados1.

Em ritmo de Rio+20, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) já tem demonstrado preocupação com o impacto ambiental dos megaeventos. O PNUMA prevê que a Copa do Mundo gerará o aumento de 5,5 milhões de turistas, que visitam anualmente o Brasil, para em torno de 7,2 milhões, realizando campanha mundial para que os estrangeiros busquem opções de atividades turísticas de baixo impacto ambiental2. Todavia, a preocupação do movimento feminista está em relação ao impacto que este aumento do turismo pode realizar sobre os corpos das mulheres que são colocados como “ofertas” turísticas aos visitantes.

O turismo sexual se beneficia das facilidades oferecidas pela indústria do turismo (hotéis, bares, clubes noturnos, etc.) para servir a turistas nacionais e estrangeiros por meio da oferta de “pacotes turísticos” que incluem “promoções” de exploração sexual comercial de mulheres, crianças e adolescentes frequentemente vitimizadas pelo tráfico de pessoas.

A Fundação francesa Scelles apresentou recentemente estudo comprovando que essas grandes competições internacionais permitem que as redes criminosas “aumentem a oferta” de prostitutas. Na África do Sul, por exemplo, o número de prostitutas no país, estimado em 100 mil, aumentou em 40 mil pessoas durante a Copa do Mundo3. Outro exemplo, em março de 2012, a Procuradoria Especializada em Defesa da Criança e do Adolescente de Mato Grosso denunciou um sitio na internet denominado “Garota Copa Pantanal 2014” que divulgava vídeos e fotos de garotas menores de 18 anos em posições sensuais com camisetas promocionais alusivas ao torneio de futebol4.

Importante ressaltar que o enfrentamento à exploração sexual de mulheres não se faz coagindo as profissionais do sexo, isto é, culpabilizando as mulheres pelas violações de direitos a que são submetidas. Afinal, prostituição não é crime. O que se busca combater são a exploração e o abuso da vulnerabilidade em que, por vezes, se encontram essas mulheres.

Em todo o mundo, estima-se que, por ano, 2,5 milhões de pessoas sejam vítimas de tráfico de seres humanos, atividade que submete suas vítimas a cárcere privado, exploração sexual, trabalho escravo e venda de órgãos humanos5. Este crime afeta principalmente mulheres e meninas, que representam 79% dos casos6. O Estado de Goiás ocupa a primeira posição do ranking nacional de tráfico de pessoas. De acordo com dados de inquéritos apurados pela Polícia Federal, o estado goiano foi responsável, nesta década, por 140 (18,6%) dos 750 casos registrados em todo o País nesse período7.

O Distrito Federal também é uma importante rota da exploração sexual de crianças e adolescentes. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, a cada três dias é encontrada uma criança ou adolescente em situação de risco nas estradas que cortam a capital e o Entorno. Em 2011, houve 124 flagrantes em carros, bordéis e boleias de caminhão9.

Os dados do Disque Denúncia 100 da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), referentes ao período de janeiro a fevereiro de 2011, demonstram que o sexo feminino corresponde à maioria das vítimas nas mais variadas formas de violência sexual praticadas contra crianças e adolescentes: são 80% das vítimas de exploração sexual, 67% de tráfico de crianças e adolescentes, 77% de abuso sexual e 69% de pornografia10.

O Pacto Nacional de Enfrentamento à violência contra a mulher obriga o Estado brasileiro a implementar campanhas e apoiar ações educativas permanentes que possibilitem a desconstrução dos mitos e estereótipos relacionados à sexualidade das mulheres e à naturalização da violência contra as mulheres; e que promova o enfrentamento à exploração sexual e ao tráfico de pessoas, principalmente nas cidades sede da Copa do mundo 2014 (eixo II, item 2 - f).

Para fiscalizar as ações do Estado e pressionar para que haja medidas efetivas de proteção aos Direitos Humanos estão sendo organizados diversos Comitês Populares da Copa e a temática da exploração dos corpos de mulheres, crianças e adolescentes não pode ficar de fora dessa vigilância11.

(1) Disponível em http://www.onu.org.br/revisao-periodica-universal-da-onu-questiona-direitos-humanos-na-preparacao-paracopa-de-2014

(2) Disponível em http://www.onu.org.br/rio20/pnuma-lanca-passaporte-verde-para-conscientizar-turistas

(3) Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/01/120118_prostituicao_df_is.shtml, acesso em 04/06/2012.

(4) Disponível em http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2012/03/site-e-suspeito-de-usar-meninas-de-biquini-parapromover-copa-em-mt.html, acesso em 04/06/2012.

(5) Saiba mais em http://www.oitbrasil.org.br/sites/default/files/topic/tip/pub/cidadania_direitos_humanos_372.pdf

(6) Disponível em http://www.andi.org.br/infancia-e-juventude/pauta/trafico-de-pessoas-numeros-no-brasil, acesso em 04/06/2012.

(7) Disponível em http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4801416-EI5030,00-Goias+lidera+o+ranking+de+trafico+de+pessoas+no+Brasil.html, acesso em 04/06/2012.

(8) Notícia “DF na fronteira da exploração sexual infantil”, do Correio Braziliense, de 01/06/2009, Cidades, p. 17. Em relação a estas denúncias, foi instalada em março de 2012, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Distrito Federal.

(10) Disponível em http://www.cet.unb.br/turismoeinfancia/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=143:18-de-maio-dia-nacional-de-combate-ao-abuso-e-a-exploracao-sexual-de-criancas-e-adolescentes&catid=13:noticias&Itemid=24, acesso em 04/06/2012.

(11) Saiba mais em http://www.portalpopulardacopa.org.br/index.php

(Fonte: http://www.cfemea.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3714:os-megaeventos-e-a-exploracao-sexual&catid=390:numero-172-janeiro-a-junho-de-2012&Itemid=129)

Saúde Mental: Quando internamos os Centros de Atenção Psicossocial?

Imagem publicada – a maquete projetada de um novo hospital, o futuro IAD (Instituto de Álcool e Drogas, a ser construído na região da Pompéia, em São Paulo/SP. Segundo a matéria do jornal da USP, com o endereço (link) citado ao fim desta publicação, “com investimento de R$ 59 milhões, o Instituto de Álcool e Drogas (IAD) da USP terá atuação multidisciplinar e oferecerá atendimento à sociedade em geral e à comunidade universitária...”. um espaço que abrigará uma unidade de internação, o CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL/ÁLCOOL E DROGAS (CAPSAD), o ambulatório especializado em dependência química, o CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CREAS), além de programas de capacitação a profissionais que atuem com dependência química no interior do estado de São Paulo e nas regiões norte, nordeste e centro-oeste.

Esta notícia está circulando em minha mente há dias. Li pela primeira vez o texto, ao pesquisar sobre o tema tão falado atualmente chamado de epidemia: o crack. Minhas situações de afastamento das atividades da saúde mental me fazem buscar a manutenção do conhecimento sobre todos seus campos. e, quando, como dizia Nietzsche, nos afastamos da cidadela é que podemos re-conhecer os seus muros...

A construção de um novo hospital, quando existe esse apelo compulsório e biopolítico de internação de todos os “viciados” é sempre uma boa e uma má notícia. e por que existiria e existirá essa ambivalência e ambiguidade?

Primeiro olhamos a notícia do investimento de muitos recursos e de busca de um “enfrentamento” da alardeada e visível situação da drogadição em nosso país. Mas se relemos e repensamos a notícia vamos encontra os seus avanços e seus retrocessos. o que poderiam ser avanços com a estrutura, deste novo edifício de cinco andares, com a ‘inclusão’ de um CAPSAD ocupando um de seus andares, pode ser a reinserção arquitetônica de um modelo que contraria, por exemplo, a ação dos chamados “consultórios de rua”.

A pergunta sobre a internação dos centros de atenção psicossocial vem desta proposta, com apoio do governo federal, da secretaria estadual de saúde e do renomado instituto de psiquiatria da USP. não estaremos ativamente restringindo ao modelo biomédico o cuidado dos cidadãos (ãs) marginalizados, quase sempre sob pontes, à margem de trilhos, ferrovias ou beiras da cidade?

Leia a materia completa de autoria do psiquiatra Dr. Jorge Marcio Pereira Andrade em http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2012/11/saude-mental-quando-internamos-os.html

copyright/left – jorgemarciopereiradeandrade (favor citar o autor e as fontes em republicações livres pela internet ou quaisquer outros meios de comunicação de massa)

autor: dr. Jorge Márcio Pereira de Andrade... profissão: médico, psiquiatra e psicoterapeuta pós-graduação e especialização: Instituto de Psiquiatria da UFRJ.

http://www.defnet.org.br/oautor.htm

(Fonte: http://infoativodefnet.blogspot.com.br/2012/11/saude-mental-quando-internamos-os.html)

Cartilha Direito à Saúde Mental

http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/publicacoes/saude-mental/direito_saude_mental_2012/

Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat

Quais são esses serviços substitutivos extra-hospitalares para o tratamento das pessoas com transtornos..... nas áreas de saúde e de justiça, propondo envidar esforços no... as ações, os serviços e os equipamentos necessários à.... Receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento;...

Projeto de Lei sobre o Fator Previdenciário requer atenção dos professores

A votação na Câmara dos Deputados da proposta que muda as regras do fator previdenciário deve acontecer até o final deste mês e requer toda atenção dos professores.

O que está em jogo não é o fim do fator, mas, sim, uma proposta que altera as regras de cálculo, estabelecendo um limite a partir do qual o fator previdenciário deixaria de ser aplicado.

(Fonte: http://www.sinprosp.org.br)

10 Mitos e Verdades na Educação Brasileira

'Porvir' listou verdades em que as pessoas costumam acreditar e pediu comentários de um especialista

Fonte: Portal Porvir - 06 de novembro de 2012

Será que os professores brasileiros dão aula em várias escolas ao mesmo tempo? Será que os alunos sabem mais português que matemática? O Porvir listou dez verdades em que as pessoas costumam acreditar quando se trata de educação e decidiu classificá-las como mito ou verdade. Para tanto, recorreu ao QEdu, plataforma que entra no ar hoje com dados educacionais do País organizados de maneira atraente, e convidou o especialista Ernesto Martins, da Fundação Lemann, para comentar essas hipóteses.

Como o Porvir adiantou em agosto, o QEdu é um sistema online lançado pela Fundação Lemann e pela Meritt que permite que qualquer pessoa tenha acesso fácil e intuitivo a dados oficiais do Ministério da Educação referentes à Prova Brasil (seus resultados e questionários socioeconômicos de 2007, 2009 e, em breve, 2011) e ao Censo Escolar – que, verdade seja dita, já estavam disponíveis, mas o chegar a eles nem sempre era fácil e cruzar esses dados mais difícil ainda. Nesse ambiente virtual, será possível comparar desempenhos de cidades e estados, ver a proficiência dos alunos a partir de suas notas na Prova Brasil e ter acesso aos contextos em que esses alunos estão inseridos com dados atualizados do Censo Escolar. Confira!

1. Professores brasileiros dão aula em muitas escolas

Mito. No Brasil, 57% dos professores dão aula em apenas uma escola; 37% lecionam em 2; 5% em 3 e 1% em 4.

Caminho: Escreva “Brasil” na janela de busca. O site redirecionará para uma tela em que aparecem várias abas. Selecione a última, chamada “Panorama”. Abaixo, selecione a opção “Professores” para ter informações detalhadas. Ao lado esquerdo, dentro da janela Perfil, clique em “Trabalho”. Uma aba se abrirá abaixo e clique na opção “Rotina”. A pergunta referente ao número de escolas em que atua é a 21, segunda a ser mostrada na tela.

Análise do especialista. É muito difícil avaliar o perfil dos professores da educação básica como um todo. Os professores de educação infantil são muito diferentes dos professores do ensino fundamental, por exemplo. O perfil dos professores de língua portuguesa também é diferente do perfil dos professores de física. A análise específica da condição de trabalho declarada dos professores de todo o país de língua portuguesa e matemática dos alunos que fizeram a Prova Brasil mostra que muitos professores dão aulas apenas em uma escola (principalmente os do 5º ano).

2. Matemática é o calcanhar de Aquiles dos alunos brasileiros

Verdade. Se comparados com os resultados de língua portuguesa, os de matemática são realmente piores. Apenas a título de exemplificação, 10% dos brasileiros chegam ao fim do 9.º ano com o conhecimento adequado em matemática. Em português, esse porcentual é de 23%.

Caminho: Escreva “Brasil” na janela de busca. O site redirecionará para uma tela em que aparecem várias abas. Selecione a quarta, chamada “Explorar Estados”. Dentro dessa página haverá o percentual de aprendizado de cada disciplina (português e matemática) em cada um dos estados. Do lado esquerdo da tela, clique na opção “Disciplina”, onde é possível escolher se serão analisados dados de português ou matemática, e “Etapa”, onde se deve selecionar se as informações serão de 5.º ou 9.º ano.

Análise do especialista. Os índices de aprendizado em matemática são, de fato, muito mais baixos do que os de língua portuguesa. Como boa parte das habilidades em matemática é desenvolvida apenas na escola, isso aponta um problema no ensino grave.

3. As escolas do Norte e do Nordeste vão de mal a pior

Mito. Nenhum estado brasileiro piorou seu desempenho em nenhuma das quatro provas avaliadas (português 5.º e 9.º anos; matemática 5.º e 9.º anos). É verdade que alguns deles não evoluíram em nada, mas alguns estados do Norte e do Nordeste vêm se destacando como estados que mais aumentaram suas notas, como Acre, Ceará, Rondônia e Tocantins. Em muitos casos, eles estão acima da média nacional.

Caminho: Escreva “Brasil” na janela de busca. O site redirecionará para uma tela em que aparecem várias abas. Selecione a quarta, chamada “Explorar Estados”. Para fazer essa comparação, é preciso clicar em “Ativar o Modo Avançado”. Em seguida, na opção de “Ordene os Resultados”, selecione “Evolução”. Do lado direito da tela, todos os Estados brasileiros ficarão listados conforme a evolução no ano e na matéria selecionados. Por exemplo, selecionando português e 5.º ano, Ceará aparece como o 5.º Estado com maior evolução. Existe também a opção de estabelecer comparações entre os estados. Clique uma vez no Acre, Ceará e Tocantins, depois selecione “Comparar” e então “Abrir”. Para cada Estado será aberta uma caixa que apresenta sua evolução na disciplina selecionada, o número de matriculados, entre outros dados. Essa mesma operação pode ser executada para avaliar o ensino da mesma disciplina no 9.º ano, assim como matemática nos dois anos.

Análise do especialista: Um ponto muito importante é que médias mais baixas na prova Brasil em uma região do país não necessariamente apontam que as escolas são as piores, pois as notas dos alunos não indicam o quanto foi agregado pelas escolas. No Norte e no Nordeste, a escolaridade e o nível socioeconômico dos pais são mais baixas, o que está correlacionado a condições mais insatisfatórias para o aprendizado fora da escola (e que influenciam no resultado). Apesar de esses estados virem evoluindo de modo insatisfatório, como no resto do país, algumas redes vêm obtendo um avanço considerável, em especial do estado do Ceará.

4. É mais fácil ter notas maiores nos anos iniciais do que nos anos finais

Verdade. Comparativo das notas da Prova Brasil 2007 e 2009 mostra consistência no resultado melhor no 5.º e no 9.º ano tanto em português quanto em matemática.

Caminho: Escreva “Brasil” na janela de busca. O site redirecionará para uma tela em que aparecem várias abas. Selecione a quinta, chamada “Proficiência”. As proficiências em português e matemática no 5.º e no 9.º ano nas provas de 2007 e 2009 aparecerão em quadradinhos já no alto da tela. Para verificar detalhes de cada uma das variáveis (disciplinas e anos), basta selecionar a opção desejada acima dos quadradinhos.

Análise do especialista: O aprendizado é acumulativo. Portanto, se um aluno sai de uma etapa sem o aprendizado adequado será ainda mais difícil conseguir concluir a etapa seguinte com o aprendizado esperado. Como a maioria dos alunos que conclui os anos finais não adquiriu o aprendizado adequado a essa etapa, o desafio que é colocado para os anos finais e para o ensino médio acaba sendo muito alto.

5. A internet já chega em boa parte das escolas do Brasil

Mito. De acordo com o Censo Escolar 2010, apenas 47% das escolas têm internet. A banda larga chega a apenas 39% das instituições. No entanto, entre as participantes da Prova Brasil, que são majoritariamente públicas, 75% têm acesso à internet.

Caminho: Escreva “Brasil” na janela de busca. O site redirecionará para uma tela em que aparecem várias abas. Selecione a última, chamada “Panorama” e vá para “Censo Escolar”. Ao lado, na caixa com os temas relacionados à infraestrutura, selecione “Tecnologia”. Aparecerá, então uma tela à direita. Selecione “Filtre pelo Universo de escolas”, depois escolha a opção “Todas as Escolas”. Abaixo, estarão os números referentes ao uso de internet e banda larga em todas as escolas do Brasil, independentemente de terem realizado a Prova Brasil.

Análise do especialista: As condições de infraestrutura locais têm um grande impacto sobre esse dado. Não por acaso as taxas mais baixas estão nas regiões com um grande percentual de escolas em áreas rurais. O requisito de a escola ter que ter pelo menos 20 alunos para poder fazer a Prova Brasil exclui uma parcela considerável das escolas rurais, fazendo com que o dado da Prova Brasil ajude a ilustrar que na área urbana a internet já é consideravelmente presente nas escolas.

6. Alguns alunos passam anos na escola sem aprender rigorosamente nada

Verdade. Ao se analisar a escala de proficiência adotada pelo QEdu, é possível verificar, por exemplo, que 39% dos alunos do 9.º ano têm conhecimentos insuficientes de matemática. Isso quer dizer que 776.776 alunos no país não aprenderam quase nada – ou mesmo nada – do que se esperava que eles tivessem aprendido.

Caminho: Escreva “Brasil” na janela de busca. O site redirecionará para uma tela em que aparecem várias abas. Selecione a quinta, chamada “Proficiência”. Assim como em outras páginas, aqui haverá as opções entre 5.º e 9.º anos e as disciplinas de português e matemática. Selecionando qualquer uma das opções, aparecerão todas as informações a respeito da eficiência no aprendizado naquela etapa, naquela série. Também é possível filtrar para apenas instituições municipais ou estaduais.

Análise do especialista: Uma análise mais aprofundada sob esse aspecto é difícil de ser feita pelo fato de haver poucas pesquisas longitudinais no país que acompanham como o resultado de um aluno evolui ao longo do tempo. Mas o retrato que os dados apresenta, indicando que muitos alunos do 9.º ano não têm o aprendizado adequado ao 5.º ano, mostra que muitas redes estão com dificuldade de agregar o aprendizado mínimo aos alunos.

7. Alunos muito bons não têm oportunidade de aprender mais do que está planejado

Mito. Também pela escala de proficiência é possível ver que, nas quatro provas analisadas, há sempre grupos de alunos com conhecimentos acima do esperado.

Caminho: Escreva “Brasil” na janela de busca. O site redirecionará para uma tela em que aparecem várias abas. Selecione a quinta, chamada “Proficiência”. Selecione o ano e a disciplina que deseja consultar e abaixo estarão listados os desempenhos dos alunos nas últimas avaliações. Se o escolhido, por exemplo, for o 5.º ano e na disciplina de português, será possível ver que o último registro (da prova de 2009), 8% dos alunos mostraram um aprendizado avançado, ou seja, sabem mais do que precisariam saber nesse período.

Análise do especialista: Em muitas turmas, de forma acentuada a partir dos anos finais do ensino fundamental, existem alunos com diferentes níveis em relação ao aprendizado. Essa situação exige que o professor consiga individualizar o ensino, para que alunos em situação pior possam recuperar o conteúdo e alunos com um nível de aprendizado mais avançado possam seguir avançando. Os dados ilustram que em boa parte das redes brasileiras existe um grupo de alunos com um nível de aprendizado avançado – para alunos de 9º ano, para alguns especialistas, indica um aprendizado condizente a um aluno com ensino médio completo.

8. Um bom resultado na Prova Brasil significa que o sistema de ensino é bom

Não necessariamente. É preciso analisar a participação e o número de alunos que fizeram a prova ao longo de várias edições da Prova Brasil para se ter dados mais consistentes. Tome-se como exemplo a cidade de Fernão (SP). Entre os alunos de 5o ano em português, 100% obtiveram resultado com aprendizado adequado em 2009. Mas note-se que apenas 19 alunos fizeram a prova. Assim, apenas com base nessa edição, apesar do resultado unânime, não é possível afirmar se o sistema de ensino é mesmo muito bom.

Caminho: Escreva “São Paulo” na janela inicial de busca. Depois clique em “Explore Cidades” e “Ative o Modo Avançado”. Ordene, então, os resultados por “Aprendizado”, deixando a disciplina de português e o 5o ano selecionados. A cidade que teve melhor qualificação foi Fernão, atingindo 100% de eficiência. Selecione o município, clique em Abrir, depois clique novamente em seu nome. Uma página dedicada exclusivamente ao município será aberta e nela será possível verificar dados mais específicos da cidade, que podem ajudar numa análise mais aprofundada.

Análise do especialista: O resultado da Prova Brasil reflete o aprendizado dos alunos e não apenas a qualidade das escolas e das redes de ensino. O envolvimento dos pais nos estudos e as condições para o estudo em casa também impactam o resultado. Além disso, é importante se atentar a validade do dado. Se a taxa de participação é baixa, talvez os alunos que fizeram a prova não representem o conjunto de alunos da escola, assim como se o número de alunos que fez é baixo, o número de itens e provas aplicados podem não ser suficientes para dar robustez ao resultado.

9. Neste País, a violência na escola é generalizada

Mito. Quando alunos, professores e diretores responderam a questões sobre violência no Censo Escolar 2010, eles chegaram a relatar casos de violência na escola, mas esses números estão muito longe de ser generalizados. Agressões físicas de aluno para professor, por exemplo, foram confirmadas por 8% dos diretores e negadas por 92%.

Caminho: Escreva “Brasil” na janela de busca. O site redirecionará para uma tela em que aparecem várias abas. Selecione a última, chamada “Panorama”. Para entender essas questões, é possível selecionar tanto “Professores” quanto “Alunos” quanto “Diretores”. Ao lado esquerdo de cada uma dessas possibilidades estarão as questões respondidas. Abaixo de “Anormalidades”, selecione a opção “Violência na Escola”. Dentro dela você poderá ter as respostas sobre agressão física, agressão verbal, armas, atentado à vida, furto e roubo.

Análise do especialista: É importante olharmos o cenário da violência em cada tipo de violência individualmente, algo que o QEdu, por meio das respostas dadas nos questionários da Prova Brasil, permite. Alguns estudos já apontaram que o clima escolar é um problema em grande parte das escolas brasileiras. Os dados de agressão verbal relatados por diretores e professores parecem corroborar isso. Mas, quando analisamos os casos de agressão física, os relatos apontam que isso é algo que ocorre apenas em pequena parcela das escolas.

10. O Brasil ainda tem muito o que melhorar na educação

Verdade. Meta do movimento Todos Pela Educação para 2022 é de 70% de nível adequado em português e matemática, no 5.º e no 9.º ano. Até agora, na etapa e disciplina que o país vai melhor, que é português no 5.º ano, alcançou apenas 32% dos alunos com aprendizado adequado.

Caminho: Escreva “Brasil” na janela de busca. O site redirecionará para uma tela em que aparecem várias abas. Selecione a quinta, chamada “Proficiência”. Em qualquer uma das opções selecionadas, seja português ou matemática, em qualquer um dos anos, a meta a ser alcançada em 2022 é de 70% de conhecimento em cada uma das disciplinas.

Análise do especialista: Os resultados mostram que poucos alunos estão tendo o seu direto ao aprendizado garantido. Por outro lado, vemos redes escolares, como a de Foz do Iguaçu (PR) e a de Pedra Branca (CE), que, em um período de quatro anos, conseguiriam dar um grande salto nesse sentido, sendo um alento e indicando caminhos que podem ser seguidos. De qualquer forma, grandes avanços passam por mudanças estruturais, como uma melhor formação e plano de carreira de professores e documentos que orientem mais as escolas do que se espera que todos os alunos brasileiros devem aprender.

Regina Beranger

07.11.2012 às 23h 36min

Espero que sirva para alguma coisa esses levantamentos, pois como educadora da rede pública o que vejo são alunos desrespeitando cada vez mais seus professores, professores sendo culpados por tudo o que acontece na educação, ora porque não ensinam, ora por que não são capacitados e por aí vai.

Será que o estado sabe realmente quem são os profissionais que trabalham na educação? Quantos cursos já fizeram? Quantas graduações e pós graduações têm? Creio que não, pois nossa evolução funcional se dá a cada 5 anos.

No meu caso vou me aposentar e não vou conseguir usar para minha evolução todos os cursos que tenho.

(Fonte: http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/educacao-na-midia/24760/10-mitos-e-verdades-na-educacao-brasileira/)