Jornal da Mulher Brasileira


Edição nº 165 - de 15 de Outubro de 2015 a 14 de Novembro de 2015

Olá Leitoras! Olá Leitores!

A hipnose cada vez é mais uma alternativa aliada para atendimentos de saúde

Dificuldades de concentração para estudar ou trabalhar, para melhorar o condicionamento físico e alimentar, para superar a timidez e enfrentar melhor os relacionamentos, contato com o público, e até para recuperar-se de forma adequada nas ocasiões pós- traumáticas, são condições que atualmente se valem da hipnose para acelerar o equilíbrio da pessoa atendia (de crianças a idosos).

Por este motivo trazemos mais informações sobre Hipnose, cujas fontes poderão ser expandidas, caso você queira complementar as informações.

Esperamos que aprecie a seleção de notícias que pesquisamos para você nesta edição. Receba o abraço de Elisabeth Mariano e equipe.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

A HIPNOSE

Histórico

Nos achados da Antiguidade, encontra-se textos, com mais de 4.500 anos, que nos relata como os sacerdotes da Mesopotâmia, usavam o Transe - um estado diferenciado da consciência usual - para realizar diagnósticos objetivando curas. Podemos considerar esses registros como sendo os mais antigos documentos a citarem o transe em sua função terapêutica, um hábito comum à diversas culturas naturalistas.

No século XIX, ao pesquisar esse procedimento, o Dr. James Braid denominaria a esta ciência o nome de HIPNOSE. O nome escolhido advêm de Hypnos - deus grego do sono - e foi escolhido pelo Dr. Braid devido a semelhança do estado de transe com o estado de sonolência. Vemos assim, que desde seu surgimento, a Hipnose sempre esteve vinculada à busca da cura e é neste sentido que a ciência médica atual pesquisa não só a extensão que se pode obter com o seu emprego, como também as respostas de como e porque o cérebro processa o estado hipnótico.

O termo Hipnose

O termo Hipnose abrange qualquer procedimento que venha causar, por meio de sugestões, induções ou condicionamentos, mudanças no estado físico e mental, podendo produzir alterações na percepção, nas sensações, no comportamento, nos sentimentos, nos pensamento e na memória, inclusive desencadeando reações neurológicas, endócrinas e metabólicas.

Nomenclaturas

O termo HIPNIATRIA fora criado em 1968 pelos professores Miguel Calille Jr. e A. C.M.Passos, constatando a tese elaborada por este último, em monografia de 1974, sendo unanimemente considerada por todas as escolas de hipnose do Brasil. Esta nomenclatura foi feita em analogia com as outras especialidades médicas (Pediatria, Psiquiatria, Foniatria, Fisiatria etc.) onde o sufixo grego YATROS (médico) origina IATRIA - ato médico.

(Fonte: http://www.institutohipnologia.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=34:a-hipnose&catid=3:artigos-sobre-hipnose&Itemid=10)

Hipnose pode promover o emagrecimento rápido

Por Redação

A obesidade e sobrepeso podem estar ligados a inúmeros fatores fora do âmbito dos maus hábitos alimentares e sedentarismo. Um deles, bastante frequente, é o psicológico. A ansiedade é considerada uma das principais causas indiretas que contribuem para o quadro, assim como transtornos psiquiátricos, como a compulsão.

Segundo Dr. Gilberto Barros, membro da Associação Brasileira de Hipnose (ASBH), nestes casos, a hipnose pode ajudar a identificar as causas do acúmulo de gordura no organismo. “Mesmo as pessoas que fazem uso de medicamentos controlados podem buscar o tratamento psicoterápico. O método é um recurso terapêutico de grande valor, que envolve técnicas eficazes para a melhora ou até solução de muitas doenças físicas e psicológicas”, afirma.

De acordo com o especialista, a hipnose clínica é capaz de combater a obesidade em um curto prazo, se comparada a outros métodos, como programas de pontos e dietas da moda. “O recurso tem sido aplicado com sucesso em pacientes que necessitam mudar seus hábitos alimentares. Com o auxílio dessa ferramenta, conduzida por um profissional habilitado, é possível reprogramar velhos padrões de comportamento e tratar grande parte dos fatores associados à obesidade”, garante.

A recomendação é buscar auxílio de um profissional habilitado para complementar o tratamento convencional do excesso de peso, que deve envolver alimentação balanceada, prática de exercícios físicos e hábitos de vida saudáveis, todos orientados também por um profissional.

(Fonte: http://www.bolsademulher.com/dieta/3722/hipnose-pode-promover-o-emagrecimento-rapido, data de acesso 10/10/2015)

Contestação à Revista Veja, por desmerecer a imagem das mulheres. Defesa do professor universitário (em site do FNDC)

O desmerecimento do valor do trabalho da mulher

Escrito por: Rodrigo Esteves de Lima Lopes

Fonte: Observatório da Imprensa -13/10/2015 às 14:38

No último dia 29 de agosto, a revista Veja publicou um texto intitulado “É realmente interessante para as mulheres ganhar o mesmo que os homens?” Devo admitir que não consigo ler a revista Veja de forma sistemática e com credibilidade desde antes da existência de sua edição digital. De lá para cá, devo colocar que a tal revista vem, aos poucos, construindo sua audiência através de um muro de preconceitos e chauvinismo.

Como professor universitário, nas áreas de linguística e comunicação, e ex-profissional de mídia, observo ser impossível levar a sério os argumentos colocados em tal artigo, um claro exemplo do que chamo de mau jornalismo. Existe ali a construção de um mundo ficcional cujo objetivo é instaurar uma ancoragem pseudocientífica ao machismo representado em uma de suas faces mais entristecedoras: o desmerecimento do valor do trabalho da mulher. Gostaria de me ater ao que o autor do texto identifica como sendo ações necessárias para a equiparação salarial entre os gêneros.

Impedir que tantas mulheres trabalhem com educação, recursos humanos ou pediatria. Segundo o autor, existe um excesso de profissionais nas referidas áreas, o que levaria a uma eminente queda no valor dos rendimentos. Naturalmente, algumas coisas parecem não ser levadas em conta, em especial no que tange a área de educação. Centrarei meus argumentos nela pois, entre as citadas, é dela que possuo mais proximidade. A questão da queda dos salários dos professores nas últimas décadas, em especial dos anos 60 para cá, não está ligada simplesmente a uma grande oferta de profissionais na área.

O problema está em uma desvalorização sistemática que o Estado tem dado a tal profissional e, consequentemente, à educação pública e de qualidade. Não falo apenas da queda de investimentos em infraestrutura, mas também da carga horária excessiva que os professores são expostos, dado o baixo ganho. Isso gera problemas no que tange à formação, uma vez que, esse mesmo professor, ao ter de trabalhar três períodos por dia, não tem tempo hábil para participar de programas de atualização. É importante também lembrar à revista que, no Brasil, a área de educação sempre, mesmo antes do crescimento em expressão dos movimentos feministas, teve um número superior de mulheres.

O que, naturalmente, também é resultado de uma cultura machista, que identifica a área como mais simples e mais fácil. Isso a identificaria diretamente com o feminino. Deixa-se, logicamente, as mais complexas (como engenharia) para o homem. No que tange aos salários, não podemos esquecer que a educação é uma das poucas áreas em que um professor e uma professora são contratos pelo mesmo valor mensal. A desvalorização da educação não tem gênero, mas tem um objetivo bem claro: elitizar o conhecimento.

Convencer ou obrigar as mulheres a optarem por trabalhos desagradáveis. Essa questão me tocou bastante. Imaginar que no Brasil, esse tipo de trabalho talvez seja mais bem pago que o de jornalista, por exemplo. O Brasil é um país notório por ainda trazer traços de servidão. Um lixeiro, em São Paulo, tem um salário entre R$ 800,00 e R$ 1.200,00, dependendo do turno, cidade e companhia em que trabalha. Talvez em outras culturas, nas quais o maior número de oportunidades em nível superior exista, o argumento seja válido. Mas infelizmente, não chegamos nem perto disso.

Convencer ou obrigar as mulheres a permanecer na carreira até a aposentadoria. Talvez esse seja o mais ultrajante dos argumentos. Não apenas pelo machismo que reflete, como também pela perspectiva em que se coloca. Pressupõe-se que parte significativa das famílias brasileiras, em especial as de classes menos favorecidas, possuem patrimônio e poupança capazes de “dispensar” a mulher de seu trabalho. Isso daria, logicamente, ao homem, o papel de provedor da família. Eu percebo em nossa sociedade um movimento totalmente oposto.

Cada vez mais a mulher se torna chefe de família no Brasil. Nos bairros mais pobres, é comum ver senhoras trabalhando até idade bem avançada para sustentar filhos e netos. Essas mesmas mulheres têm jornada dupla: trabalham durante o dia, cuidam da casa à noite. Ver a mulher exclusivamente como dona de casa e babá de filhos e netos é reduzir o potencial produtivo e intelectual feminino, humilhando-as. Se isso já não bastasse, não é cabível imaginar que alguém deva ganhar menos só porque eventualmente decida encerrar sua carreira mais cedo. Afinal, o serviço prestado no momento da contratação é o mesmo.

Por último, mas não menos importante, o valor do trabalho de alguém é algo que deve ser observado a partir das métricas comuns do mercado (como experiência profissional, formação, atualização etc.), e não a partir do gênero.

(Fonte: http://www.fndc.org.br/clipping/o-desmerecimento-do-valor-do-trabalho-da-mulher-944667/, data de acesso 14/10/2015)

A crise é para quem e para quê?

Irlei Wiesel, 8 de outubro de 2015

O Brasil está enfrentando dias de mudança estrutural. O impacto da palavra crise está refletindo nas ações das pessoas no que diz respeito, principalmente, ao consumo

O excesso que estava sendo praticado está abrindo espaço para um perfil consciente. Este comportamento tem muitas vantagens emocionais:

  1. O planeta está livre de tanto acumulo de lixo;
  2. A ansiedade coletiva e até a individual diminuem, uma vez que se tem um fator financeiro que impede o consumo exagerado;
  3. Abre-se espaço para ocupar a mente com outros interesses que não sejam só gastar, trocar, comprar, atualizar. A palavra da vez passa a ser: reaproveitar, remodelar, customizar, repensar;
  4. Diminui o jeito zumbi de viver, uma vez que o cartão de crédito passa a se comunicar com seu dono, sugerindo: você tem certeza que possui saldo para esta extravagância?
  5. Criam-se formas de convívio mais naturais, onde a luz do sol, o verde dos parques e o contato com a natureza substituem o consumo em hora de descanso.

Sabe-se que este tipo de descanso só estressa, tanto durante as compras, como após. As compras exigem atenção e criatividade, já depois de fazê-las, a fatura do cartão poderá surpreender, por estar acima do saldo disponível. Já o descanso mais natural trabalha o invisível. Sendo assim, o peso da rotina, as perguntas sem resposta, o medo do amanhã entre outros, serão acolhidos pela sabedoria do universo e reencaminhados sob forma de insight a quem ficar vagando a toa por aí.

  1. Aproxima a família na medida em que o cartão de crédito fala menos e o dialogo mais. É um tempo de cumplicidade em torno de uma estratégia de sobrevivência. Sabemos que o ser humano fica mais humanizado no caos. A solidariedade e o cuidado com o semelhante acentuam imensamente.

O cartão de crédito, com saldo a perder de vista, para muitos, é responsável pelo auto-isolamento das famílias. Portanto, para algumas pessoas, é um aprendizado notável.

  1. A estratégia que chamo de “O que temos para hoje?” nos aproxima da essência, pois nos traz de volta para casa. Individualmente, é hora de pensar antes de agir. Coletivamente, é hora de avaliar o cenário investindo o tempo com foco, evitando o usá-lo com futilidades.
  2. A crise tão falada está fazendo as pessoas gritarem em silêncio: Acorda Brasil! Chega de viver tão somente para o consumo de bens materiais! É hora de consumir alimento para alma também!
  3. Tirar de um ser consumista a conta bancária é depressão na certa, sujeitando-o a cometer suicídio.

A pergunta é: - Será que a vida é somente isso? Ou haverá um planeta mais sensível dentro do planeta Terra?

Posso afirmar que sim. Existem atualmente neste planeta, pessoas com uma conta bancária invejável e que investem tempo, foco e energia na elevação concencial. O dia que aprendermos a desfocar o consumo para sobreviver, encontraremos um paradigma diferente que sugere um consumo visando à evolução dos seres. Nesta perspectiva, a educação é a chave.

Pessoas interessadas neste estilo de vida investem tempo, dinheiro e energia estudando. A especialização mais cobiçada no futuro será: pós-doutorado em Educação Emocional.

Já estamos no caminho, por isso, o consumo está mudando. É hora das indústrias, comércio e os especialistas em marketing reverem seus conceitos.

(Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/empreendedorismo/a-crise-e-para-quem-e-para-que/90853/, data de acesso 10/10/2015)

Paula Soria - mulher se torna a primeira cigana a ter doutorado na América Latina

(...) Depoimento a Rodolfo Lucena de São Paulo 25/08/2015 12h00

Mãe de três filhos, Paula Soria é a primeira mulher cigana a concluir o doutorado na América Latina. Fugiu de seu grupo aos 15 anos, quando os pais queriam obrigá-la a se casar.

Sobreviveu com apoio externo e com as artes ciganas; assim que pode, retomou a educação formal. Sua tese sobre literatura e identidade romani foi aprovada no mês passado na Universidade de Brasília.

Fugi do meu grupo cigano quando eu tinha 15 anos, meus pais queriam me casar e eu não aceitava, queria continuar estudando. Ainda hoje as meninas se casam muito cedo, com 14, 16 anos. Não é uma coisa fácil. Depois que passa, é emocionante; na hora, não,, é de desespero.

Os romà são uma nação transnacional; a representatividade é assim, em várias nacionalidades. A literatura romaní é um lugar de construção identitária. Não está atrelada ao ativismo, mas boa parte dos escritores assume uma postura ativista, trazem as vozes do povo.

Decidi ter o próprio grupo como tema. Foi muito sofrido. Ninguém faz essas rupturas sem sofrer demasiado, enfrentar a rejeição dos seus mais queridos.

Hoje mantenho contato, eles me dão algum apoio, conseguem compreender a importância do que eu faço hoje, mas isso não mudou a realidade. Eles continuam sem estudar, mas algumas crianças já estão indo para a escola. Isso já é uma vitória.

Termo "cigano"

A nova doutora em literatura Paula Soria diz que os ativistas evitam usar o termo "cigano", que tem conotação negativa. Mas, como "romà", a palavra politicamente correta para identificar o grupo, é pouco conhecida, optou por usar os dois na abertura de sua tese.

"'Juncos ao Vento': Literatura e Identidade Romani (Cigana)" é o título do trabalho que foi aprovado pela banca da Universidade de Brasília no mês passado. Ela explica que o termo romà foi estabelecido no Primeiro Congresso Romani Internacional, realizado em 1971 em Londres.

O congresso também definiu "a luta pelo reconhecimento de ser um povo diaspórico, possuidor de uma raiz comum indiana e de se constituir numa nação transnacional estabelecida no seio de outras nações, nas quais são minorias étnicas".

Os termos usados pelos ativistas, explica Soria, são rom para cigano, romà para ciganos, romani para cigana (adjetivo) e romaní (com acento no i) para a língua, além de romí (para cigana, a mulher).

O vocábulo romà é proveniente da denominação de um dos grupos -os rom- e significa originalmente "homens" em romaní. Os romà hoje se dividem em rom, sinti e calés (ou calons no Brasil); há várias subdivisões.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2015/08/1673232-mulher-se-torna-a-primeira-cigana-a-ter-doutorado-na-america-latina.shtml, data de acesso 10/10/2015)

Qual a diferença entre infertilidade e esterilidade? Quais são as causas?

Quinta-feira, 19 de julho de 2012 - Atualizado em 30/09/2013

O que é infertilidade/esterilidade?

Fala-se de infertilidade quando um casal não consegue a gravidez desejada ao fim de um ano (ou dois, na Europa) de vida sexual ativa e contínua, sem estar usando qualquer método contraceptivo. A infertilidade resulta de uma disfunção dos órgãos reprodutores, dos gametas ou do concepto. A esterilidade, por seu turno, é a impossibilidade que tem o homem ou a mulher de produzir gametas (células sexuais: óvulos para a mulher; espermatozoide para os homens) ou zigotos (ou ovos - células que resultam da fusão entre óvulos e espermatozoides) viáveis.

A diferença entre infertilidade e esterilidade nem sempre é feita com precisão e nem sempre se baseia em critérios idênticos. Daquilo que se depreende do conceito acima, podemos dizer que um casal é infértil se tem apenas uma diminuição das chances da gravidez, que podem ser contornadas por medidas médicas, e que é estéril quando a capacidade de gerar filhos é nula.

A infertilidade e a esterilidade podem ser femininas, masculinas, femininas e masculinas ou não ter causa aparente. Sempre é melhor falar de casal infértil ou estéril porque uma causa de grande intensidade em um parceiro pode ser ajudada por outra mais branda no outro, e vice-versa.

Quais são as causas da infertilidade/esterilidade?

Algumas síndromes que causam infertilidade/esterilidade têm caráter congênito ou hereditário, como as faltas de órgãos (útero, trompa ou vagina) ou alterações das gônadas. Contudo, na maioria das vezes, os fatores de infertilidade/esterilidade (sejam masculinos ou femininos), são adquiridos e decorrem de infecções; alterações hormonais; sequelas de cirurgias ou traumas ou do uso abusivo de medicamentos ou drogas.

As principais causas de infertilidade/esterilidade feminina são:

A infertilidade/esterilidade masculina depende de que o homem seja capaz de depositar uma quantidade adequada de espermatozoides sadios na vagina da mulher. Nos homens, pois, a infertilidade/esterilidade pode ser causada pela:

As causas mais comuns da diminuição dos espermatozoides estão relacionadas a alterações da produção deles (doenças da hipófise, da tireoide ou da suprarrenal, traumas e problemas congênitos dos testículos, problemas causados pelo uso de medicamentos, varicocele. Vários outros fatores (às vezes simples) podem também alterar o processo de produção de espermatozoides como, por exemplo, um aumento da temperatura (por uma febre prolongada, criptorquidia - não descida do testículo desde a cavidade abdominal para a bolsa escrotal - ou por uma varicocele, por exemplo). Em homens submetidos à extirpação da próstata (ou, eventualmente, a outra intervenção cirúrgica pélvica) e nos diabéticos o sêmen pode seguir uma direção inversa à habitual e deslocar-se para a bexiga em vez de se deslocar para o pênis, tornando-os, assim, inférteis.

Em geral existem causas concorrentes e, por isso, encontrar uma causa não significa que não haja também outras.

Quais são os sinais e sintomas da infertilidade/esterilidade?

A infertilidade é conceituada pela ausência da gravidez após pelo menos um ano (ou dois, na Europa) de tentativa de engravidar espontaneamente (relações sexuais regulares no período fértil - do 12° ao 15° dias do ciclo menstrual sem o uso de qualquer método contraceptivo). Após um ano de tentativa deve ser procurado um ginecologista, para tentar resolver a situação. Em mulheres acima de 35 anos esse prazo deve cair para seis meses.

A esterilidade se caracteriza pela constatação da incapacidade definitiva para gerar filhos.

Como o médico diagnostica a infertilidade/esterilidade?

O diagnóstico de infertilidade/esterilidade deve ser feito através da “pesquisa básica de fertilidade” e sempre envolver o casal, desde o início. Constitui um erro começar a investigação apenas por um dos membros.

Estatisticamente, a infertilidade decorre em 30% dos casos, da mulher; em 30% dos casos, do homem; em 30% dos casos, de ambos; em 10% dos casos não é possível determinar-se a causa.

Alguns exames ajudam a diagnosticar as causas da infertilidade/esterilidade:

Outros exames a serem usados em casos específicos são: avaliação do muco cervical, biópsia endometrial, culturas cervicais, pesquisa de anticorpos anti-espermatozoides, exames imunológicos e laparoscopia.

Como se trata a infertilidade/esterilidade?

Além do tratamento das causas, a medicina dispõe de vários métodos para contornar a infertilidade: fertilização in vitro, inseminação intrauterina, indução da ovulação.

Como prevenir a infertilidade/esterilidade?

Quais são as chances de êxito no tratamento da infertilidade?

Desde que as técnicas descritas sejam usadas adequadamente, as chances de êxito no tratamento da infertilidade são quase tão boas como as naturais, ou mesmo melhores.

A possibilidade da concepção de gêmeos (dois ou mais) é maior com a utilização desses recursos do que naturalmente.

(Fonte: http://www.abc.med.br/p/309845/qual+a+diferenca+entre+infertilidade+e+esterilidade+quais+sao+as+causas.htm, data de acesso 10/10/2015)

Álcool: mulheres bebem cada vez mais e alcançarão os homens

O número de mulheres que bebem álcool com frequência tem crescido no Brasil. Em seis anos (entre 2006 e 2012), saltou de 29% para 39%, ou seja, um aumento de 34,5%, de acordo com pesquisa mais recente realizada pela Unifesp. Segundo especialistas ouvidos pelo R7, em alguns anos, o índice de pessoas que bebem será o mesmo entre os dois sexos. Dados do último levantamento da mesma universidade mostram que 60% do público masculino admite que ingere álcool.

Segundo a pesquisadora e psicóloga da Unifesp e membro do Inpad (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas e Álcool e Outras Drogas), Clarice Madruga o aumento do consumo de álcool entre as mulheres está ligada à “melhora das condições sociais”.

— As pessoas têm mais dinheiro disponível e acabam consumindo mais [álcool]. As classes mais baixas foram as que tiveram maior aumento no consumo do álcool, as classes C e D.

Em seis anos, consumo de álcool cresce 20% no Brasil

Além da melhora na condição financeira, a correria do dia a dia e o estresse também estão associados a procura do público feminino pelo álcool, de acordo com a presidente da Abead (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Drogas), Ana Cecília Marques.

— O lugar social que ela frequenta influencia no comportamento, como os happy hours, por exemplo. Sem falar no estresse que o trabalho e a vida cotidiana impõem, já que ela continua cuidando da casa, é mãe, e também tem responsabilidades no trabalho.

Segundo as especialistas, no Brasil, o principal aumento se deu na faixa etária entre 15 e 25 anos. Na opinião de Clarice, isso ocorre, pois os jovens costumam sair para a balada com a ideia de ficarem bêbados.

— É da natureza do jovem se expor, porque eles têm a necessidade de controlar os impulsos da idade, de querer fazer parte de um grupo.

Apesar da exposição ao álcool, a psicóloga afirma que os adolescentes sabem dos malefícios da bebida alcoólica, mas que o cérebro só adquire maturidade para tomada de decisões após os 25 anos de idade.

Para a presidente da Abead, o ambiente em que a jovem está inserida também é um dos fatores que levam ao consumo do álcool. Segundo Ana Cecília, o convívio familiar é ainda mais importante nesta influência.

Principal causa de afastamento do trabalho, álcool leva à depressão e pode até matar, alertam médicos

— Uma família que não consome o álcool cria valores diferentes. Uma família que usa bebida, como se fosse suco, deixa o consumo de álcool com naturalidade na cabeça da criança. Os pais servem como modelo, se eles exageram na bebida, isso se torna algo natural.

Uma curiosidade é que, há 15 anos, “o consumo de álcool era maior entre as mulheres mais velhas, e as mais novas usavam crack”, chama atenção a coordenadora do programa de atendimento à mulher dependente química do Instituto de Psiquiatria da USP (Universidade de São Paulo), Patrícia Hochgraf.

— Hoje em dia, as adolescentes já consomem o álcool em excesso. As mulheres sempre beberam mais em binge [consumir bebida em grande quantidade – quatro doses para as mulheres e cinco para os homens em um período de duas horas, que já o suficiente para ficar bêbado], principalmente nas baladas. Porque elas acreditam que precisam beber para se socializar. A diversão está ligada ao álcool na adolescência. Existe uma pressão social muito forte para a jovem beber.

Mulher tem mais chance de se tornar dependente

Ainda segundo as especialistas, a mulher é mais suscetível aos efeitos do álcool do que o homem. A pesquisadora da Unifesp afirma que “o corpo feminino sintetiza o álcool de forma menos eficaz”. Ou seja, mesmo bebendo a mesma quantidade que o sexo oposto, a população feminina fica com mais álcool circulando no sangue. Além disso, a substância afeta mais o sistema neurológico por causa das condições hormonais femininas.

A forma com que a gordura é distribuída no corpo pode explicar a dificuldade que a mulher tem de sintetizar o álcool, explica a presidente da Abead.

— A mulher possui mais gordura e menos água em seu organismo, o que dificulta a sintetização do álcool. Então, o etanol se concentra mais rápido no organismo feminino, por isso ela fica bêbada mais rápido, por exemplo.

Além dos efeitos no organismo, as mulheres têm mais risco de se tornarem dependentes da bebida alcóolica, já que o impacto neurológico é mais forte na mulher, por causa das condições hormonais femininas.

Ana Cecília explica que beber todos os dias não é fator decisivo para o alcoolismo, mas é um alerta, porque o corpo desenvolve tolerância ao etanol.

— O cérebro vai se acostumando com a droga. A recomendação da OMS [Organização Mundial de Saúde] é que a pessoa não consuma mais de duas vezes por semana.

Clarice também acrescenta que a dependência é muito mais complexa do que apenas consumir álcool todos os dias ou em maior quantidade.

— O conceito de dependência é muito mais amplo. Ele está relacionado ao impacto do álcool na vida da pessoa. O fato de alguém beber duas vezes por semana e ter problemas no trabalho ou em casa, como por exemplo, a violência familiar.

Excesso de bebida alcoólica pode transformar o visual, para pior

Vale também destacar que o alcoolismo está ligado também à hereditariedade, explica Patrícia.

— A questão genética é a mesma tanto para os homens quanto para as mulheres. 50% do alcoolismo é geneticamente herdado. Existe uma chance maior de a pessoa se tornar dependente de álcool se houver outro dependente direto na família. Ser filho de alcoolista coloca a pessoa em situação de risco.

Prejuízos à saúde

Além desses problemas, Clarice diz que “beber em binge” pode causar problemas físicos como doenças do sistema urinário, problemas de fígado, mas principalmente os problemas sociais, como a exposição à violência urbana.

— Os efeitos a curto prazo do álcool também são muito perigosos. A pessoa pode se envolver em agressões físicas, perda de controle [conhecido como black out], dirigir alcoolizado, ter relações sexuais sem proteção.

Além disso, a psiquiatra Patrícia acrescenta que as doenças ligadas ao uso do álcool aparecem de forma mais precoce e grave nas mulheres do que em homens.

— Tanto a dependência quanto as outras doenças. Os prejuízos pelo uso do álcool aparecem mais cedo nas mulheres do que nos homens, como por exemplo, a cirrose hepática, pancreatite, por causa da maneira como o organismo da mulher sintetiza o álcool.

A longo prazo, as especialistas apontam o consumo excessivo da bebida alcoólica é responsável por transtornos de humor, depressão e ansiedade. Além disso, os danos a órgãos como fígado, cérebro, pâncreas, coração, esôfago e estômago são extremamente perigosos.

Patrícia ainda chama atenção sobre os perigos da substância em mulheres grávidas. De acordo com a psiquiatra, nos EUA, o uso do álcool é a terceira causa de retardo mental em recém-nascidos.

— A maioria das mulheres que bebe, consome álcool na idade fértil, e beber na gravidez traz um risco muito grande para o bebê.

*Colaborou: Brenno Souza, estagiário do R7.

(Fonte: http://saudeeexercicios.com/tag/homens/, data de acesso 10/10/2015)