Jornal da Mulher Brasileira


Edição nº 46 - de 15 de Novembro de 2005 a 14 de Dezembro de 2005

Olá Leitores!

O encanto do re-encontro

O valor e o peso de uma grande e leal amizade pode ser calculada quando há o reencontro (provocado ou inesperado), mas que se torna um momento festivo, alegre e que fica marcado nas linhas inesquecíveis do tempo.

Ao longo de nosso trabalho temos observado a marcha de vários movimentos femininos, a evolução das entidades, a militância insistente das mais experientes e idosas até ao ingresso das mais jovens, que trazem inovações dos conhecimentos e atualização tecnológica.

Entretanto, não deixa de ser valioso, é quando se somam as experiências das gerações mais antigas com as mais jovens e, de modo quase telepático, agem de forma a assegurar os espaços conquistados, amparando-se nos conhecimentos e experiências que atraem uma sinergia maior.

E o curioso é que é instantâneo o re-encontro destas gerações. Porquê re-encontro? Por que tanto as jovens como as mais experientes militantes das lutas femininas já se encontraram como pessoa e cidadã. E, quando há a aproximação destes dois pólos de experiência, há o re-encontro de duas energias que potencializam e alicerçam as conquistas das mulheres. É o encontrar-se e o re-encontrar-se na experiência e luta da outra.

Mesmo que juntas em um mesmo ambiente ou separadas até geograficamente, há e haverá, sempre o re-encontro de amizade leal destas mulheres, quer em silêncio ou no enfrentamento conjunto das adversidades, estarão, incusive protegidas, amparadas e incentivadas, por outras militantes que acompanharão as conquistas e sofrimentos da árdua tarefa de ser mulher engajada nos deveres e direitos de cidadã, em alguns segmentos de sociedade ainda adversos e espinhosos.

Com os votos de parabéns às mulheres que já se encontraram como ser e que sabem re-encontrarem-se nas lutas e conquistas das outras, enviamos-lhe um abraço da equipe JORNAL DA MULHER BRASILEIRA.

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

Conseqüências da Violência e outros tipos de trauma

Associação para os Portadores dos Transtornos da Ansiedade - APORTA realizou palestra com enfoque sobre os traumas deixados na pessoa, mediante atos de violência, que, aliás, ultimamente atinge cada vez maior número na sociedade atual.

A APORTA é uma instituição sem fins lucrativos que se propõe a auxiliar pessoas que sofrem de transtornos traumáticos a conquistarem uma melhor qualidade de vida.

A palestra ocorreu na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, em 3 de novembro.

(Fonte: Alberto Maurício Danon - ADCOM Comunicação Empresarial)

Políticas e Normas para o Atendimento às Pessoas Portadoras de Deficiência

O presidente do Conselho Nacional da Saúde, e o ministro de Estado da Saúde, Saraiva Felipe, homologou a Resolução CNS nº 355, de 15 de setembro de 2005, nos termos do Decreto de Delegação de Competência, de 12 de novembro de 2001, que estabelece as Políticas e Normas para o atendimento às Pessoas Portadoras de Deficiência, dentre estas, destacamos as de nº 6 e 7:

  1. Que se amplie à realização de seminários macro-regionais para divulgação da Política Nacional para a Pessoa Portadora de Deficiência;
  2. Que o CNS participe ativamente da Conferência dos Direitos da Pessoa com Deficiência, organizada pelo CONADE, prevista para março de 2006.
(Fonte: Informativo DefNet, nº 2.348)

Livro: "Negro em Preto e Branco - História fotográfica da população negra de Porto Alegre"

O "lançamento do livro: "Negro em Preto e Branco - História fotográfica da população negra de Porto Alegre", em Brasília, em 09/11/2005, fez parte das comemorações do mês da Consciência Negra e contempla a obrigatoriedade da inclusão afro-brasileira no currículo oficial da rede de ensino, como forma de resgate da identidade e auto-estima da população negra. Apoiaram o evento as Secretarias Especiais de Políticas para as Mulheres (SPM) e de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Fundação Cultural Palmares, Fundo das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM) e Caixa Econômica Federal (CEF)."

(Fonte: De olho em Brasília, nº 234)

Feira de Arte e Artesanato da Diversidade Sexual

Ocorre em "15 de novembro, no Boulevard São João / Centro / SP, a "Feira de Arte e Artesanato da Diversidade Sexual" inserido no contexto do projeto São Paulo 24 Horas de Cultura. Na seqüência haverá Mix Music".

(Fonte: Boletim Secretaria de Participação e Parceria - vereador Gilberto Natalini)

Homenagem às professoras - oferecemos o discurso do presidente do Centro de Professorado Paulista e deputado estadual Prof. Palmiro Menucci, pela passagem dos 30 anos da morte de Wladimir Herzog

O Prof. Palmiro Menucci, um dos líderes da área do magistério paulista mais respeitado na área da Educação, proferiur, em 25 de outubro, o discurso na Assembléia Legislativa de São Paulo, em homenagem aos 30 anos da morte do jornalista Wladimir Herzog, em que "defendeu as liberdades democráticas e o respeito à criatura humana".

O início do discurso ele citou: "Não há liberdade mais absoluta do que aquela que nasce dentro de alguém e se estende para fora, para todos.

Esta foi a forma de liberdade que Wladimir Herzog viveu e transmitia ao povo paulista e ao Brasil." (...)

Após referir-se a tortura e sofrimento pelo sangue de Wladimir Herzog, que morreu aos 38 anos de idade (31/10/1975), tornando-se um marco para a abertura política, até as "garantias dos direitos individuais e coletivos da Constituição de 1988, em que destacou as seguintes determinações: "Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante";

"É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato";

"Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política";

"Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal"".

E, depois, continuou: "Os princípios de liberdade e igualdade pelos quais morreu Wladimir Herzog devem ser revividos, a todo momento, em cada um de nós".

E, para finalizar seu discurso o deputado e Prof. Palmiro Menucci ressaltou: "Em síntese, e por estas reflexões como esta da qual participamos, hoje, são de suma importância. Elas servem para nos lembrar que devemos estar atentos para que o espaço democráticoque conquistamos seja preservado, amadurecido e ampliado. Para que o nosso povo viva em absoluta democracia, exercendo, plenamente, a sua cidadania, com direito à liberdade de expressão, com acesso ao trabalho, à escola pública de qualidade, à assistência à saúde, à habitação digna, à alimentação, apagando-se o quadro doloroso da fome, do desabrigo e do desemprego.

Como cidadão, como defensor da categoria do magistério e como homem público repetirei, aqui, as palavras de Voltaire, ao defender o direito à livre expressão do pensamento daqueles que eles lhe eram contrários".

"Não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-las".

Parabéns ao Prof. Palmiro Menucci pelo brilhante discurso que respeitou a memória do jornalista Wladimir Herzog, que defendeu a liberdade de expressão e os direitos constitucionais das garantias  individuais. Parabenizamos, também, a todas as professoras e a todos os professores de São Paulo, pela liderança do Prof. Palmiro menucci frente ao Centro do Professorado Paulista, que tantos benefícios traz ao magistério.

(Fonte: do discurso: Jornal dos Professores / CPP - ano XL - nov/05 - nº 371, p. 3)